De repente, um novo ano começou. Foi como um raio! Foi espantoso! Foi sublime! Por quê? Quando 2017 iniciou, com ele veio as esperanças , que debaixo do abandono, do desamparo e da realidade que vivíamos, as intercessões repousavam de diversos lugares, mas elas pareciam meio que deslembradas, e abandonadas.

Logo percebemos que com ele também vieram os seus monstros, que silenciosamente davam gargalhadas mostrando que não sabíamos de nada, e que a nossa negligência e distração fariam com que eles avançassem sobre nós sem que percebêssemos. Como num reflexo, trocamos, muitas vezes, olhares inquietantes. O que nos fazia pensar que isto não poderia continuar.

Fomos espionados, algumas vezes censurados, mas também fomos cortejados. Todavia um novo ano amanheceu, e com ele percebemos que todo aplauso, cumprimento e agradecimento eram altos demais. Em alguns momentos nos chamamos de amigos, mas no momento em que falhamos nossa amizade já não era mais tão importante.

O velho se revelou e ele saiu tão impotente, tão magnificamente e resplandescente que suas vestiduras mostravam toda a sua arrogância, soberba e altivez. Encarando-nos dizia: “Quando eu falar não me desobedeça!” Dito e feito, o novo ano amanheceu e com ele toda vassalagem, subjulgação e servidão também vieram. Com isso todos os briguelas se puseram a cantar divertidamente debaixo deste jugo. Hoje os populachos cantam canções e levantam suas mãos, mas é em suas casas que entre gargalhadas e arrepios, que falam sobre os seus medos.

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Seu Servo

Prof. William Paixão