Fazer fé da incompetência de alguns e asneiras  dos outros!. O tom parece acalmar o diferendo  diplomático entre Marrocos e França após  o Presidente da França, François Hollande, ter telefonado a Sua Majestade o Rei Mohammed VI para prestar esclarecimentos do caso surgido  de uma grande mancada da polícia francesa e que, posteriormente, de forma rápida e por uma combinação de circunstâncias escaladas tornando-se uma situação incontrolável.

Não seria supérfluo observar de passagem as informações deliberadamente desviadas do venerável jornal '' Le Monde ' que transformou o assunto'' tendo em vista trazer esclarecimentos " ao relatar do contato presidencial como o descriveu  AFP com a qual ele  também se comprometiu em conjunto resultado do " imbróglio diplomático franco- marroquino que se agravou ", necessitando  obter “esclarecimentos ".

Para voltar ao cenário em quatro episódios que preocupa, ele começou quando a polícia francesa, provavelmente mal informada, desembarcou na última quinta-feira, em Neuilly -sur -Seine em subúrbios de Paris, na residência do embaixador de Marrocos Chakib Benmoussa para notificar uma intimação da justiça francês destinada a Abdellatif Hammouchi.

Os " detetives " de Paris, um pouco crédulo, acreditaram na sua corporação defendendo  o Diretor Geral da Segurança do Território (DGST), acompanhado Mohamed Hassad a um encontro de G4  pelo ministro marroquino do Interior na capital francês junto com seus homólogos franceses, espanhóis e portugueses .

 O patrão do contro- espionagem marroquino encontra-se na verdade em Marrocos e que  nunca tinha deixado.

O incidente, se podemos dizer, teve por efeito chamar o embaixador da França em Rabat, apenas para apresentá-lo os " vivos e vigorosos protestos " do Reino.

 Laurent Fabius a meia palavra gaguejou uma aparência de arrependimento, considerando o " infeliz incidente " e acredita ter limitado os danos. Mas, novamente, a diplomacia francesa ficou equivocada em toda a linha. Porque no mesmo dia, uma frase assassina num canal criptografado e na sua emissão fetiche claro foi divulgado por um ator e diretor espanhol, mesmo muito próximo do movimento separatista de Polisário ao Embaixador, Representante Permanente da França junto à Nações Unidas, em Nova York Gérard Araud e não ao embaixador  da Francee embaixador nos Estados Unidos, como foi informado antes.

Mais uma vez, o Quai d' Orsay negar categoricamente sem que o interessado não esteja sempre nem desmentido nem confirmado.

Segunda-feira, o embaixador na França tinha sido recebido no Ministério francês dos Negócios Estrangeiros para contar toda  a confusão do Reino quanta a esta irritante situação. O porta-voz do Quai d' Orsay, Romain Nadal, reitera que se trata  de um " incidente lamentável" assegurando que a França prossegue a investigar sobre esta questão com as autoridades marroquinas num espírito de  amizade e confiancia que une os dois países.

Na sequência, nesta segunda-feira, os senadores franceses pediram, com insisténcia  as autoridades francesas esclarecimentos sobre este assunto. De fato, o presidente do grupo da amizade Franco –Marroquino no Senado francês Christian Cambon e os membros do escritório  lamentaram essas ações susceptíveis de prejudicar a confiança e o respeito mútuo entre Marrocos e França.

Podemos, portanto, facilmente entender que, após esses acontecimentos, o Presidente da França tomou a iniciativa de chamar o soberano para mitigar uma crise que realmente não aconteceu sem uma combinação de erros tanto estúpidos que desnecessários. Após a conversa telefônica, o Palácio Real anunciou : " Que a luz esteja feito sobre estes esclarecimentos (...) , os dois líderes concordaram em continuar os contatos nos próximos dias ao nível dos dois governos, e de obrar no espírito das relações de exceção entre Marrocos e França. " Quanto à presidência francesa foi para " dissipar os mal-entendidos " que a chamada tinha sido.

 Lahcen EL MOUTAQI