CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Autora: Sirney da Silva Rezende Magalhães[1]

Orientadora responsável: Salete Paloski[2]

                    Coautora: Joselita Francisca da Silva[3]

                                       Marlete Neves da Cruz[4]       

                                        Herlon da Silva Rezende[5]

Benamares Lemos de Magalhães[6]

Marci de Moraes Artiaga Araujo [7]

 

 

Resumo

O presente artigo vem demonstrar como o mundo da leitura é mágico, onde através dela podemos usar a representações através de fantoche, dedoches entre outros meios utilizados para poder recontar a história de uma maneira diferente e encantadora para as nossas crianças da educação infantil, pois proporciona através da imaginação onde se projeta nos personagens essa magia e encanto. Sabemos que trabalhar a história na educação infantil é um desafio para as professoras que atuam diretamente com crianças de 0 a 3 e 11 meses nas creches, pois além de chamar a atenção dos pequenos deve ser prazerosa. Por isso é que Vygotsky destaca:

 

 “conclui que o bom ensino não é aquele que incide sobre o que a criança já sabe ou já é capaz de fazer, mas é aquele que faz avançar o que a criança já sabe, ou seja, que a desafia para o que ela ainda não sabe ou só é capaz de fazer com a ajuda de outros (MELLO, 2004, p.144)”

 

Sendo assim os professores são o que estão diretamente ligados a essas crianças e que através da história ajuda no seu desenvolvimento e crescimento. Com isso o CEIC — Risoleta Neves vem implementando a história em todas as suas faixas etárias e dando oportunidade de contato com a mais diversas formas de contar história através da encenação.

 

Palavra-Chave: História. Criança. Linguagem

 

Abstract

The present article demonstrates how the world of reading is magical, where through it we can use representations through puppet, finger dots and other means used to be able to retell the story in a different and charming way for our children in kindergarten, as it provides through imagination where that magic and charm is projected on the characters. We know that working with history in early childhood education is a challenge for teachers who work directly with children from 0 to 3 and 11 months of age in day care centers, because in addition to attracting the attention of the little ones, it must be pleasurable. That's why Vygotsky highlights:

 

“concludes that good teaching is not one that focuses on what the child already knows or is already capable of doing, but one that advances what the child already knows, that is, that challenges him to what he does not yet know. knows or is only able to do it with the help of others (MELLO, 2004, p.144)”

 

Therefore, teachers are what are directly linked to these children and who, through history, help in their development and growth. With this, CEIC —Risoleta Neves has been implementing the story in all its age groups and giving the opportunity to get in touch with the most diverse ways of telling a story through staging.

 

Keyword: History. Child. Language

 

Introdução

A arte de contar histórias vem na humanidade desde os tempos das cavernas, prova é que em muitas dessas cavernas existe gravuras demonstrando como era o quotidiano, onde através dos desenhos temos como imaginar e viajar no tempo de como eram seus costumes, suas culturas e vivência através dos tempos. Assim o escritor Mário Vargas Llosa afirma que contar história é:

uma atividade primordial, uma necessidade da existência, uma maneira de suportar a vida. Para conhecer o que somos, como indivíduos e como povos, não temos outro recurso do que sair de nós mesmos e, ajudados pela memória e pela imaginação, projetar-nos nessas ficções; é refazer a experiência, retificar a história real na direção que nossos desejos frustrados, nossos sonhos esfarrapados, nossa alegria ou nossa cólera reclamem (apud Yunes, 1998, p. 12).

 

Assim, podemos dizer que todos nos seres humanos somos contadores de história, sejam reais ou imaginárias temos isso dentro de nós, sendo que na educação infantil o olhar é bem mais sensível pois se trata da base na formação dessas crianças, onde vão carregar pra sempre essas experiências vivenciada no cotidiano, pois é aí temos a oportunidade de transformar cidadãos que serão os futuros leitores e quem sabe os futuros contadores de histórias. De acordo com Máximo-Esteves (1998, p.125):

 

O prazer que a criança tem de ouvir e contar histórias são um claro indicador de que a fantasia e a imaginação são muito importantes para ela conhecer e compreender. Ora as histórias são o modo mais corrente de integrar a cognição e a imaginação, a Educação Ambiental e a fantasia

 

Com isso os profissionais de educação infantil da CEIC – Risoleta Neves vem trabalhando nas habilidade necessárias para se tornarem um bom contador de histórias, sendo assim através de referências bibliográfica e prática docente vem-se revelando com bom êxito nesse sentido, pois as professoras procuram apreciar, ouvir e observar o que será contado é nesse momento  que a expressão facial, a linguagem corporal faz-se necessários como recursos serão utilizados, devem estar sempre preparadas para imprevistos, com isso deve ter embasamento em diversas leituras. Os educadoras da unidade CEIC Risoleta Neves sempre vem desenvolvendo o trabalho para que apareça a diferença entre ler e contar histórias, baseado nisso vai aos poucos apresentando as crianças o mundo literário onde o contador é aquela que se apropria da imaginação da criança com isso apresentando o mundo de uma forma diferente da usual, já que o contador deve atrair a atenção da criança buscando a vibração durante o processo do conto, diferente do ato de ler onde deve ser de forma realista respeitando o texto, a ortografia, tempo e espaço vivenciado na história, o que no contador pode deixar livre a sua atuação, interpretação e improviso da história. O uso da contação de história proporciona um lugar de suma importância para a educação infantil, fazendo com que a criança desenvolva o seu cognitivo, a sua linguagem corporal, oral e emocional e transformando o ambiente da sala em um lugar atrativo e divertido onde as crianças se sintam realmente no mundo da história contada. O contador usando a oralidade e expressões que é um instrumento antigo para transmissão do desenvolvimento cultural que também pode envolver  a família e a escola a qual enraíze a tradição e o costume de ouvir histórias e contar essas história da forma que cada ambiente de vivência da criança. Segundo o pedagogia de ,Abramovich, (1995, p.17):

 

(...) é através de uma história, que se pode descobrir outros lugares, outros tempos, outros jeitos de agir, ser, outra ética, outra ótica. É ficar sabendo de história, geografia, filosofia política, sociologia, sem precisar saber o nome disso tudo e muito menos achar que tem cara de aula(...).

 

Usando a contação de história oportuniza a criança ir além da imaginação, e fazer parâmetros entre o mundo de fantasia e o mundo real a qual ele vive, nesse sentido as educadoras da unidade procuram ao mesmo tempo trabalhar essa diferença, pois dão a oportunidade para aquelas crianças maiores também contarem o que vivenciam no seu dia a dia, mas sempre usando a forma lúdica para não fugir do proposito pedagógico e estar sempre em consonância com as normas estabelecidas no planejamento. As educadoras além das Leis das Diretrizes e bases da Educação Nacional (LDB, lei 9394/96-art. 29) elas contam também com o Livro Escola Cuiabana construído pela SME – Secretaria Municipal de Educação juntamente com toda rede de ensino do município de Cuiabá. O livro Escola Cuiabana (2019, p 99) diz:

 

Na Educação Infantil, o termo refere-se às práticas sociais das quais as crianças participam, que são mediatizadas pelas diferentes formas de linguagem: cotação de histórias, dramatizações, produções coletivas, valorização das garatujas, etc

 

Observando as metodologias utilizadas podemos concluir que a contação de história nos deixa livres para o desenvolvimento do cognitivo e transformador, assim a criança passa a dar respostas dentro da iniciativa de trabalho de contação de histórias realizadas pelas educadoras e é uma forma de atingir toda a unidade, pois começa desde do berçário ate as turmas do jardim II.

 

 

 

 

 

 

Considerações finais

 

Sabemos que a contação de história deve fazer parte da rotina da criança, e devemos estimular sempre e junto com a ajuda da família para que esse desenvolvimento não se perda durante a fase de seu crescimento dentro do processo pedagógico, porque ele será o futuro leitor ávido dentro do mundo contemporâneo, onde fará várias descobertas que trará fruto para sua vida familiar, profissional e social para um mundo justo.

 

Referências

 

AROEIRA, Maria Luisa Campos. Projetos para a educação infantil. Belo Horizonte: Dimensão, 2004.

BUSATTO, Cléo. Contar e encantar: Pequenos segredos da narrativa. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.

              ENSINO, D. G. (2019). ESCOLA CUIABANA. CUIABÁ: PRINT GRÁFICA E EDITORA.

ABRAMOVICH, F. Literatura Infantil: gostosuras e bobices. SãoPaulo, SP:Scipione, 2003.

VIGOTSKI, Lev S. La imaginacion y el arte em la infância. México: Hispânicas,1987.

             MÁXIMO-ESTEVES, Lídia. Da Teoria a Prática: educação ambiental com as crianças pequenas ou o fio da história. Porto, Portugal: Porto Editora Ltd., 1998.

              BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. 2. ed. Atualizada. Secretaria de Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP, 2002.

 

[1] Graduação em Pedagogia e Pós em Educação Infantil

[2] Graduação Licenciatura Letras e Pedagogia e Pós em Educação Infantil

[3] Graduação em Pedagogia e Pós em Educação Infantil

[4] Graduação em Pedagogia e Pós em Educação Infantil

[5] Graduação em Licenciatura Plena com habilitação em Matemática, Especialização em Jogos Matemáticos na Educação Infantil

[6] Graduação Licenciatura Plena em  Geografia e Pós na Educação Infantil e Especial

[7] Graduação Licenciatura em Pedagogia, Especialização Psicopedagogia, Educação Infantil e Especial,