No dia 13 de Novembro, na casa de Show Bataclan localizado na Boulevard Voltaire, no 11º arrondissement acontecia o show da banda Eagle of the Death Metal (Anjos da morte metálica). A humanidade assistiu o pior dos ataques terroristas ocorrido no centro da Capital Francesa. Todos os povos assistiram aos noticiários estupefatos pela barbárie sanguinária assumida pelo Estado Islâmico. Os franceses mal se recuperaram da tragédia no jornal satírico Charlie Hebdo que vitimou 12 pessoas em janeiro, e agora choram por mais de 190 vítimas. Na realidade, o mundo vive de “pernas pro ar”, níveis de violência fora do normal, instabilidade econômica, falsidade política, mudanças climáticas, fenômenos sem precedentes na natureza. 

Recentemente ocorreram novas manifestações contra as políticas públicas e contra o governo; vi uma foto nas redes sociais que me chamou a atenção. Um mega rato foi construído pelos manifestantes para mostrar a gravidade econômica do País. Mas para mim, foi de caráter profético se observarmos o momento atual que vivemos - algo do tipo -  “ratos saem dos seus porões para saquear os cofres públicos da Nação”-   Não há nada mais injusto, não é verdade? Líderes vão a público com discursos infindáveis e intencionais na tentativa de justificarem o injustificável, quando na realidade o que lhes falta é uma boa dose do temor divino. Costumo dizer que, “a maior tragédia da humanidade é a indiferença à presença de Deus”.

Construir o amanhã em um mundo que parece caminhar para o fim, depende de ações efetivas e Fé em abundância. Neemias copeiro na Corte do Rei Artaxexes embora morasse no palácio tinha o seu coração na reconstrução dos muros de Jerusalém. Todavia não foi nem de longe uma tarefa simples.  Neemias era dotado de espírito de liderança e com extrema capacidade de resiliência, tornando possível vencer as ameaças de Sambalate, Tobias, arábios, amonitas e os asdoditas. Neemias sonhou com o futuro de Jerusalém.

Elias, um dos maiores profetas do antigo testamento se deixou levar pelo medo no ponto alto da sua obra. Após desafiar Baal, a principal divindade masculina dos cananeus e dos fenícios, se escondeu na caverna no monte Horebe. Pelas narrativas dos fatos depreende-se que Elias era dotado de um temperamento impetuoso e ardente, mas insuficiente para vencer o medo. Que tragédia!

Muitos obstáculos serão encontrados afim de paralisar a construção do amanhã que ao meu ver, nunca terá um deadline. Mas, somos seres possuídos pela unção criativa recebida por Deus desde o Éden – “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”-  e de uma força descomunal capaz de superar o cansaço das lutas cotidianas.

“Não há limites geográficos, pessoais ou espirituais para os vencedores -  haverá sempre portas  disponíveis a serem acessadas”.

A construção do amanhã não deve ser encarada como um processo momentâneo, mera utopia ou em um futuro longe demais para ser alcançado, mas como um meio para cumprir o propósito, embora a nuvem de incredulidade insista sempre em pairar sobre nós.

 É interessante a afirmação de Lutero se analisarmos o contexto atual da humanidade -  "Você não pode impedir que um pássaro pouse sobre sua cabeça, mas pode impedir que faça  ninho".  Bem oportuno para os que almejam vencer no ambiente de conflitos, não é verdade? Portanto decida hoje abster-se dos burburinhos da crise e de suas consequências, persista em superar  desafios e certamente chegará a montanha que é mais alta do que você com a certeza de que "Frutificar no deserto são para pessoas dotadas com uma capacidade extrema de resiliência!"