CONSPIRAÇÃO

Por sander dantas cavalcante | 09/02/2010 | Poesias

A lua cheia lá de cima

Parece uma menina

Sapeca e sem vergonha

Sem nenhuma cerimônia

Manda a gente namorar

Sinto no ar

O ti-ti-ti das Três Marias

Com a Ursa-Maior

E eu perto de você

Esfrego as mãos frias

Disfarço o suor

Que lava o meu rosto

E me trava a língua

E me mata à míngua

Parecendo cena

De filme de cinema

Nessa tela eu vou

Titanic, Ghost

E o Vento Levou

Ouço alto o silêncio

Rompendo a madrugada
Gritando ao nosso ouvido

Eu sei não faz sentido

E você fica encabulada

Um tanto envergonhada

Quando um vento maroto

Espia o seu vestido

E a brisa da noite

Também faz apelos

Sopra sua nuca

Lhe arrefece o corpo

Lhe arrepia os pelos

Em busca de uns gemidos

Minhas mãos meio bobas

Traçam em voltas mansas

Movimentos proibidos

Você recusa, me afasta

Me censura e lança

Um sorriso de tente outra vez

Aberto o sinal

Acabou-se, afinal

Nosso jogo de xadrez