Consolo espiritual aos Padres

Caros leitores, vamos refletir aqui sobre o ministério Sacerdotal, pedindo que vocês rezem por nós, os padres. “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu” (Is 61,1). Todo aquele que foi ungido por Deus e age segundo seu Espírito carrega em si algumas características.

A este ungido de Deus se chama de Presbítero, Padre, Sacerdote...

O Santo Cura d'Ars disse: "O padre não é padre para si mesmo, é-o para vós". É isso mesmo: o padre é para vocês em Cristo. Seu ser não é mais de si próprio é, antes, um "ter seu ser em outro": em Cristo. A vida do padre não é sua vida. Ela é a vida de Cristo.

Para configurar sempre mais a sua vida à de Cristo o sacerdote, segundo o Papa Emérito Bento XVI, precisa seguir quatro características:

"Encarnar a presença de Cristo". Quer dizer, o que é próprio do sacerdote é aquilo que é próprio de Cristo: suas ações sacramentais com suas devidas correspondências.

A segunda característica é a "Total identificação com o próprio ministério". Faz-se necessário que o presbítero seja realmente um seguidor de Cristo.

Uma outra característica é "coincidir pessoa e missão". Como já afirmamos anteriormente pelo Santo "O padre não é padre para si mesmo, é-o para vós". O padre diante de Cristo é despersonificado. Para que entendam, a pessoa do padre é abarcada, envolvida, pela Pessoa de Cristo fazendo do padre um "Alter Christi" (Outro Cristo). Na visão de Monnin, o que acontece é uma "expressão do seu 'Eu filial'". Podemos compreender este “Eu filial” de dois modos: 1) na celebração Eucarística: o sacerdote diz "Isto é o meu corpo... isto é o meu sangue" (Mt 26, 26-29); 2) no Sacramento da Reconciliação (confissão): o padre usa as palavras "eu te absolvo".

A última característica: adoração - "diante do Pai em atitude de amorosa submissão à sua vontade". Aqui o agir do sacerdote é sempre "diante do Pai", pois ele é filho no Filho. Tendo um ardente desejo de estar sempre "diante" e não à frente do Pai. Porque o seu estar "diante" reflete sua "amorosa submissão à sua vontade".

Em síntese, reze sempre por nós os ungidos de Deus. Sem esquecer que “todo sacerdote, tirado do meio dos homens é constituído em favor dos homens em suas relações com Deus” (Hb 5, 1). A todos Um FELIZ NATAL E UM ANO NOVO CHEIO DE REALIZAÇÕES. Deus lhes abençoem sempre. Boa participação nas Celebrações Litúrgicas!

Pe. Joacir d’Abadia, Pároco em Alto Paraíso-GO

Coord. da Pastoral da Educação

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