CONCEPÇÕES DO COTIDIANO (VI)

                             O pensamento humano é algo mais fantástico que existe. Ele nos leva num milésimo de segundos a lugares distantes e imagináveis e também nos fazendo lembrar-se de pessoas e fatos que passaram pela nossa vida, causando-nos contentamento ou tristeza.  Pensamentos dispersos não nos levam a nada, porém canalizado para um determinado objetivo é algo completamente diferente. Mesmo assim chegam a ser comparados a uma faca de dois  gumes. Em ambas as circunstâncias é algo sempre poderoso! 

                          Considerando que cada pessoa é um mundo totalmente diferente em todos os sentidos, ou seja, físico, psicológico, espiritual, vale a pena então fazer de tudo que estiver ao nosso alcance para ajudar a quem quer que seja, independentemente de raça, credo, profissão. Inúmeras são as pessoas carentes de carinho, de uma palavra amiga; assim como também de ajuda material e financeira. Muitas talvez não peçam ajuda, socorro, por puro comodismo e até orgulho e vergonha. Mas quem for perspicaz poderá ajudá-las assim mesmo, só pelo fato de haver compreendido a situação da outra pessoa necessitada. 

                                 Muitas vezes percebemos pessoas humildes, pobres, vestidas de modo trôpego e muito simples, mas no seu dia a dia lutam honestamente para ganhar o pão de cada dia para sustentar a sua família de uma forma ou de outra. Estas pessoas não dignas de dó, porém de respeito e até admiração. Afinal, elas são humildes, pobres, simples, mas cumprem a sua parte com responsabilidade, muito embora com muita dificuldade. 

                                 De uma coisa tenho certeza: aquele que não trabalha, vive na inércia ou tem um serviço monótono, isto é, tem uma vida sedentária, apática, jamais terá o prazer de usufruir algumas horas agradáveis de descanso bem merecido. Pois trabalhar muito, forçar a mente, o corpo de maneira exagerada pode ser prejudicial, ocasionando estresse. Todavia, o contrário disso também pode se transformar numa neurose, numa abulia doentia e perigosa. Pois como reza o adágio popular, “mente desocupada é a oficina do diabo.”