ATIVIDADES PEDAGÓGICAS COMPLEMENTARES - APC

PERÍODO: MAIO 2021

ESCOLA ESTADUAL ANTONIO FERNANDES

Professores: Ciro José Toaldo  

Disciplina: História

Turma: 9º A

Competências:

  • Conhecer, refletir e posicionar-se frente aos fatos históricos relacionados com a História do Brasil e suas relações com o contexto atual, especialmente no que diz respeito  a realidade das comunidades quilombolas, tanto do Brasil, como de Mato Grosso do Sul.

Habilidade: 

  • MS.EF09HI00.n.05 Discutir a importância da população negra na história de MS, enfatizado os aspectos culturais, sociais, econômicos, lutas, resistência e autoafirmação.

 

Conteúdos:

  • Cultura afro-brasileira;
  • Resistência e luta contra discriminação;
  • Contexto histórico dos Quilombos na História do Brasil
  • Comunidades quilombolas em MS –.

 

Atividade/Metodologia - As atividades devem ser desenvolvidas pelos alunos no Classroom ou na forma impressa, entregue na escola. É necessário ler o texto, entender e refletir sobre o mesmo e executar as atividades propostas. Tanto o texto como as atividades estão em anexo. É importante que o aluno compreenda o que foram os quilombos e que as comunidades remanescentes, fazem parte da história dos negros no Brasil. Compreender que em nosso país e, de modo especial no MS, estas comunidades tem papel importante e devem ser conhecidas. As questões propostas devem ser enviadas nesta plataforma, por meio de foto para avaliação.  

Devolutiva da atividade: As atividades serão entregues via Google Classroom ou material impresso na coordenação da escola.

 

Avaliação e replanejamento: A avaliação acontecerá por meio da correção do conteúdo, onde o mesmo evidenciará a coerência do texto apresentado. A atividade valerá de 0,0 a 10,0.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANEXOS I

ATIVIDADES PEDAGÓGICAS COMPLEMENTARES

DISCIPLNA: HISTÓRIA

PROFESSOR : Ciro José Toaldo

TURMA (S): 9º ANO

ALUNO: ___________________________________________________________________  

Texto – As Comunidades Quilombolas no Brasil

 

Durante o processo de formação do povo brasileiro, a população negra teve grande importância. No século XVI, os colonizadores europeus, após a escravidão de indígenas, se utilizaram do tráfico negreiro e da escravização de povos africanos, como Bantos e Iorubás para trabalhar nas atividades produtivas, nos engenhos de cana-de-açúcar, mineração e plantações de café. Estima-se que mais de 4,8 milhões de pessoas foram trazidas, de forma forçada, de diferentes regiões da África para o Brasil.

A população negra sempre resistiu, de muitas formas, à dominação. Uma das formas de resistência foi a formação de quilombos, abrigos onde os escravizados se refugiavam, formavam uma sociedade em que se protegiam dos ataques dos colonizadores e resgatavam suas manifestações culturais.

Os Quilombos representam uma das maiores expressões de luta organizada no Brasil, em resistência ao sistema colonial-escravista, atuando sobre questões estruturais, em diferentes momentos histórico-culturais do país, sob a inspiração, liderança e orientação político ideológica de africanos escravizados e de seus descendentes de africanos nascidos no Brasil. O processo de colonização e escravidão no Brasil durou mais de 300 anos. O Brasil foi o último país do mundo a abolir a escravidão, através de uma lei que atirou os ex-escravizados numa sociedade na qual estes não tinham condições mínimas de sobrevivência.

Os quilombos existiram em múltiplos pontos do país em decorrência das lutas ocorridas em diferentes lugares onde houvesse negação de liberdade, dominação, desrespeito a direitos, acrescidas de preconceitos, desigualdades e racismo. Os quilombos eram sociedades avançadas, do ponto de vista da organização, dos princípios, de valores, de práticas de socialização, de regime de propriedade.

O quilombo mais conhecido em nossa História é o de Palmares, construído no final do século XVI, no atual estado de Alagoas chegando ter vinte mil habitantes, entretanto, foi destruído em 1694, tendo inclusive a morte de seu líder Zumbi, no ano seguinte.

Mas, os negros do Brasil resistiram e perpetuaram ‘seus quilombos’. No Brasil atual, existem mais de três mil comunidades quilombolas, segundo os dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), órgão do Governo Federal responsável pela demarcação dos territórios quilombolas.

Principais Quilombos Brasileiros: Bahia - Rio Vermelho e Urubu. Sergipe: Capela e Itabaiana. Pernambuco: Ibura e Nazareth. Maranhão: Lagoa Amarela (Preto Cosme) e Turiaçu. Paraíba: Cumbe e Serra de Capuaba. Rio Grande do Sul: Negro Lúcio (ilha dos Marinheiros) e Arroio. Minas Gerais: Ambrósio (Quilombo Grande) e Campo Grande. São Paulo: Campos de Araraquara.

No Mato Grosso do Sul, segundo os dados da Fundação Cultural Palmares (FCP), existem cerca de 20 comunidades de remanescentes de quilombos, sendo a mais populosa ‘Furnas do Dionísio’, localizada próximo de Campo Grande, sendo uma comunidade quilombola do município de Jaraguari, tendo uma área de 1.018,2796 hectares, onde vivem 100 famílias residentes em propriedades rurais. Essa comunidade quilombola tem cerca de 450 pessoas.