O relacionamento interpessoal provoca, necessária e inevitavelmente, determinados comportamentos comunicacionais: uns, eventualmente, premeditados, estudados e treinados; outros, espontaneamente.

Apesar de tais limitações, é possível caracterizar os diversos comportamentos comunicacionais, a partir de critérios definidos:

a) Afirmatividade do comunicador (transparência da linguagem);

b) Respeito pelo interlocutor (respeito pelo outro. A partir destes dois critérios e como posicionamento prévio, aceitam-se quatro grandes tipos de comportamento comunicacional, a indicar:

1) ASSERTIVO – Revela-se na alta transparência da linguagem e no alto respeito pelo interlocutor. Permite afirmar as opiniões, vontades e sentimentos próprios e, ao mesmo tempo, promover e respeitar as opiniões, vontades e sentimentos do outro interlocutor, com o objetivo de desenvolver a proatividade e a afirmatividade de todos os intervenientes, em igualdade e sem qualquer subordinação.

O comportamento assertivo manifesta-se pelo seu elevado poder influenciador, sustentado em três fatores:

a) Transparência da linguagem;

b) Força exemplar da afirmação pessoal;

c) Resolução de conflitos através da negociação.

A comunicação assertiva é, por isso mesmo: simples, direta e económica em palavras; pauta-se pela afirmação rigorosa; os conflitos resolvem-se pela negociação, sempre numa atitude de “ganhar-ganhar” ou seja, ganham as partes conflituantes.

A afirmação pessoal pela comunicação, sustenta-se na autoestima, na determinação e na consciência do direito à autoafirmação. A assertividade recorre ao comportamentalismo e ao humanismo psicológico; trata-se de um tipo comunicacional cuja utilização pressupõe coragem, frontalidade e firmeza por parte dos interlocutores envolvidos. Há, portanto, um longo caminho a percorrer.

2) PASSIVO – Manifesta-se na baixa transparência da linguagem e no alto respeito pelo outro. Evita-se expressar opiniões, vontades e sentimentos próprios, submetendo-se facilmente aos dos outros. Opta-se pela fuga, pela submissão e dependência em relação aos outros. Sentido de subordinação e fuga.

Utilizam-se frases vagas, ambíguas, de indiferença e rejeição, de envolvimento, do tipo: “Não vale a pena dizer nada”; “Não tem importância”; “Desculpe, lamento muito”; “Não gosto de criar problemas”. Também pelos gestos e certas atitudes: riso nervoso e forçado; ombros descaídos; voz sumida.

O comunicador passivo: aceita tarefas insignificantes que oprimem e humilham; manifesta sentimentos de desvalorização pessoal; não provoca nos outros comportamentos assertivos, mas pode contribuir para o aumento da agressividade no outro interlocutor. A médio prazo, não conduz à realização pessoal.

3) AGRESSIVO – Evidencia-se pela alta transparência da linguagem e baixo respeito pelo interlocutor. Utilizado para se defenderem direitos à custa dos direitos dos outros, com agressividade, muitas vezes de prazer e de ofensa. Pressiona-se o interlocutor e obriga-se a reagir contra a vontade dele.

Exerce-se intensamente uma pressão que, rapidamente, surge a ameaça de castigo e/ou de retaliação. Utilizam-se frases imperativas, prepotentes, ameaçadoras: “quero este trabalho concluído rapidamente”; recorre-se, também, ao menosprezo e desvalorização das capacidades do interlocutor e exibição do poder do agressor, pela intimidação e ofensa: “Se não percebeu, tivesse percebido”, “Quem manda aqui sou eu”.

Diversos gestos são feitos pelo agressor, como apontar o dedo em riste, rosto tenso, olhos fulminantes. O comportamento comunicacional agressivo, em certas circunstâncias excecionais, pode funcionar com plenos resultados positivos, como quando é necessário atuar rapidamente e bem, mesmo que seja preciso reduzir à total subordinação o interlocutor. No limite da análise, a comunicação agressiva empobrece a inteligência do próprio agressor, reforça a vontade de mais agressividade, se esta tiver sido recompensada e pode aprofundar o sentimento do mal-amado;

4) MANIPULADOR – Define-se pela baixa transparência da linguagem e pelo baixo respeito pelo outro. A linguagem é utilizada como disfarce, no interesse próprio e em prejuízo dos outros. O manipulador não se afirma abertamente, escondendo-se numa cândida generosidade e pureza, levando as pessoas de boa-fé a fazerem o que ele pretende, quase sem darem por isso.

A bajulação e lisonja (falsas) são armas eficazes para o manipulador: “estou a dizer-lhe isto para seu bem”, “não confessaria isto a mais ninguém”. O recurso à insinuação é outra estratégia utilizada: “diz-se muita coisa a seu respeito, mas eu não acredito”.

Outro recurso que funciona para o manipulador é a chantagem, através do apelo aos sentimentos, opiniões e vontades do interlocutor, para o influenciar e convencer, violentando, se necessário, embora disfarçando a violência, dando à comunicação uma aparência de contrato. Pode utilizar uma linguagem redonda, do tipo: “penso que gostaria de poder ter a oportunidade de…”.

Também pelo sarcasmo e pela ironia o manipulador pretende alcançar os seus objetivos. O comportamento comunicacional manipulador, pode funcionar muito bem para os manipuladores em determinados contextos políticos, que são permeáveis à bajulação, ao elogio e à demagogia. Finalmente, pode-se utilizar a manipulação por puro prazer de representação. (Cf. AZEVEDO, 1999:19-24)

 

Bibliografia

 

AZEVEDO, L. (1999). Comunicar com Assertividade. Lisboa: Instituto do Emprego e Formação Profissional/Ministério do Emprego e Formação Profissional.

 

GRATIDÃO.  «Proteja-se. Vamos vencer o vírus. Cuide de si. Cuide de todos». Aclamemos a vida com Esperança, Fé, Amor e Felicidade. Estamos todos de passagem, e no mesmo barco. Tenhamos a HUMILDADE de nos perdoarmos uns aos outros.  Alimentemos o nosso espírito com a ORAÇÃO e a bela música. 

 

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Venade/Caminha – Portugal, 2020

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Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

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