O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, mais conhecido pela sigla FGTS, está no imaginário da população brasileira por ser uma espécie de “porto seguro” que protege a classe trabalhadora de possíveis dispensas de seus empregos, principalmente em época de crise econômica.

O dinheiro é depositado na conta dos funcionários pela própria empresa onde eles trabalham e até pouco tempo só podia ser retirado em condições muito pontuais, como em casos de doenças graves (entre elas câncer ou HIV positivo), após três anos sem emprego com carteira assinada e para dar entrada em um financiamento imobiliário.

Isto mudou com a medida provisória 763/2016, publicada no dia 22 de dezembro de 2016, quando o governo liberou o saque de contas inativas no intuito de reaquecer a economia que naquele momento vivia o ápice da crise.

Isto permitiu que a população em geral sacasse seu dinheiro depositado pelos antigos empregadores. Por outro lado, essa MP não permitia o resgate do saldo depositado pelas empresas onde o funcionário trabalhava no momento.

Na época, o governo alegou que as contas tinham R$ 30 bilhões disponíveis para sacar, sendo que 86% delas tinham menos de um salário mínimo de saldo - na época era estimado em R$ 937. Ou seja, 14% tinham mais do que esse valor.

Lembrando que o rendimento do FGTS é muito baixo e algumas vezes as taxas mensais de inflação mensais eram maiores que os juros, os ganhos reais do trabalhador são drasticamente reduzidos se o dinheiro continuar depositado no FGTS.

Por isso, se você tiver a possibilidade de direcionar os recursos para algo mais rentável, porque não tentar? Imagine como esse dinheiro pode ser usado de maneira mais rentável.

Para consultar o FGTS o procedimento é bem simples e pode ser feito no conforto do seu lar: acesse o extrato no site da Caixa por meio do PIS/PASEP. Lá é possível observar seus saldos ativos e inativos.

Celulares também podem ser usados, já que a Caixa disponibilizou um aplicativo para Android, iOS (Apple) e Windows Phone. Desde a medida do governo em dezembro de 2016, este aplicativo já foi baixado cerca de 3 milhões de vezes, tamanha a procura.

O que fazer com o dinheiro em mãos?

Com o dinheiro em mãos, é hora de pensar como multiplicá-lo. A primeira dica é esquecer a velha poupança que, apesar do rendimento baixo, ainda é o investimento mais procurado pelos brasileiros que simplesmente não se informam sobre outras opções mais rentáveis.

Por isso é importante ler sobre o assunto e conversar com o gerente do seu banco que pode ajudar a escolher a melhor maneira, como LCI, CDB, Tesouro Direto, por exemplo.

Ao consultar o FGTS e começar a se planejar, lembre-se de considerar o prazo que você quer retirar o valor investido. Por exemplo: a maior parte dos títulos do Tesouro Nacional exigem um tempo mínimo para resgate, o que impede de retirar o dinheiro em caso de urgência.

Por outro lado, e apesar do baixo rendimento, as cadernetas de poupança dão a opção de retirada do dinheiro a qualquer momento. Nossa dica é diversificar seus investimentos, misturando alguns de curto e longo prazo.

Uma outra opção interessante e bastante rentável é comprar ações na Bolsa de Valores devido às quedas consecutivas na taxa Selic que em dezembro do ano passado chegaram ao menor índice (7% ao ano) desde sua criação, em 1999.

Uma vez que o consumo é incentivado em um cenário com a Selic baixa, a produtividade das empresas e os seus lucros aumentam, o que acarreta em ganhos de valor de suas ações.

E as notícias boas não param por aí: diante da melhora no cenário econômico anunciada pelo governo, os investidores demonstram maior confiança em relação ao Brasil e aumentam os investimentos na Bolsa. Isto sem dúvida valoriza as ações das empresas de maneira geral.

Recapitulando: primeiro, consulte o FGTS pelo site ou aplicativo. Em seguida, pesquise a melhor maneira de fazer seu suado dinheiro render. Por fim, diversifique os investimentos em fundos com resgate a curto e longo prazo.