Com a preocupação com a saúde cada vez mais acentuada, é crescente o número de adeptos da utilização do adoçante em alternativa ao açúcar. Mas você sabe como são feitos os adoçantes? Ou pelo menos do que são feitos?

A dúvida inicial é realmente sobre a eficácia calórica dele e se ele faz bem ou mal a nossa saúde. Para facilitar a sua leitura, decidimos separar este artigo em 5 tópicos:

  1. 1.    Como são feitos os adoçantes?
  2. 2.    O que são edulcorantes
  3. 3.    Devo substituir o açúcar pelo adoçante?
  4. Orientações de consumo
  5. 5.    O adoçante e o diabetes

É bom entendermos primeiro como são feitos para depois fornecermos as orientações necessárias a respeito do consumo do produto. Vamos aos tópicos então?

#1 - Como são feitos os adoçantes?

A maioria dos adoçantes foi descoberta por acaso ou provém de conhecimento empírico, como o caso da stévia, que provém de uma planta utilizada por indígenas. Uma vez sendo primordial o entendimento de que nem todos eles são feitos a partir de compostos químicos.

Interessante também é entender que a concepção dos adoçantes se deu a partir de falhas de experimento laboratorial. Descobertos por acaso, com o passar dos anos suas composições foram sendo aprimoradas e concebidas novas formulações. Inclusive o principal adoçante que compõe os produtos light (sacarina), como o refrigerante, foi também descoberto ao acaso por Jim Schlatter.

A formulação dos adoçantes podem ser originarias com sua base provinda de edulcorantes naturais, artificiais ou em uma combinação dos dois, além de água, álcool e outros componentes.

Existem muitos tipos de composições de adoçantes, cabe ressaltar que para cada objetivo existe um uso específico, mas basicamente são divididos em dois grupos:

  • Agentes de corpo que possuem o mesmo ou superior valor calórico do açúcar e é destinado normalmente na fabricação de outros alimentos, devido à textura e energia proporcionada.
  • Edulcorantes intensos que proporcionam apenas o doce, não fornecendo nenhuma outra propriedade além dessa. São concentrados, de baixa caloria e sempre utilizados em quantidade ínfima em relação ao volume.

Sendo assim, para o aprofundamento de conhecimento sobre cada tipo de adoçante, faz-se necessário compreender quais são os tipos de edulcorantes mais conhecidos na atualidade.

#2 – O que são edulcorantes?

Como observado anteriormente, utilizamos o termo edulcorante com certa constância neste artigo. Mas afinal, você sabe o que são estes edulcorantes?

Bom para resumir e traduzir de forma bem simplificada, os edulcorantes são substâncias químicas que podem ser provindas de meios naturais ou artificiais. São livres de calorias e é o componente que oferece o doce do adoçante.

Os edulcorantes podem ser centenas e até milhares de vezes mais doces do que o açúcar convencional. Existem a já citada anteriormente sacarina, e outros edulcorantes utilizados em adoçantes do tipo ciclamato, esteviosídeo (a popular stévia), o famoso aspartame e a sucralose.

Desses, apenas os esteviosídeos são naturais e mesmo assim é um dos mais eficientes. Eles chegam quase 50% mais eficiente em relação ao doce proporcionado pelo aspartame (aquele descoberto por Jim Schlatter), porém seu consumo deve ser bem mais moderado, sendo quase 6x menor a quantidade diária por quilo de massa recomendada ao ser humano.

#3 – Devo substituir o açúcar pelo adoçante?

Depende a finalidade de uso de cada um deles, por exemplo, se você tem tendência a desenvolver o diabetes ou se está só querendo reduzir alguns quilinhos.

O corpo se abastece a partir da alimentação e ter uma dieta correta faz parte de uma via saudável. Os adoçantes resolvem apenas alguns tipos de problemas, como o controle da glicemia ou o controle de ingestão de calorias.

Tenha em mente que ao preparar alguma receita que está acostumado, utilizar adoçantes podem alterar:

  • Textura
  • Sabor
  • Aroma
  • Umidade

Sendo assim, tome algumas precauções quando o assunto é cozinhar com adoçantes. Já o controle da ingestão de calorias, o menos recomendável são os adoçantes provindos de edulcorantes aspartame.

Ainda falando dos aspartames, estudos apontam que consumir aspartame pode interferir diretamente na absorção de minerais, como o ferro e o cálcio e caso você tenha alguma complicação quanto a um destes minerais, como osteoporose e outros, recomenda-se a utilização de adoçantes líquidos.

 

Existe outro tipo de adoçante que é produzido a partir da frutose de melões, uvas e peras, que é o de origem natural, o Eritritol. Ele possui caloria em torno de 60% menor que a do açúcar convencional. No mesmo segmento, mas de origem artificial, existe o Lactiol, que é provindo do leite.

#4 – Orientações de consumo

Para sanar algumas dúvidas suas, decidimos dar algumas dicas para que facilite seu entendimento em relação à moderação no consumo de adoçantes.

Como tudo nesta vida, consumir qualquer coisa em excesso acaba prejudicando nosso organismo e proporcionando uma queda na qualidade de vida. O adoçante em excesso satura e perde seu poder de doçura.

Este cuidado está vinculado não só a utilização do adoçante líquido ou em pó, mas também nos mais diversos produtos dietéticos, como:

  • Chocolates diet
  • Refrigerantes diet
  • Gelatinas diet
  • Pudins diet
  • Bolos diet
  • Entre outros...

Já uma curiosidade que pouca gente sabe sobre adoçantes é que a combinação de vários tipos é permitida (desde que o produto seja permitido) e garante uma eficácia em relação à doçura muito maior com muito menos quantidade utilizada.

Pode até parecer ceticismo nosso de falar sobre aspartames, mas outra preocupação que devemos ter é sobre a sua utilização em alimentos quentes.

Um refresco, por exemplo, não há problema algum, em chás, apenas após ele estar bem frio ou gelado, agora em alimentos quentes como café, é interessante que utilize adoçantes líquidos. Isso se deve a perda de eficácia em produtos quentes, o que acaba nos forçando a utilizar em maior quantidade.

Se você é uma mulher em processo de amamentação ou gravidez, é terminantemente proibida a utilização de qualquer tipo de adoçante, mesmo os de origem naturais. Lembre-se que apesar dos edulcorantes serem de origem natural, o processo de fabricação é totalmente artificial.

#5 – O adoçante e o diabetes

Segundo a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) os adoçantes dietéticos são desenvolvidos a partir de edulcorantes que conferem doçura sem a utilização de sacarose em sua composição, uma vez elaborados para atender às necessidades de pessoas com restrição de carboidratos simples (ou seja, diabéticos).

O ideal, principalmente para quem possui o diabetes do tipo 1, é que haja uma recomendação médica precisa para cada paciente de qual adoçante dietético utilizar.

Todos os adoçantes dietéticos são desenvolvidos para quem tem diabetes, porém existem casos excepcionais em que o uso, mesmo que dentro das especificações, pode ser prejudicial.

Alguns deles inclusive são responsáveis por promover o próprio diabetes. É o caso da sacarina, que em testes realizados em ratos, mostrou-se capaz de alterar a flora intestinal e desenvolver resistência a absorção de glicose, levando ao diabetes.

Os pesquisadores realizaram o estudo prático em 381 voluntários, avaliando dados sobre a saúde e a ingestão de adoçantes e além da intolerância do metabolismo da glicose e a mudança na flora intestinal, foram encontradas indícios relacionados a sobrepeso e alteração na microbiota.

Este estudo, que foi publicado na revista Nature, têm questionamentos sérios em relação aos métodos de avaliação, mas este processo é questionado mais pelos processos do que pelos resultados. O mais engraçado de tudo é que, na reportagem da revista, quem mais questiona os resultados são os próprios fabricantes de adoçantes e linhas de produtos diet, coincidência não?

Por fim...

Utilize de forma moderada caso você não sofra de problema algum e só está interessado em reduzir o consumo de açúcar. Caso tenha alguma doença crônica ou a tendência a desenvolver o diabetes, procure um especialista para melhor orienta-lo.

Lembre-se da máxima do remédio: “a diferença entre um remédio e um veneno está na quantidade”.

Não se esqueça de que não existem só os adoçantes como alternativa para adoçar um alimento, tampouco o sal como alternativa a salga-lo, lembre-se que é possível utilizar o próprio doce de frutas e mel e temperos em alternativa ao açúcar e ao sal.

Gostou deste artigo? Saber mais sobre adoçantes teve utilidade em sua vida? Caso tenha alguma dúvida ou experiência que queira compartilhar, teremos o prazer em debater contigo! Compartilhe e poste seu comentário logo abaixo.

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