FCE - FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS

COMO ESTIMULAR ALUNO COM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

Valquiria Aparecida de Oliveira Alves de Sousa

RESUMO

A presente pesquisa teve como objetivo investigar as principais dificuldades de aprendizagem percebidas por professores no cotidiano escolar nas séries do ensino fundamental II. Por meio de análise e do campo de pesquisa, o estudo revelou que as principais dificuldades de aprendizagem percebidas são: dificuldades na leitura, escrita, cálculos matemáticos entre outras e que as causas dessas dificuldades podem estar relacionadas à família, à criança, e à escola. Os resultados mostraram que os professores percebem as dificuldades de aprendizagem de três maneiras distintas: dificuldade em assimilar o conhecimento, na leitura e escrita e dificuldade de raciocínio. Os estudos demonstram que é importante a utilização de práticas pedagógicas diferenciadas que atendam às necessidades dos alunos com a ajuda do Atendimento Educacional Especializado (AEE). A dificuldade mais conhecida e que vem tendo grande repercussão na atualidade é a dislexia, porém, é necessário que os profissionais se atentem a outros sérios problemas como a disgrafia, discalculia, dislalia, disortografia e o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).

Palavras-chave: Dificuldades de aprendizagem. Ensino Fundamental II. Dislexia. Dificuldade de raciocínio.

INTRODUÇÃO

A Dificuldade de Aprendizagem é um problema que afeta muitos alunos e tem se manifestado em todo ambiente educacional. Quando essas dificuldades não são identificadas pelos professores, tornam-se um transtorno na vida escolar da criança. Uma vez que a dificuldade não é diagnosticada nos anos iniciais a criança é rotulada por algum tipo de adjetivo negativo tais como “lerda”, “preguiçosa”, entre outros, aí vem a grande preocupação de educadores, psicólogos, fonoaudiólogos e outros profissionais da área em saber como uma criança aprende, ou seja, como ela elabora seu pensamento, suas ideias, seu raciocínio lógico e principalmente como ela adquire a linguagem falada, lida e a escrita. 

Muitos alunos apresentam dificuldades no momento de aprender as primeiras palavras. Às vezes se esforçam e não alcançam êxito escolar, por isso sentem-se desmotivados, com autoestima baixa e daí é importante a identificação do problema, compreensão e colaboração de todas as partes envolvidas no processo: pais, professores, gestores escolar e orientadores para que seja realizado um trabalho conjunto a fim de diagnosticar o problema do aluno e que ele receba o apoio necessário dos educadores e da família, assim terá maior possibilidade de desenvolver suas habilidades cognitivas. 

Durante a vida escolar, a criança recebe as avaliações de seus professores, coordenadores pedagógicos, colegas e pais sobre suas habilidades e sucessos acadêmicos e, com base nelas, começa a construir uma visão de si, aprender a ler e escrever é uma das metas mais desejadas pelas famílias e pelos educandos, sejam eles deficientes ou não, pois por meio dessas habilidades estes terão acesso aos conhecimentos, habilidades e valores científicos considerados relevantes no contexto social em que vivem.

A dificuldade em aprender pode, entretanto, estar relacionada a determinantes sociais, da escola e do próprio aluno, ou seja, ligada a fatores internos (cognitivos e emocionais) e a fatores externos (culturais sociais e políticos). (JACOB; LOUREIRO, 1996; WEISS, 1977). 

Segundo Stefanini e Cruz (2006) considera-se que a escola também é a instância a qual contribui para o fracasso escolar do aluno, tendo em vista que, associada ao sistema sóciopolítico, econômico reflete e reproduz a ideologia da sociedade na qual está inserida e diante desta perspectiva a aprendizagem está intimamente ligada à intencionalidade e a forma pela qual a informação chega ao aluno, determinando a qualidade do ensino.

Cada aspecto tem sua particularidade, porém interligados podem levar a criança ao fracasso escolar. Weiss (1977, p.16), “considera o fracasso escolar como uma resposta insuficiente do aluno a uma exigência ou demanda da escola”. Esta insuficiência escolar pode estar ligada à ausência de estrutura cognoscitiva, que permite a organização dos estímulos e favorece a aquisição dos conhecimentos. 

Visto que é relevante saber que as dificuldades de aprendizagem podem estar relacionadas com problemas orgânicos e emocionais. Portanto pergunto: quais são as principais dificuldades de aprendizagem percebidas pelos professores, nas séries iniciais do ensino fundamental? O presente trabalho como objetivo descrever como o processo de aprendizagem se efetiva e identificar as principais dificuldades de aprendizagem apresentadas entre os alunos das séries iniciais do Ensino Fundamental, tendo em vista relacioná-las às sugestões de práticas favoráveis às superações cognitivas. O trabalho aborda esta temática, percebendo a aprendizagem enquanto processo e produto inacabado e diferentemente desenvolvido e discorre sobre os estudos conceituais da aprendizagem e as principais dificuldades que os alunos têm apresentado na efetivação de sua construção do saber escolar.

O objetivo geral deste trabalho é investigar como os professores percebem as dificuldades de aprendizagem, nas séries iniciais do ensino fundamental, apresentar uma breve revisão da literatura especializada na área, visando à compreensão de questões fundamentais sobre a aprendizagem destacando as ideias principais sobre autoconceito e sobre as teorias de Piaget e Vygotsky, para melhor compreender as dificuldades de aprendizagem.

 Sendo que os objetivos específicos abordam esta temática, percebendo a aprendizagem enquanto processo e produto inacabado e diferentemente desenvolvido e discorre sobre os estudos conceituais da aprendizagem e as principais dificuldades que os alunos têm apresentado na efetivação de sua construção do saber escolar, este estudo busca verificar como a educação inclusiva está descrita no Projeto Político Pedagógico da escola; identificar como os professores percebem e expressam as dificuldades de aprendizagem de seus alunos; e verificar se existe Atendimento Educacional Especializado na escola investigada e descrever como ele ocorre.

Uma situação de fracasso é capaz de gerar sentimentos que perduram por muitos anos ou que podem ser desencadeadores de outras dificuldades, gerando um ciclo vicioso. Conhecer a realidade educacional sobre as dificuldades de aprendizagem é relevante, pois o professor é um dos principais sujeitos que no decorrer de sua prática educativa poderá perceber em qual nível de aprendizagem ou quais dificuldades que seus alunos apresentam, podendo auxiliar na superação das mesmas com metodologias diferenciadas com estímulos diários. 

Assim, aprender a leitura e a escrita, é mais do que apreender um instrumento de comunicação: é, sobretudo, construir estruturas e pensamentos capazes de abstrações mais elaboradas (JOHNSON; MYKLEBUST, 1987).

 Este estudo é muito importante, pois analisa as principais dificuldades de aprendizagem percebidas pelos professores no cotidiano escolar, e verifica como professores devem atuar tendo consciência do papel que exerce frente à sociedade que atende buscando melhorar o desempenho acadêmico com ajuda do Atendimento Educacional Especializado (AEE), onde os professores capacitados devem trabalhar com propostas pedagógicas correspondentes as necessidades dos alunos respeitando o seu ritmo de aprender e assimilar o conhecimento. As dificuldades de aprendizagem estão ligadas a diversos fatores, que se manifestam de forma diferenciada em cada criança, estas dificuldades podem ter relação com aspectos orgânicos, cognitivos, emocionais, familiares, sociais, pedagógicos, falta de material e estímulos, baixa autoestima, problemas patológicos, entre outros. 

A metodologia utilizada para o desenvolvimento deste estudo é a revisão bibliográfica.

1 A IMPORTÂNCIA DO ESTÍMULO

 Todo o trabalho de estímulo deve acontecer primeiramente com o professor que está ligado diretamente com o aluno, assim todos os problemas deverão ser passados para o coordenador pedagógico que é o principal responsável por oferecer apoio e incentivar o professor, propondo reflexões e estratégias de sala de aula. Mas, para garantir que os alunos aprendam, é preciso que a escola tenha um plano bem fundamentado de expectativas de aprendizagem, com atividades pensadas para cada faixa etária e série, assim, é possível identificar se os alunos estão evoluindo no dia a dia. 

Por meio do acompanhamento periódico, da produção de registros e de uma avaliação diagnóstica, o coordenador e o docente podem verificar quais alunos apresentam algum tipo de dificuldade e, juntos, planejar intervenções para superá-las. O coordenador tem uma visão privilegiada da escola e pode pensar em estratégias junto com o professor para ajudar o grupo como um todo, além de oferecer as condições necessárias para o trabalho em sala de aula, auxiliando os alunos com dificuldade, e realizando uma série de ações que o coordenador pode colocar em prática em parceria com toda a equipe. 

A afetividade não modifica o funcionamento da inteligência, mas, poderá acelerar ou retardar o desenvolvimento dos indivíduos, podendo até interferir em sua inteligência, estruturalmente falando-se (ANDRADE, 2007). 

A ação, qualquer que seja, precisa de organismos fornecidos pela inteligência para alcançar um objetivo, uma meta, mas é necessário o desejo, ou seja, algo que mobiliza o sujeito em direção a este objetivo e isso corresponde à afetividade (DELL’AGLI; BRENELLI, 2006).  

Os alunos desmotivados que estejam sentados no fundo da sala pode ser um fator de não ter afeto com os demais colegas da sala, porque não ter amigos na aula, ou porque são muito tímidos e não querem ser chamados, é comum que eles desviem os olhos quando o professor faz uma pergunta isso impede que esse aluno tenha motivação para estudar. Fornecer muitas oportunidades para o aluno se sentir confortável com a forma como ele aprende e da maneira como ele pode demonstrar o que sabe é muito importante para o aluno, assim desenvolve mais confiança para esse estudante.  Enquanto a autonomia do aluno for estimulada um senso de bem estar e conforto no funcionamento da sala de aula será mais bem sucedida, a autonomia prática dá suporte para um maior engajamento nas atividades e no aprendizado, assim como a autonomia cognitiva promove um investimento psicológico mais duradouro no aluno inserido naquelas atividades.

De acordo com Menin (2002), o ambiente escolar deve ser de afeto e não intolerância, ou seja, se quisermos educar para a autonomia, não é possível obtê-la sem o respeito. Isso exige que se tenha como enfoque principal não "transmitir conhecimentos" às crianças, mas socializá-las e humanizá-las adequadamente, objetivando sempre uma sociedade formada por pessoas mais responsáveis e equilibradas, com comportamentos saudáveis, agindo com cidadania. Ainda, segundo a autora, se a escola não se comprometer formalmente com a tarefa de formar cidadãos autônomos, ainda que busque ensinar todos os ramos da ciência, não estará comprometida com suas bases.

 

2 O PAPEL DA ESCOLA, FAMÍLIA E DO PROFESSOR

A escola é o ambiente onde o aluno tem a oportunidade de se desenvolver fisicamente e intelectualmente, pois é no contexto escolar que o aluno aprender a conviver e a respeitar as diferenças, como também, ampliar conhecimentos através do contato com a diversidade cultural, social e com uma variedade de materiais concretos, para fazer bom uso da leitura e da escrita, como livros, gibis, cadernos, mural de leitura, revistas, jornais, dicionários, textos diversos, entre outros. A linguagem oral deve ser bem trabalhada em sala de aula, para que o vocabulário do aluno possa ser ampliado gradativamente e corretamente. 

Caso esse processo não seja bem desenvolvido, o indivíduo poderá não adquirir um bom repertório verbal e gramatical, podendo assim apresentar problemas de compreensão de textos. Expressar-se oralmente é algo que requer confiança em si mesmo, isso se conquista em ambientes favoráveis dentro de uma sala de aula onde todos se respeitam. Assim o desenvolvimento da capacidade de expressão oral do aluno depende consideravelmente da escola e colegas de classe, constituindo-se num ambiente que respeite e acolha a vez e a voz, a diferença e a diversidade. Mas, sobretudo depende da escola ensinar-lhes os usos da língua adequando a diferentes situações comunicativas (PCN, 1997).

As situações de ensino aprendizagem da leitura e aspectos gramaticais que se articulam em torno das estratégias de leituras com processo de construção conjunta entre professor e aluno, é que se faz necessário ensinar uma série de estratégias que podem contribuir para compreensão da leitura e a gramática. 

Segundo Alliende e Condemarín (2005) a leitura é a única atividade a qual constitui, e ao mesmo tempo, disciplina de ensino e instrumento para manejo das outras fases do currículo onde a ênfase está em aprender a ler para aprender. Nas séries fundamentais, a aprendizagem do código dentro de contextos significativos para alunos é de grande relevância. 

A língua de um modo geral é um sistema de signos histórico e social, que possibilita ao homem significar o mundo e a realidade, assim, aprendê-la é aprender não só palavras, mas também os seus significados gramaticais, culturais e, com eles, os modos pelos quais as pessoas do seu meio social entendem e interpretam a realidade e a si mesmas (PCN, 1997).

A atenção à diversidade está focalizada no direito de acesso à escola e visa à melhoria da qualidade de ensino e aprendizagem para todos, irrestritamente, bem como as perspectivas de desenvolvimento e socialização. A escola, nessa perspectiva, busca consolidar o respeito às diferenças, conquanto não elogie a desigualdade. As diferenças vistas não como obstáculos para o cumprimento da ação educativa, mas, podendo e devendo ser fatores de enriquecimento (BRASIL, 1998).

Sabe-se da importância dos familiares, docentes e demais funcionários da escola estar integrados ao processo de aprendizagem das crianças para juntos, criarem estratégias que fortaleçam suas potencialidades. No entanto, para atingir o objetivo deste artigo, será necessário focar na importância do preparo pedagógico dos professores. O art. 59, inciso III, da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) afirma que os sistemas de ensino devem assegurar aos educandos com deficiência, professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns (BRASIL, 1996). A ação, qualquer que seja, precisa de organismos fornecidos pela inteligência para alcançar um objetivo, uma meta, mas é necessário o desejo, ou seja, algo que mobilize o sujeito em direção a este objetivo e isso corresponde à afetividade (DELL’AGLI; BRENELLI, 2006).

 A criança traz para o ambiente escolar toda a carga afetiva de seu desenvolvimento com seus familiares, os problemas emocionais surgirão nos contatos que se estabelecerá e, as crianças que tenham desenvolvido a inteligência emocional saberão lidar com as frustrações que este ambiente e suas relações lhes proporcionarão. Cabe ao professor e aos profissionais envolvidos nesta relação propiciar um ambiente acolhedor e de compreensão para que as crianças possam desenvolver suas potencialidades amplamente (ANDRADE, 2007). 

A afetividade não modifica o funcionamento da inteligência, mas, poderá acelerar ou retardar o desenvolvimento dos indivíduos, podendo até interferir em sua inteligência, estruturalmente falando-se (ANDRADE, 2007). 

De acordo com Andrade (2007) Martinelli (2006) afirma que, o que se observa com mais frequência é o fato de que o aluno admirado ou valorizado pela escola tem suas características valorizadas, cada vez mais acentuadas e, consequentemente, demonstra-as com mais frequência.

  Na fase inicial da aprendizagem da leitura e da escrita, a linguagem oral funciona como apoio, um elo intermediário. É impossível a leitura silenciosa, da mesma forma que é preciso dizer, simultaneamente, silabando, o que se está escrevendo: a fala orienta a escrita da mesma forma que a fala egocêntrica orienta as ações da criança pequena (CRUZ, 2013). 

RESULTADOS

A motivação para ampliar os conhecimentos é como um gatilho que impulsiona a aprendizagem e estabelece as condições nas quais ela ocorre e talvez o mais determinante para o progresso na vida escolar é o interesse. Despertar o interesse do aluno, seja ele uma criança nos primeiros anos da vida escolar ou um adolescente do Ensino Médio, é a chave para garantir um aprendizado eficaz. O interesse é uma variável de muita importância nas tarefas escolares e na aprendizagem em geral, quando as pessoas se interessam por um assunto, tendem a aprendê-lo mais rapidamente e com maior profundidade.

Por meio do acompanhamento periódico, de registros e de uma avaliação diagnóstica, o coordenador e o docente podem verificar quais crianças apresentam algum tipo de dificuldade e, juntos, planejar intervenções para ajudar esse aluno e ter um diagnóstico correto, acompanhando a criança individualmente durante todo o ano para verificar se ela está aprendendo e qual é seu desmotivo para estar acompanhando no aprendizado.

A parceria da escola com a família é essencial para garantir que os alunos consigam aprender, o gestor e o coordenador têm o dever de conversar com os pais para incentivá-los a dar apoio à criança, seja com afeto e incentivo, seja proporcionando um bom espaço para que ela estude com muita motivação. Nunca se esquecer que também já foi aluno, criança ou adolescente, e que também gostava de brincar, evitar categorizar ou rotular os alunos, pois pode estar a contribuir para a manutenção do aprendizado, não se distanciar dos alunos que mais tem dificuldade, pois são estes que requer mais atenção, mantenha altos níveis de energia e entusiasmo ao apresentar informações de uma matéria nova ou um conteudo, usar emoções positivas e desafiar o aluno, dando ao estudante opções para desenvolver sua confiança, ensinar habilidades de resolução de problemas e permita que o aluno conduza autoavaliação e um estimulante para que esse aluno se comprometa cada vez mais com os estudos.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pode-se concluir que é de suma importância ter um sistema de ensino preparado com professores que saibam  atendê-los em suas especificidades e habilidades, que saibam que todos os alunos conseguem aprender e deve interagir com o mundo para poder se desenvolver academicamente e socialmente, isto é, se tornarem cidadãos ativos e autônomos. Através desse estudo foi possível constatar o grande número de alunos que apresentam dificuldades no processo de ensino e aprendizagem, tais como dificuldades na escrita e leitura. 

Observa-se que a aquisição da leitura e escrita na idade certa, ou pelo menos nas séries iniciais do ensino fundamental I é grande valia para que todo o trajeto escolar do aluno, já em conjunto com a falta de acompanhamento da família na vida escolar dos filhos, dificulta o progresso total nas séries finais, esses fatores acarretam problemas como o desinteresse em aprender os conteúdos ensinados pelo professor, abandona a escola, tendo a desmotivação entre outros problemas. Considerando os resultados obtidos nos estudos, pode-se notar que as dificuldades de aprendizagem não devem ser atribuídas somente a própria escola, pois fatores externos contribuem para essa situação difícil, exemplo, falta de materiais adequados a processo de formação, acompanhamento insuficiente da família e alguns professores descompromissados com o processo de alfabetização na idade certa.

Assim como um professor de tal responsabilidade e comprometimento em sua função pode alcançar os objetivos por meio de metas e objetivos claros, dessa maneira, além de cumprir o conteúdo programático padrão da disciplina, o professor pode estabelecer metas como a melhoria no desempenho de seus alunos nas provas, a resolução bem-sucedida dos exercícios propostos, os alunos precisam ser constantemente desafiados, afinal, muitas vezes é exatamente por meio de um problema difícil ou da proposição de uma questão mais complexa em sala de aula que eles se sentem motivados a pesquisar novas fontes, estudar e encontrar soluções, jamais negligencie a capacidade que cada aluno pode desenvolver, em uma atividade de charada, gincana ou um dever em forma de desafio. 

Cada aluno tem sua própria forma de aprender, ainda que possa ser beneficiado pelo trabalho em grupo. O ensino-aprendizagem, por sua vez, deve ser um processo dialógico, é através do diálogo que o professor conhece o aluno, identifica como ele pensa e, somente assim, pode refletir sobre as modificações necessárias no processo para favorecer seu desenvolvimento. É preciso ajudar o aluno a estabelecer relações entre o conhecimento novo e o que já domina. É importante, também, valorizar o que ele sabe fazer bem, para que desenvolva o sentimento de autovalorização e sinta-se encorajado a enfrentar os desafios. Mudar o cenário da aula também ajuda a estimular e prender a atenção e despertar o interesse dos estudantes, procurando conhecer bem os alunos é uma ótima forma de transformar a rotina em sala de aula e garantir maior o comprometimento dos mesmos.

 Assim, para que os alunos tenham êxito na sua vida acadêmica quanto em suas ações, é necessário que sejam valorizados mesmo em pequenos atos. Essa é uma forma de satisfazer suas necessidades e mantê-los constantemente em busca de novos desafios. O papel da família, também é muito importante e aproveitar o amor e o empenho, a dedicação e o comprometimento e estimular esse aluno é essencial e da um grande respaldo para que a escola possa desenvolver seu papel com mais êxito. Ao mesmo tempo, família e escola têm a inteira obrigação exercer a sua responsabilidade de amar, de educar e de cuidar. Para isso, a gestão da escola deve estar atenta, auxiliar os professores na realização de ações que valorizem o aluno e o guiem no caminho da verdadeira autonomia. 

 

REFERÊNCIAS

 

ALLIENDE, Felipe.; CONDERMARÍN, Mabel. A leitura: teoria, avaliação e desenvolvimento. Porto Alegre: Artmed, 2005.

 

ANDRADE, Agivanda Soares de. A influência da afetividade na aprendizagem. Monografia apresentada como requisito parcial à obtenção do título de Especialista em Psicopedagogia Clínica junto à Unievangélica Centro Universitário. Brasília – DF, 2007.. Disponível em . Acesso em: 19 de setembro de 2020.

 

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 1998.

 

BRASIL. Lei n° 9.394 de 20 de dezembro de 1996.

 

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997. 

 

CRUZ, Mara Lúcia Reis Monteiro da. Ambiente virtual de aprendizagem para letramento de alunos com deficiência intelectual. 2013. 246p. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-graduação em Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2013. Disponível em Acesso em: 19 de setembro de 2020.

 

DELL’AGLI, Betânia Alves Veiga.; BRENELLI, Rosely Palermo. A afetividade no jogo de regras. In: Sisto, F.; Martinelli, S. Afetividade e Dificuldades de Aprendizagem: uma abordagem  psicopedagógica. 1.ed. São Paulo: Vetor, 2006.

 

JACOB, Adriana Vilela.; LOUREIRO, Sonia Regina. Desenvolvimento afetivo – o processo de aprendizagem e o atraso escolar. Paidéia. FFCLRP-USP, Ribeirão Preto, Fev./ Ago. 1996. Disponível em: Acesso em: 19 de setembro de 2020.

 

JOHNSON, Doris J.; MYKLEBUST, Helmer R. Distúrbios de Aprendizagem – Princípios e Práticas Educacionais. São Paulo: Pioneira, 1987.

 

MENIN, Maria Suzana de Stefano.  Valores na escola. Educação e Pesquisa, São Paulo,  v. 28,  n. 1, p.91-100, jan./jun. 2002. Disponível em: Acesso em: 19 de setembro de 2020.

 

STEFANINI, Maria Cristina Bergonzoni; CRUZ, Sônia Aparecida Bellete. Dificuldades de aprendizagem e sua s causas: o olhar do professor de 1ª a 4ª séries do ensino fundamental. Educação, janeiro-abril, ano/vol. XXIX número 67 058. Pontifica Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto alegre, Brasil PP.

 

WEISS, Maria Lúcia Lemme. Psicopedagogia Clínica: uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar. Rio de Janeiro: DP & A, 1977.