O grande filósofo René Descartes, efetivou a coisa mais absurda do mundo, a separação do corpo com a mente. Em latim sua frase estúpida, pensa logo existe. Cogito ergo sum.

Em seguida a ideia religiosa estapafúrdia, corpo e alma. A mente e o corpo do homo sapiens estão intrinsecamente ligados.

Com efeito, não há a memória sem a linguagem ambas não podem existir sem a materialidade do corpo.

 Significa que não é possível a produção da memória, ou seja, o funcionamento da mente descontextualizada da realidade neuroquímica.

 O pensamento como processualidade é produto da linguagem enquanto realidade química, em uma relação dialética com o mundo social político institucionalizado.

Desse modo não é possível produzir um único pensamento sem que aconteça a contribuição biológica do organismo.

 Portanto, a existência da realidade racional sapiens depende da contribuição do corpo, como também do mundo social.  No entanto, o mecanismo estrutural da mente é por essência alienador.        

Com efeito, o espírito faz parte da realidade material, o mesmo encera com o mecanismo que leva a morte do corpo. Darwin.

  Não se constroi o pensamento sem interligação eletroquímico.  Como refletiu o grande neurocientista Antonio Damásio, o homem é o seu cérebro, por uma simples razão, antes de ser o cérebro o mesmo é o seu  corpo.

Com efeito, para criar um pensamento por meio da linguagem, as células do cérebro precisam intercomunicar a partir de padrões determinados.

Sendo assim, o pensamento só é alterado quando são criados novos padrões de memórias resultadas das diversidades culturais epistemologizadas ou não.  

Quando se cria um pensamento neuroquimicamente estabelece um padrão, que transforma em paradigma memorial para os  julgamentos.

 Com efeito, os padrões estabelecidos, mecanizados na memória humana, influenciam  o corpo, do mesmo modo, o meio social cultural.  

Portanto, pode também dizer que a memória ou a mente, é o corpo estabelecido em formas de padrões sistematizados no cérebro sapiens.

 Dessa forma nenhuma memória é individualizada, produto de complexidades múltiplas.  

Todas as formas de linguagem influenciam o corpo, em todos os aspectos, do químico biológico ao social político.

 Motivo pelo qual o homem é um animal político,  como refletiu Aristóteles,  ideologizado, Karl Marx, pois as formas de memórias solidificadas determinam os mundos ideológicos da espécie sapiens.

Desse modo ninguém pensa nada sem a colaboração biológica.  Os processos de construção do pensamento não ocorrem apenas no cérebro.

Todo organismo é responsável pela produção da linguagem e do pensamento.  O homo sapiens é um todo, linguagem, pensamento e corpo, Vygotsky.  

Desse modo, não existe o aspecto mental dissociado da vida biológica. Com efeito, a  sabedoria consiste em saber compreender a constituição da memória de todos os sapiens, evoluída por padrões antagônicos, no entanto, com a mesma logicidade de funcionamento.

   Todo cérebro é estruturado de certo modo, de acordo com as padronizações de memórias, todos os corpos seguem tais comandos. Portanto, os comportamentos sapiens são previsíveis, a maioria absoluta segue padronizações culturais sociais políticos.

O cérebro é produto do meio social, as padronizações individuais são resultadas de relações complexas sociais coletivas, o que costuma ser o homem individual, regra geral é o ser coletivamente produzido.  

Quer compreender alguém entenda as padronizações sociais do seu país. Entretanto, pode entender a particularização do ser social do ponto de vista das manifestações psicológicas.

Sendo desse modo, o que acontece internamente em cada pessoa, é o que há fora dela, sendo referência como norma comportamental.  Compreenda a sociedade que entenderá as ações das memórias individuais.

Todas as pessoas costumam ter padrões comuns, ideologizações semelhantes, o mundo é quase sempre as repetições das mesmas ações.

  Entretanto, algumas coisas mudam em confrontações com paradigmas resultados das diversidades culturais. A interpretação da pessoa é o entendimento do mundo.

Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.