ansiedade

A volta às aulas é motivo de ansiedade para muitos alunos. Há estudantes que se preocupam com a vida acadêmica e social. Outros são obrigados a lidar com assuntos muito mais graves, como a violência no colégio – fenômeno que, infelizmente, ocorre com frequência no Brasil. Nas escolas brasileiras, pratica-se a violência tanto contra alunos como contra professores.

A volta às aulas é motivo de apreensão e nervosismo para muitos jovens. Vale ressaltar que os pais podem ajudar os filhos a reduzir o nível de ansiedade. Neste artigo, apresentamos cinco sugestões:

1. Os pais precisam ensinar aos filhos a importância da disciplina e da adoção de hábitos saudáveis. 

A autodisciplina é um elemento essencial para o bom desempenho no colégio. É importante que o aluno saiba programar os estudos e se organizar. O jovem também precisa adotar hábitos saudáveis: dormir o suficiente e se alimentar bem. Alunos que se alimentam mal ou que dormem muito pouco não conseguem se concentrar em sala de aula. Além disso, a falta de sono resulta em stress e ansiedade.

Muitos jovens dormem muito pouco porque passam horas à frente da televisão, navegando na Internet ou se comunicando virtualmente com os amigos. Consequentemente, estão quase sempre cansados.
Os pais precisam transmitir aos filhos que um bom aproveitamento acadêmico não depende apenas de inteligência. Depende também de disciplina e da adoção de hábitos saudáveis.

2. É fundamental que o jovem progrida academicamente, mas não é necessário alcançar a perfeição.

Há alunos que são demasiadamente exigentes e esperam gabaritar toda prova. Isso pode ser uma grande fonte de estresse e ansiedade. É importante que o estudante se esforce muito e que progrida academicamente ao longo do ano, mas não é necessário que gabarite toda prova. Vale lembrar que preparar-se para o Enem e o Vestibular é um processo que leva anos de estudo. O aluno deve almejar o progresso, não a perfeição.

3. É aconselhável que o aluno encontre equilíbrio entre a vida acadêmica e a social.

Há alunos que se dedicam apenas aos estudos e não se relacionam com os colegas de classe. Já outros agem como se o colégio fosse um ponto de encontro para amigos. É importante que o jovem encontre equilíbrio entre a vida acadêmica e a social. Ele deve se dedicar aos estudos, mas não pode se esquecer de que uma vida social saudável é uma forma de combater o estresse e a ansiedade. Além disso, constitui um incentivo para que não falte às aulas. Por outro lado, mesmo o aluno que tenha muitos amigos não deve negligenciar os estudos. O mau desempenho acadêmico é uma fonte de ansiedade para todo aluno, mesmo para os menos interessados. Ninguém deseja repetir de ano ou ter um mau desempenho no Vestibular e no Enem. É importante, portanto, que todo jovem consiga equilibrar os compromissos acadêmicos e os interesses sociais.

4. Os pais devem perguntar aos filhos se há incidentes de violência no colégio, contra alunos ou professores.

Em muitos colégios no Brasil, há ocorrências de violência perpetradas contra professores e alunos. Isso é motivo de ansiedade e temor para muitos jovens. Muitos alunos são vítimas de violência, mas ficam calados porque temem retaliação ou repercussões negativas. É importante que os pais estejam cientes da possibilidade de ocorrências de violência no colégio. Infelizmente, esse fenômeno não é algo raro: de acordo com uma pesquisa realizada pela Unesco, 53% dos colégios particulares não tomam as medidas necessárias para proteger alunos e professores. Em colégios públicos, esse número é até maior: 65%.

O governo brasileiro admite que há um sério problema de violência nos colégios. Contudo, faz pouco para preveni-lo. Consequentemente, muitos alunos têm medo de ir à escola. A questão da violência nos colégios é uma questão muito grave que precisa ser compartilhada com os pais, para que possam ajudar os filhos a encontrar soluções.

5. O aluno precisa traçar objetivos para o ano letivo.

A falta de objetivos e de direcionamento é fonte de estresse e ansiedade para muitos jovens, principalmente para os alunos do segundo ou terceiro ano do Ensino Médio, que, em breve, terão de decidir que carreira seguir. Além de enfrentar desafios acadêmicos, muitos jovens não têm a mínima ideia do que pretendem estudar na faculdade.

O início do ano letivo é o momento ideal para que o jovem estabeleça metas – objetivos que pretende realizar ao longo do ano. Por exemplo, se um aluno tem dificuldade com certa matéria, deve traçar o objetivo de dedicar muito mais tempo ao estudo dela.

O conceito de traçar objetivos é uma forma de combater a ansiedade, pois constitui uma estratégia que fornece ao aluno um certo direcionamento e o sentimento de que ele é responsável por seu progresso e sucesso. Em outras palavras, antes do início do novo ano letivo, o aluno deve se perguntar: o que pretendo realizar neste ano? Isso não deve ser um mero exercício mental. O jovem deve escrever o que pretende fazer ao longo do ano e, ao término de toda semana, consultar essa anotação para verificar se está progredindo. Assim, ele se torna seu próprio disciplinador. Isso constitui uma forma de evitar que o aluno se perca ao longo do ano. Dará mais confiança ao jovem e, consequentemente, reduzirá o grau de ansiedade que sente na volta às aulas.