COMO CERTIFICAR UMA EMPRESA BRASILEIRA

 

Roseni de Jesus Gonçalves da Silva ¹

 

RESUMO

Este artigo é destinado a pessoas que não possui certo conhecimento de como normalizar uma empresa com obtenção de um certificado da família ISO. A normalização surgiu à corrida pela qualidade de produtos e serviços através de um padrão de qualidade certificado internacionalmente. Muitas empresas certificadas utilizam o desconhecimento das pessoas para obter vantagens comerciais e oferecer uma “qualidade” de produtos excelente. Como obter uma certificação ISO? A certificação de qualidade traz mudanças administrativas, gerenciais e de recursos humanos. Tais mudanças organizacionais são fundamentais para que haja melhorias nos seus produtos e serviços assim como melhorias nos aspectos físicos, mentais e emocionais de seus colaboradores. Uma empresa certificada pode conseguir maior credibilidade, aceitação e, ocasionalmente, atender também aos pré-requisitos de um fornecedor mais exigente. “Do ponto de vista interno, obter um certificado de conformidade ajuda a organizar e a melhorar os processos da empresa, a reduzir os custos com retrabalho e a evitar perdas e desperdícios”. Com as normas, o empreendedor passa a ter uma visão mais abrangente dos processos da empresa e consegue gerenciar melhor o seu negócio. As empresas certificadas e que tenham a certificação deveriam ensinar sobre a norma, não somente os colaboradores, mas aos clientes e fornecedores evitando que algumas empresas ferissem os conceitos a respeito das normas ISO. No Brasil, o INMETRO é o organismo de acreditação oficial que avalia as certificadoras e verifica se elas podem emitir certificados. Entretanto, as normas ISO 9001 ISO 14001 e ABNT 16001 têm caráter voluntário e não é obrigatório que os organismos de certificações sejam acreditados pelo Inmetro. “Uma das vantagens de procurar certificadoras chanceladas pelo órgão, é devido uma marca forte e reconhecida no país e se a empresa tiver qualquer problema com um organismo de certificação acreditado pela INMETRO, a solução virá rapidamente”. ABNT é a responsável pela tradução das normas internacionais. Certificadoras como a Fundação Vanzolini e a própria ABNT vão até as empresas verificar se elas estão agindo em conformidade com a norma que pleiteiam

 Palavras-chave: ISO. Certificação. Normalização. Normas.

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¹ Acadêmico do 6º Período - Curso de Administração da Faculdade Tecsoma de Paracatu- MG. 

             1 INTRODUÇÃO

A normalização, em escala mundial, de produtos ou processos representava, contudo, um problema de ação coletiva. As empresas precisavam estar convencidas de que colheriam ganhos econômicos concretos para dedicar recursos humanos, tempo e dinheiro à elaboração de normas. Tais ganhos deveriam superar, inclusive, os custos de uma maior regulamentação imposta, de forma voluntária ou compulsória, aos processos produtivos.

Então, com a normalização, surgiu a corrida pela qualidade de produtos e serviços através de um padrão de qualidade certificado internacionalmente.

Muitas empresas certificadas utilizam o desconhecimento das pessoas para obter vantagens comerciais e oferecer uma “qualidade” de produtos excelente.

Um dos pontos que mais chama a atenção com relação aos certificados ISO é quando nos deparamos com embalagens de produtos, com dizeres em letras garrafais: “Produzido de acordo com a ISO 9000”, ou “Certificado pela ISO 9000”. 

Esta simples prática esconde uma série de fatores que demonstra o quanto algumas empresas ferem os conceitos a respeito das normas ISO.

2 ISO

 2.1 História

 Segundo Drebtchinsky (1996) a Segunda Guerra Mundial obrigou a indústria a realizar uma mudança drástica da produção civil para produção militar, um grande obstáculo foi cumprir as especificações exigidas na época. Então após a segunda guerra mundial, aconteceu uma reunião em Londres, onde representantes de vinte e cinco países decidiram criar uma organização internacional com o objetivo de ampliar e facilitar, em nível mundial, a coordenação e a unificação de normas industriais.

Essa organização recebeu o nome de (ISO) - International Organization for Standardization e começou a funcionar oficialmente em 23 de fevereiro de 1947 com a denominação International Organization for Standardization (ISO), ou Organização Internacional de Normalização, mas a sede foi transferida para Genebra, na Suíça, em 1948. Desde então, o campo de suas atividades passa por constante ampliação.

 2.2 Conceito

 A ISO é uma organização não governamental (ONG), e cada país membro possui uma entidade nacional como sua representante (governamental ou privada) junto aos comitês da ISO.

Possui uma rede de institutos de normalização de 157 países, seu escritório-base está sediado em Genebra, na Suíça, e seus trabalhos são conduzidos e acompanhados por todas as entidades participantes e tem como objetivo estabelecer normas técnicas no âmbito internacional.

Diferentemente do que muitas pessoas acreditam ISO não é uma sigla, e sim um nome originado da palavra grega "ἴσος" ("isos"), que significa igualdade.

Como “International Organization for Standardization” pode ser abreviada de diversas formas, em diversos idiomas (OIN em português, IOS em inglês, OIN em francês etc.), optou-se por utilizar uma palavra curta e simples, derivada do grego isos, que independente do idioma poderia preservar seu significado (ISO).

A escolha do nome "ISO" reflete assim o objetivo da organização, ou seja, a padronização entre as diversas culturas.

 A ISO é a organização com a mais vasta representatividade na emissão de normas internacionais de âmbito global. Foi criada oficialmente no dia 23 de fevereiro de 1947 com o objetivo de facilitar a coordenação internacional e a unificação de padrões técnicos, porém atualmente está ligada também à normalização de padrões de gestão, com alta repercussão econômica e social, tendo impacto não somente no setor de produção de bens tangíveis, mas também na área de serviços, contribuindo para a sociedade como um todo, principalmente nos aspectos de segurança e atendimento às exigências legais. (VALLS, 2004).

 A ISO concilia interesses de produtores, usuários, governos e da comunidade científica na preparação de normas internacionais. Seu trabalho é desenvolvido por intermédio de mais de 2.600 grupos técnicos, compostos por mais de vinte mil especialistas de todo o mundo, e que participam anualmente dos trabalhos técnicos da ISO, dos quais já resultou a publicação de mais de 13.000 (treze mil) normas desde a fundação da organização.

FIGURA 01- Selo ISO nos anos 80

 

FONTE: História da normalização brasileira (DIAS, 2011).

 2.3 Objetivos

 Na prática, a normalização está presente na fabricação dos produtos, na transferência de tecnologia e na melhoria da qualidade de vida, através de normas relativas à saúde, à segurança e à preservação do meio ambiente e possui os seguintes objetivos:

  1. 1.    comunicação:
  • proporcionar meios mais eficientes de troca de informações entre o fabricante e o cliente, melhorando a confiabilidade das relações comerciais;
  1. 2.    economia;
  • proporcionar a redução da crescente variedade de produtos e procedimentos;
  1. 3.    eliminação de barreiras técnicas e comerciais;
  • evitar a existência de regulamentos conflitantes sobre bens e serviços em diferentes países, facilitando, assim, o intercâmbio comercial.
  1. 4.    proteção do consumidor;
  • prover a sociedade de meios eficazes para aferir a qualidade de bens e serviços; 
  1. 5.    segurança;
  • proteger a vida e a saúde;

 3 A OFICIALIZAÇÃO DE UMA NOVA NORMA ISO

 De acordo com as regras da ISO, é necessário o apoio de cinco países membros para a oficialização do estudo de uma nova norma.

  1. Deve ser formado um Grupo de Trabalho, no âmbito de um comitê ou de um subcomitê.
  1. o grupo elaboração um documento inicial, o Working Draft.
  1. A tarefa é transferida ao Comitê Técnico, que conduz a consulta ao corpo de países membros, oferece um novo documento técnico (o Commitee Draft) que providencia o registro da votação.

Ao fim desse processo é então publicada uma nova Norma Internacional que deverá ser aprovada por dois terços dos membros de um comitê e ao menos um quarto não deve se opor.

A maior parte do trabalho é financiada pelas empresas interessadas e pelas associações nacionais; a imensa maioria do pessoal especializado que se encarrega das discussões e da elaboração das normas também é provida por elas.

 3.1 Organizações responsáveis pelas ISO

 a)    de acordo com cada país:

 ·      Alemanha - Deutsches Institut für Normung E.V. (DIN);

  • Angola - Instituto Angolano de Normalização e Qualidade (IANORQ);
  • Brasil - Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT);
  • E. U. A. - American National Standards Institute (ANSI);
  • Moçambique - Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ);
  • Portugal - Instituto Português da Qualidade (IPQ).

  4 NORMAS ISO

 As normas NBR ISO compõem um conjunto de normas técnicas que tratam exclusivamente de gestão da qualidade, citaremos a família 9000, como uma das mais importantes.

A família 9000 passou a ser reconhecida pelo mercado como um “atestado de garantia da qualidade”, e o consumidor final, cada vez mais atento aos aspectos de qualidade e segurança, tende a identificar e privilegiar as organizações que dispõem de certificação, por considerar esse fato como um sinônimo de seriedade e confiabilidade.

 [...] na medida em que as populações se tornam mais educadas, elas passam a ser mais exigentes nas suas compras, mas também porque existe um interesse social ligado a uma boa aplicação dos orçamentos individuais, os quais, somados, correspondem a uma respeitável parcela da despesa nacional. Portanto, um sistema de normas que permita a cada consumidor individual uma escolha racional em cada uma de suas compras corresponderá a um efetivo progresso econômico para a nação. (CASTRO, 1973, p. 7).

A família de normas da série 9000 publicada no Brasil em dezembro de 2000, é composta por três normas, com objetivos e propósitos distintos, sobre Sistemas de Gestão da Qualidade:

– NBR ISO 9000: Sistemas de Gestão da Qualidade – Fundamentos e Vocabulário:

– NBR ISO 9001: Sistemas de Gestão da Qualidade – Requisitos: Define os requisitos básicos para a implantação de um sistema de gestão da qualidade. Essa é a norma de certificação;

– NBR ISO 9004: Sistemas de Gestão da Qualidade – Fornece diretrizes para a melhoria do desempenho de um sistema de gestão da qualidade e determina a extensão de cada um de seus elementos.

Cada uma das normas, como pode ser observada, acima, possui objetivos específicos e tem sido utilizada pelas organizações para apoiar a implantação de sistemas de gestão da qualidade ou somente para fornecer a base conceitual para a implantação de melhores práticas relacionadas à melhoria da qualidade.

 5 CERTIFICAÇÃO

 5.1 Conceito

Certificação é um conjunto de atividades desenvolvidas por um organismo independente, sem relação comercial, com o objetivo de atestar publicamente, por escrito, que determinado produto ou processo está em conformidade com os requisitos especificados. Esses requisitos podem ser nacionais, estrangeiros ou internacionais.

Sistemas de Gestão da Qualidade surpreendeu a todos, demonstrando a carência por um modelo bem definido e estruturado de gestão empresarial. Apesar da série ISO referir-se a Gestão da Qualidade, todos os que a implantaram e utilizaram, conseguiram melhorias significativas em suas empresas, na produtividade, custos e mesmo no clima organizacional com responsabilidades e tarefas melhor definidas e controladas (FERREIRA, 2001, p.2).

5.2 Como surgiu à certificação

 A certificação originou da necessidade das empresas comunicarem aos seus clientes e ao mercado que adequaram seus sistemas de qualidade às normas de referência. São produzidas por um consenso mundial com o intuito de criar um padrão global de qualidade para produtos e serviços. O conjunto de normas forma um sistema de gestão da qualidade aplicável a qualquer organização, sem considerar seu tamanho, ou se a companhia é pública ou privada.

A certificação é efetuada por um organismo certificador, que, no âmbito do modelo do Sistema Brasileiro de Certificação (SBC) determinado por resolução do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (CONMETRO), deve estar credenciado no Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) para exercer tal atividade.

O SBC conceitua esse tipo de atividade como certificação de terceira parte, na qual uma entidade independente das partes envolvidas nas relações contratuais (fornecedor – cliente) realiza a avaliação do sistema de qualidade da empresa.

 6 COMO É O PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO ISO

 Muitas empresas certificadas utilizam o desconhecimento das pessoas para obter vantagens comerciais e oferecer uma “qualidade” de produtos excelente.

Um dos pontos que mais chama a atenção com relação aos certificados ISO 9000 é quando nos deparamos com embalagens de produtos, com dizeres em letras garrafais: “Produzido de acordo com a ISO 9000”, ou “Certificado pela ISO 9000”.

Esta simples prática esconde uma série de fatores que demonstra o quanto algumas empresas ferem os conceitos a respeito das normas ISO 9000.

Vejamos: o Certificado ISO 9000 não existe, é isto mesmo, ninguém é certificado pela ISO.

O organismo ISO não realiza processos para verificar se as empresas estão utilizando suas normas em conformidade com os requisitos das mesmas. Os processos de certificação (processos para verificação), não são problemas da ISO, este é um processo resultante da relação Fornecedor x Cliente, ou são exigidos por órgão reguladores ou legislações. Na verdade, existem organismos que realizam auditorias para verificar se os processos, produtos ou sistemas estão de acordos com determinadas normas e emitem seus certificados baseados nestas normas.

Estes organismos são autorizados por órgãos reguladores oficiais a realizar este tipo de atividade. Esta autorização é chamada de acreditação, ou seja, o órgão oficial afirma que o organismo certificador tem a capacidade para realização de determinada certificação em produtos, serviços ou processos.

Como foi dito as normas da série ISO 9000 referem-se à certificação de sistemas de qualidade, e em momento algum se prestam à verificação de produtos, ou seja, dizer que um produto foi fabricado de acordo com o ISO 9000, além de não ser verdade, não garante em momento algum que este produto tenha sua qualidade assegurada pelo órgão certificador. Para isto existem normas específicas para que um determinado produto seja verificado com relação à sua segurança, disposição após uso, processo de fabricação, etc.

 6.1 Certificação ISO procura evidenciar

 Se o sistema de qualidade de uma determinada empresa está de acordo com os critérios da mesma. Contudo, se o sistema criado não garante a qualidade do produto final, tampouco a certificação o fará.

Esta desinformação com relação aos sistemas de qualidade e ao processo de certificação ocorre até mesmo dentro do ambiente da empresa certificada. Em muitas organizações a percepção de seus colaboradores a respeito das normas ISO é totalmente equivocada, mesmo tendo recebido “treinamentos” sobre ela, decorado a política de qualidade e assistidos a vídeos e seminários.

Isto ocorre por que utilizam a implantação de um sistema baseado em uma dada norma como desculpa para implantar novos procedimentos para controle de pessoal, rotinas de recursos humanos e outros tipos de burocracias que não têm nenhuma relação com os itens da norma, mas sim com outros interesses.

Este tipo de anomalia ocorre principalmente quando a organização busca a certificação somente com a finalidade de ter um reconhecimento externo ou quando esta certificação é exigida por algum cliente, ou órgão regulador. De outro lado, quando a organização busca uma certificação principalmente para uma legitimação interna de seus processos, então os ganhos oriundos deste processo passam a ser visíveis e a organização passa a colher os frutos de se ter um sistema certificado e estes ganhos se refletem na satisfação de todas as partes interessadas no sucesso da mesma.

 FIGURA 02 – Modelo de um sistema de gestão da qualidade baseado na NBR ISO

 FONTE: O enfoque por processos da NBR ISO 9001 e sua aplicação nos serviços de informação.


7 COMO OBTER A CERTIFICAÇÃO

 Para obter uma certificação é necessário adquirir a brochura ou arquivo eletrônico com as normas a serem seguidas, adotá-las na empresa e contratar uma certificadora independente para aferir a aplicação correta dos padrões. Após esse processo a empresa estará certificada.

 Após a conclusão bem sucedida dessa auditoria, um certificado ISO 9000 especificando a norma e os produtos abrangidos são fornecidos à empresa. Após obtenção da certificação, o sistema precisa ser mantido continuamente aperfeiçoado de modo a continuar vivo e eficaz e parte permanente e importante da cultura da empresa. (DREBTCHINSKY 1996, p. 86)

 Organizações “de qualquer porte podem ser certificadas, uma vez que é a norma que se adapta ao negócio e ao tamanho da empresa”.

FIGURA 03 – Custo e benefício de implantação ISO

FONTE: História da normalização brasileira

Recorrer a uma consultoria pode contribuir para uma maior eficácia do processo.

O empreendedor tem a possibilidade de optar por uma planilha que mostre se os prazos de entrega estão sendo cumpridos, por exemplo. Nessa parte, o trabalho de um consultor ajuda a definir quais são os indicadores mais adequados para cada norma e cada empresa.

No caso da auditoria ser bem sucedida, a empresa certificadora emite um certificado de aprovação detalhando seu objeto, sujeito a manutenção satisfatória do sistema.

O sistema será monitorado pela empresa certificadora a cada seis meses, com objetivo de verificar se o sistema continua atender aos requisitos da norma e se esta sendo revisado, pra refletir quaisquer modificações nos negócios da empresa.

Como o certificado é valido por um prazo de três anos, uma reauditoria trianual é realizada pela empresa certificadora, verificando se o sistema não se deteriorou e se mantem coerente e eficaz.

 8 ORGANISMO DE ACREDITAÇÃO OFICIAL NO BRASIL

 No Brasil, o INMETRO é o organismo de acreditação oficial que avalia as certificadoras e verifica se elas podem emitir certificados. Entretanto, as normas ISO 9001 ISO 14001 e ABNT 16001 têm caráter voluntário e não é obrigatório que os organismos de certificações sejam acreditados pelo Inmetro.

“Uma das vantagens de procurar certificadoras chanceladas pelo órgão, é devido uma marca forte e reconhecida no país e se a empresa tiver qualquer problema com um organismo de certificação acreditado pela INMETRO, a solução virá rapidamente”.

ABNT é a responsável pela tradução das normas internacionais. Certificadoras como a Fundação Vanzolini e a própria ABNT vão até as empresas verificar se elas estão agindo em conformidade com a norma que pleiteiam.

 

9 PESQUISA REALIZADA PELO INMETRO

 INMETRO é o organismo de acreditação oficial que avalia as certificadoras e verifica se elas podem emitir certificados.

 FIGURA 04- Pesquisa ISO realizada pelo INMETRO

FONTE: Revista globo.com

 

10 CONSIDERAÇÕES FINAIS

 Como percebemos existe um modelo de elaboração de normas internacionais que é originado pela pressão das organizações para a existência de alguma norma e as empresas buscam adequações as normas, como forma de obter uma certificação ISO.

Contudo uma certificação de qualidade deve trazer mudanças administrativas, gerenciais e de recursos humanos. Tais mudanças organizacionais são fundamentais para que haja melhorias nos seus produtos e serviços assim como melhorias nos aspectos físicos, mentais e emocionais de seus colaboradores.

Uma empresa certificada pode conseguir maior credibilidade, aceitação e, ocasionalmente, atender também aos pré-requisitos de um fornecedor mais exigente. “Do ponto de vista interno, obter um certificado de conformidade ajuda a organizar e a melhorar os processos da empresa, a reduzir os custos com retrabalho e a evitar perdas e desperdícios”. Com as normas, o empreendedor passa a ter uma visão mais abrangente dos processos da empresa e consegue gerenciar melhor o seu negócio.

As empresas certificadas e que tenham a certificação deveriam ensinar sobre a norma, não somente os colaboradores, mas clientes e fornecedores evitando que algumas empresas ferissem os conceitos a respeito das normas ISO.

REFERÊNCIAS 

ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas. A história da ABNT em detalhes. Disponível em:

<http://www.abnt.org.br/imprensa/livro_abnt/70anos_ABNT.pdf>. Acesso em: 07 de set. 2013.

 AZAMBUJA, Telmo Travessos de. Documentação de Sistemas de Qualidade: um guia prático para a gestão das organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1996.

 CASTRO, Alberto Pereira. Papel do Instituto de Pesquisas Tecnológicas no desenvolvimento das normas técnicas de aplicação industrial e de engenharia. São Paulo: Datilografado 036, IPT, 1971.

 DIAS, José Luciano. História da normalização brasileira. Rio de Janeiro. 2011.

 DREBTCHINKY, Júlio. Implementação de Sistemas da Qualidade (Série ISSO 9000). 1. ed. São Paulo: Saraiva, 1996.

 EDUCAÇÃO, Portal da. A historia da organização ISO. Disponível em:

<http://www.portaleducacao.com.br/gestao-e-lideranca/artigos/40732/a-historia-da-organizacao-iso?_kt=8494173369>. Acesso em: 07 de set. 2013.

 FERREIRA, J. J. A. A série ISO 9000:2000. São Paulo: Fundação Vanzolini, 2001.

 MINAS GERAIS, PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE. Pró-Reitoria de Graduação. Sistema de Bibliotecas. Padrão PUC Minas de normalização: normas da ABNT para apresentação de trabalhos científicos, teses, dissertações e monografias. Belo Horizonte, 2011. Disponível em: <http://www.pucminas.br/biblioteca>. Acesso em: 06 de jun. 2013.

 VALLE, Cyro Eyer do. Qualidade Ambiental ISO 1400. São Paulo: Editora Senac, 2002.

 VALLS, Valéria Martin. O enfoque por processos da NBR ISO 9001 e sua aplicação nos serviços de informação. Ci. Inf., Brasília, v. 33, n. 2, p. 172-178, maio/ago. 2004