COMO AVALIAR A APRENDIZAGEM DOS (AS) ALUNOS(AS) NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

 

Neste artigo mostraremos a realização da avaliação nas disciplinas dos anos iniciais do ensino fundamental, apresentando reflexões de como avaliar o(a) aluno(a), não basta apenas ter o domínio do conteúdo é preciso ter também algumas técnicas pedagógicas, e sempre buscar um novo olhar para o aprendizado.

Nos dias atuais, muito se tem discutido sobre a avaliação no contexto escolar. A cada dia o(a) profissional da área vem buscando uma definição para o seu significado, simplesmente porque esse tem sido um dos aspectos mais problemáticos na pratica pedagógica.

 Já sabemos que a educação é um direito de todos os cidadãos, assegurando-se a igualdade de oportunidades (Constituição Brasileira). Neste contexto, ao aprofundarem no assunto, é possível perceber que as pessoas passam muitas vezes pela avaliação, cujos aspectos legais norteiam o processo educacional através dos regimentos escolares. Assim, as avaliações são tidas como obrigatórias e, através delas, é expresso o feedback pelo qual se define o caminho para atingir os objetivos pessoais e sociais.

Conforme define a avaliação Luckesi (1996, p. 33), "é como um julgamento de valor sobre manifestações relevantes da realidade, tendo em vista uma tomada de decisão". Ou seja, ela implica um juízo valorativo que expressa qualidade do objeto, obrigando, consequentemente, a um posicionamento efetivo sobre o mesmo.
        Segundo Sant'Anna (1995, p. 27),

 

 

"há professores radicais em suas opiniões, só eles sabem, o aluno é imbecil, cuja presença só serve para garantir o miserável salário detentor do poder”. O período em que adentrei ao ambiente escolar o professor avaliava nossa sala, através de uma prova, valendo de 0 a 10, não observava se o aluno estava desenvolvendo mesmo ou era apenas o conhecido “decorando”, hoje ainda encontramos profissionais que fazem uso da avaliação, de formas mecânicas, sem muito significado para o aluno.

 

 

Como destaca a autora logo acima, é preciso que haja uma proposta pedagógica que envolva os(es) estudantes para que não fiquem apenas decorando o conteúdo. Para Hoffmann (1993) geralmente os professores se utilizam da avaliação para verificar o rendimento dos alunos, classificando-os como bons, ruins, aprovados e reprovados. Na avaliação com função simplesmente classificatória, todos os instrumentos são utilizados para aprovar ou reprovar o aluno, revelando um lado ruim da escola, a exclusão.

Segundo a autora, podemos entender que muitos profissionais usam desta ferramenta porque desconhecem a real função de uma avaliação dentro da sala de aula. 
          De acordo com Moretto (1996, p. 1)

 

 A avaliação tem sido um processo angustiante para muitos professores que utilizam esse instrumento como recurso de repressão e alunos que identificam a avaliação como o "momento de acertos de contas", "a hora da verdade", "a hora da tortura".

 

 De acordo com as citações, é perceptível que a avaliação utilizada em sala é aplicada de forma errada, pois, os(as) mesmo(s) são aprovados ou reprovados, ou seja, parecendo o acerto de contas.

Segundo a web aula a avaliação pode ser considerada sempre um processo de comunicação, onde o professor acompanha a construção do conhecimento por parte do aluno. Para tornar a avaliação formativa, no entanto, a informação deverá ser organizada de forma acessível e fazer sentido aos alunos, tornando-se uma informação que possibilite o diálogo entre os envolvidos no processo.

Outra forma de avaliação que ocorre bastante nas escolas é a classificação de notas, ou seja, do menor para o maior, evidenciando quem tirava a maior nota, deixando” sem graça aqueles “que tiravam menor nota em sala.
          Luckesi (1996) alerta que a avaliação com função classificatória não auxilia em nada o avanço e o crescimento do aluno e do professor, pois se constitui num instrumento estático de todo o processo educativo. Segundo o autor, a avaliação com função diagnóstica, ao contrário da classificatória, constitui-se num momento dialético do processo de avançar no desenvolvimento da ação e do crescimento da autonomia.

 

Consiste em um momento de reflexão do professor e adequação ao programa, “consiste na coleta de dados quantitativos e qualitativos e na interpretação desses dados com base em critérios previamente definidos.” (Haidt, 1994, p. 288).

 

Nesse contexto, é necessário fazer com que as concepções sobre prática de avaliar fiquem mais elaboradas na relação com o aluno, é importante que o professor faça sempre reflexões sobre a metodologia a ser trabalhada e a forma da avaliação.

A avaliação como processo é uma fonte de informações organizadas que ajudam a compreender e descrever os avanços e as necessidades de aprendizagem dos(as) alunos(as). Apontando destas formas, para o professor, as demandas para (re) planejamento das intervenções pedagógicas. Com base em SILVA (2008), consideramos que o mais importante e não perder de vista a sintonia entre o tempo escolar e o tempo de aprendizagem dos alunos.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

EZPELETA, Justa,  ROCKWELL, Elsie. Pesquisa participanteSão Paulo : Cortez, 1986.

HERNÁNDEZ, Fernando; VENTURA, Montserrat. A Organização do currículo

por projetos de trabalho: o conhecimento é um caleidoscópio. Porto Alegre:

Artes Médicas, 1998. 199 páginas.

LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da Escola Pública. São Paulo: Loyola,

2002. 149 páginas.

PERRENOUD, Philippe. Práticas pedagógicas profissão docente e formação

perspectivas sociológicasLisboa: Nova Enciclopédia, 1993. 201 páginas.

HOFFMANN, Jussara. Avaliação mito & desafio:  uma perspectiva construtiva.  11. ed.  Porto Alegre:  Educação & Realidade, 1993.

LUCKESI, C. C.  Avaliação da aprendizagem escolar4. ed.  São Paulo: Cortez, 1996.

MORETTO, Vasco.  Avaliação da aprendizagem: uma relação ética.  In: VI CONGRESSO PEDAGÓGICO DA ANEB. Brasília, 
     1996.  (Palestra).

SANT'ANNA, Ilza Martins.  Por que avaliar? Como Avaliar? critérios e instrumentos.  Petrópolis: Vozes, 1995.

http://pt.slideshare.net/andreaperez1971/planejamento-e-avaliao-juliana?next_slideshow=1

SILVA, Ceris. S.R. da. O planejamento das práticas escolares de alfabetização e letramento. In:Maciel, Francisca I.P. MARTINS. Raquel m.f. (ORG). Belo Horizonte Ceale / FAE/UFMG. 2005.

Disponível em: http://pt.slideshare.net/analuciabenicio/apresentao-planejamento-e-avaliao

http://www.pucrs.br/edipucrs/online/vsemanaletras/Artigos%20e%20Notas_PDF/Denise%20Dalpiaz%20Antunes.pdf. Acessado 28/09/2015

Disponível em: http:// http://www.unoparead.com.br/ Acessado 29/04/2023

Gean Karla Dias Pimentel- Graciele Castro Silva- Renata Rodrigues de Arruda-