Neide Rossi

Luciana Rossi Nascimento 

Noêmia Pereira de Souza 

Lucimara José Pereira de Souza Silva.

Como trabalhar com crianças agitadas? Qual deve ser o olhar do educador para essas crianças? É possível colocar todos os pequenos no mesmo ritmo? Esta situação de inquietação é mais comum do que desejamos. Ficamos apreensivas com algumas crianças que agem assim, queremos ajudar, mas geralmente não sabemos como lidar, ai recorremos a textos, e profissionais da mente, enter outros. A seguir percorreremos por um caminho que possa orientar com soluções coerentes.

Primeiramente temos que pensar que “estamos” e não “somos” , Sabe quando por um período passamos por momentos complicados e não somos entendidos, o que geralmente acontece? Ficamos nervosos, agressivos, mas essa situação é provisoria, por na realidade não “somos” nervosos ou agressivos simplesmente estamos assim por conta do momento. Com as crianças não é diferente. A não ser que ela tenha um distúrbio de humor, como acontece com nós adultos, as crianças quando estão “violentas” ou com “agressividade” nada mais é que um momento fatigante e difícil. Visto que reagem dessa maneira e são ouvidas, acabam por agregar o comportamento.

Prosseguimos um pouco, quando observamos em algumas crianças um nível maior de ansiedade, isso pode revelar acontecimento na família, por exemplo. Entretanto quando há uma quantidade de crianças no grupo mostrando este comportamento, devemos parar para pensar nos acontecimentos do ambiente escolar que possam impulsionar essas respostas com frequência. Quando o ambiente não está adequado as crianças tente geralmente a reagir negativamente.

Segundo pensamento, podemos nos questionar existe diferença entre dar e oferecer? E entre sugerir e apresentar? Quando damos algo para alguém, não nada a se fazer a não ser aceitar. Ou contrário de quando oferecemos, algo a alguém damos a oportunidade aceitar ou não. Isso faz diferença! Quando planejamos atividades e somente aplicamos de acordo com o calendário, não concedemos chance aos pequenos de participarem das escolhas dessas atividades e a serem aplicadas, pois eles têm seus tempos, temperamentos e ritmos. Podemos pensar será que os planejamentos diários precisam ser aplicados a risca? Ou podemos aplicá-lo conforme o grupo reage, aceita, ou ainda melhor podemos planejar a partir do olhar da criança do grupo que trabalhamo, sabemos que eles aprendem bem mais quando estão interessados. Devemos pensar também, a maneira de como desenvolveremos as atividades isso fará toda a diferença na qualidade do trabalho com as crianças independentes da idade.

Podemos refletir também sobre o espaço para a autonomia das crianças, não somo todos iguais certo? Certamente o grupo de professores com os quais trabalhamos é bem diverso, nem por isso melhores ou piores e certamente pensam diferentes. As crianças também são assim, a diferença é a maneira como compreendemos e favorecemos essas diferenças. Nós adultos, concedemos ser diferentes, entretanto respeitamos a particularidades das nossas crianças? Será que observamos que eles tem um aprendizado de período diferente, ou seja, cada um de sua maneira em seu tempo? Numa dinâmica em que as crianças se sintam seguras e que sabem que serão ouvidas, acolhidas será mais fácil os professores que conhecendo seu grupo, proponha atividades que os façam refletir e ampliar seus interesses formando assim um grupo aberto, compreensivo e alegre. Enfim grupos calmos, agressivos, ligados, desassossegado, são qualidades daquilo que nós educadores, somos. As crianças e bebes convivem diretamente com que deixamos revelar com a relação que determinamos. É nosso agir que dita o caminho e as regras a seguir por elas as crianças. Quando entendemos a natureza de ser criança- que brinca, tem autonomia e é pesquisadora, conseguiremos fazer uma melodia boa de se ouvir, adverso a isso não será possível fazermos música e sim geraremos barulho. O que não contribuem em nada para elas.