COMO ADMINISTRAMOS NOSSO DINHEIRO EM MOMENTOS DE CRISE?

 

                                       ¹ José Wilamy Carneiro Vasconcelos

 

 A palavra dá até arrepios. È uma loucura e deixa todos de cabelo em pé. Mas, quem nunca passou momentos cruciais na vida? E àqueles que já viveram os seus momentos de glória, digo momentos de lambuja?

 O assunto é um só. Crise no Brasil, crise na China e aonde vamos, mesmos os mais inocentes pronunciam tal palavra. Se for ao supermercado, na padaria retrucam que está “O olho da cara”. Reclamar para o gerente da loja, já não faz mais efeito. Dizem: “A culpa é da Crise”. Não se pode nem botar os pés fora de casa é já desembolsamos um absurdo.

 Os anúncios televisivos, é a mesma retórica, inflação, cortes  no orçamento familiar, na Saúde Pública, na Educação, nos Cofres Públicos. Onde vamos parar. Um fantasma assola nosso País. O Governo dita medidas urgentes, emergentes, provisória, e não saímos dessa tal Crise.

Aprovam novos impostos. Puxam daqui, dali e não se vê um resultado. A população vai à loucura. Aumentam os gastos, o desemprego sobe. O Comércio cai com as Importações e Exportações. As bolsas de valores oscilam sem parar, amanhecem com um valor e ao anoitecer despencam, parecendo a temperatura do “Deserto do Kalahari”, causando alucinações aos grandes investidores  com resultados assustadores.Um verdadeiro câncer. econômico

De quem é a culpa?  A culpa é das Estrelas? Assim como conta  a história do livro de John Grenn, adaptado no filme e romance dirigido por Josh Boone.

Nossos administradores, o chamo assim nosso políticos, estão de mãos atadas. Não sabem mais o que fazem. Mudam de Partidos Políticos. Traçam novas estratégias. Novos Planos de Governo. Uns perdem o Poder. É um verdadeiro entra e sai no Congresso. Mudam Ministros de Planejamento, da Segurança Pública, da Fazenda, enfim um desafio pra quem entra e a decepção do povo brasileiro para os que deixaram o cargo no Governo. A culpa é de quem? Ninguém se habilita?

Os números são espantosos. O Seguro-desemprego e o FGTS já não são a válvula de escape dos milhões de trabalhadores desempregados. A falência é múltipla. Pais desempregados com altas contas a pagar. Prestação da casa própria atrasada comprada  com cento e vinte meses.

Avisos de inadimplência nos aluguéis, do condomínio, na contas de luz, de água, farmácia, prestação do colégio dos filhos. Dívidas no mercantil ao lado, do empréstimo aos familiares. Cobrança judicial do banco onde você tem conta. Além do mais os olhares já não são mais os mesmos.

Dá uma angustia leitores até de escrever as realidades dos milhões de brasileiros que atravessam esse momento de crise. Queria voltar até ser criança com sua ingenuidade para não suportar, ouvir, e falar da realidade crua e nua de nosso país.   Mas se não falamos, se não escrevemos e não enfrentamos esse tal momento de crise o que seria dos que passam nesse momento de desabafo? O que faremos? Como sair da crise? Qual o método ou antídoto que adotamos pra enfrentar os desafios?

Aprendemos então como os “Grandes Ursos Polares, quando enfrentam frios e escassez de alimentos no inverno do hemisfério norte, passando um tempo sem comer, sem beber, chegando num período de cinco a sete meses por ano. Claro que não podemos fazer isso, mas de uma forma metafórica temos que nos adaptar aos novos desafios encontrados pela crise.

Andando pela rua de minha cidade um lord  desempregado usou de sua imaginação e  reinventou o básico; despejado por falta de pagamento resolveu ali mesmo na praça  se deleitar na sua cama de casal enquanto sua mudança se deslocava para uma casa de um parente.

Dizer que é fácil enfrentar os momentos de crise, não é mesmo. Os que passam e já saíram desta sabem o desespero de cada um. Uma vez por outra aparecem os mais audaciosos pra falar que tudo passará. Outros jogam um balde de água fria, quando estão nos dias mais animadores.

Não deixamos a peteca caí. Afinal de contas Deus é brasileiro. Precisa-se, porém um pouco mais de humanidade para àqueles que estão passando por momentos difíceis, ajudando- os uns aos outros, evitando os desperdícios e supérfluos e pedindo ao Pai Celeste mais cautela e decência aos nossos congressistas que estão no Poder.  

       Dados do autor:

¹ Professor (Portaria MEC Nº 389). Cronista. Poeta. Bacharel em Direito pela flf- Faculdade Luciano Feijão,- Ceará. É pós graduado em Ciências (MATEMÁTICA)..Especialista em Direito Ambiental pela Universidade Estadual Vale do Acarau- Ceará.Pós graduado em Construção Civil - (EDIFICAÇÕES)

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