Comissão deve regular trabalho com transgênicos
Por Ivan Brscan | 18/12/2009 | Adm*Francisco Elias Ribeiro
Toda instituição que se dedique ao ensino, à pesquisa
científica, ao desenvolvimento tecnológico e à produção industrial que
utilize técnicas e métodos de engenharia genética com Organismos
Geneticamente Modificados (OGM) e seus derivados, por lei, deverá criar
uma Comissão Interna de Biossegurança (CIBio)
Uma das funções da comissão interna é solicitar o Certificado
de Qualidade em Biossegurança (CQB) dentro dos padrões exigidos pela
lei. Esse documento é essencial para o desenvolvimento de atividades
relativas a OGM e é emitido pela Comissão Técnica Nacional
de Biossegurança (CTNBio).
Dessa forma, as comissões internas formam uma rede
nacional de biossegurança com o objetivo de monitorar e vigiar os
trabalhos de engenharia genética, manipulação, produção e transporte de
OGMs e fazer cumprir as normas.
A Embrapa Tabuleiros Costeiros, sediada em Sergipe, não foge
à regra. Ela constituiu a sua Comissão Interna de Biossegurança em
agosto de 2007 com o objetivo de avaliar e revisar todas as propostas
de atividades com OGM e seus derivados conduzidas na sua unidade bem
como identificar todos os fatores e situações de risco à saúde humana e
ao meio ambiente.
Além disso, a CIBio da Embrapa Tabuleiros Costeiros mantém
registro do acompanhamento individual de cada atividade ou projeto em
desenvolvimento envolvendo OGM e suas avaliações de risco, por meio de
relatórios anuais.
Ela autoriza também, com base nas Resoluções Normativas da Comissão
Técnica Nacional de Biossegurança, a transferência de OGM
dentro do território nacional e pretende garantir a observância dos
níveis de biossegurança definidos pelas normas da CTNBio.
Outra de suas funções é notificar imediatamente à CTNBio (e aos
órgãos e entidades de registro e fiscalização) sobre acidente ou
incidente que possam provocar disseminação de OGM e seus derivados.
Assim, tudo que é relativo aos transgênicos tem acompanhamento
feito pelas CIBios e é feita com base em normas estabelecidas pela
CTNBio.
*Francisco Elias Ribeiro é pesquisador e presidente da Comissão Interna
de Biossegurança da Embrapa Tabuleiros Costeiros