Conheça os benefícios, mitos e verdades da modalidade de alimentação que já é febre em grandes cidades

Alimentação saudável é uma preocupação cada vez mais constante nos grandes centros urbanos. A rotina, os horários e os grandes deslocamentos muitas vezes reduzem nossas horas na cozinha e aumentam as chances de usarmos a facilidade oferecida por aplicativos de entrega de comida e redes de fast-food.

Essa preocupação está longe de se restringir apenas às pessoas que buscam proteínas saudáveis.

Cada vez mais pessoas têm recorrido às empresas que oferecem marmitas congeladas preparadas em casa, as chamadas marmitas “fit”.

E, numa realidade em que o empreendedorismo tem ganhado cada vez mais força, o crescimento da demanda tem sido atendido por uma oferta igualmente crescente de produtos.

De acordo com um estudo realizado pela agência de pesquisa Euromonitor, o Brasil ocupa atualmente o 4o lugar no ranking global em consumo de alimentos saudáveis. Segundo a agência, a tendência para 2019 é de que o setor continue a crescer, movimentando R$ 110 milhões.

Alimentos sem glúten, sem açúcar e os chamados plant-based — aqueles que emulam a presença de carne utilizando matéria-prima de origem vegetal — também têm sido procurados por pessoas com algum tipo de restrição alimentar ou por aquelas que estão em dieta específica.

Os benefícios da alimentação saudável

 A alimentação saudável é, antes de qualquer coisa, uma alimentação balanceada.

Frutas, legumes e grãos precisam fazer parte dessa dieta. Até mesmo carboidratos e gorduras, frequentemente apontados como vilões, devem estar presentes na rotina alimentar de quem busca cuidar da saúde por meio da alimentação.

De acordo com a nutricionista Jussara Gonçalves, a alimentação saudável reúne todas as substâncias de que o corpo precisa para funcionar saudável e corretamente, e requer variedade de ingredientes, moderação e equilíbrio em todas as refeições.

Os benefícios de uma dieta balanceada incluem melhora do sistema imunológico, aumento da qualidade do sono, auxílio na manutenção do peso, maior fornecimento de disposição e energia e até mesmo melhora do humor.

As marmitas “fit” têm um importante papel nesse cenário. Normalmente preparadas com alimentos de alto valor nutricional, essas aliadas de uma rotina ativa fornecem os nutrientes necessários para o bom funcionamento do corpo.

Dúvidas, mitos e verdades

 Não há dúvidas quanto aos benefícios do consumo de marmitas “fit” em relação às opções cheias de gordura e sódio, como as disponíveis em redes de fast-food, tão comuns em grandes cidades.

Porém, mesmo essas opções devem ser analisadas e consumidas da maneira correta para garantir que os nutrientes presentes nos alimentos sejam absorvidos adequadamente pelo corpo.

O principal ponto a ser observado é a forma como os alimentos foram preparados. Altas temperaturas durante o cozimento podem levar à perda de vitaminas sensíveis ao calor. Da mesma forma, o cozimento em água pode eliminar nutrientes solúveis nesse meio.

Para muitas pessoas, o congelamento dos alimentos também pode levar à perda do valor nutricional destes. Porém, de acordo com Elizabeth Vargas, nutricionista da Câmara Técnica do Conselho Regional de Nutrição, não há com que se preocupar. Desde que os alimentos tenham sido congelados de maneira correta, os nutrientes serão conservados.

Ainda de acordo com a nutricionista, nem todos os alimentos podem ser congelados. Folhas e tubérculos, como a batata, perdem sabor e textura. Portanto, nesses casos, congelar não é uma boa opção.

Também é importante observar se a embalagem das marmitas pode ser levada ao microondas. Alguns tipos de plástico não podem ser aquecidos dessa maneira, sob risco de derretimento e mesmo de liberação de compostos químicos nocivos. Por isso, é importante seguir atentamente as recomendações de quem produziu.