COMERCIANTES & FREGUESES (I)
Publicado em 08 de fevereiro de 2017 por João Bosco de Andrade Araújo
Uma adolescente entra numa sorveteria acompanhada da sua mãe. Toda esfuziante pergunta logo se tem paleta e qual o sabor. Depois de escolher uma e quando o comerciante informa o preço, imediatamente a jovem toma um susto e solta esta:
- Meu Deus, mas isto é um roubo!
A mãe até que tenta corrigir a filha exaltada e tentando apaziguar a situação, ao pagar o sorvete, comenta:
- É filha, o problema é que a paleta é realmente bem mais cara do que os outros sorvetes comuns.
O comerciante relevou o pequeno incidente, mas fez questão de olhar bem para aquela adolescente. E realmente este assunto não morreu ali. Como o mundo dá muitas voltas, após alguns meses, aquela mesma jovem petulante e inconsequente teve o desplante de adentrar novamente naquela sorveteria, só que desta vez sem a companhia da mãe protetora e com a maior cara de pau falou ao mesmo comerciante:
- Moço, você pode me vender uma paleta agora e quando eu voltar da escola eu lhe pago?
- Olha para minha testa, garota, e vê se está escrito assim: “trouxa”, “otário”?
- Nossa quanta ignorância?
- Sim, sou ignorante e você como é inteligente vá para a sua escola e procure lá quem lhe venda uma paleta fiado porque minha aqui é um roubo!
Em seguida a garota saiu com a boca seca do mesmo jeito que entrou e partir daquele dia, quem sabe, começou a medir mais as asneiras antes de falar.