Coincidência ou não, em outubro, comemora-se entre outras datas, marcos do início e do fim dos ciclos da vida - o dia internacional do idoso e o dia da criança. Duas outras datas também comemoradas  no mês, o dia do professor e o dia do médico, são dois marcos que assumem igual importância pelo que acrescentam  na passagem do primeiro ao último ciclo de vida de cada um de nós. Com saúde e educação, do resto a gente corre atrás.

      Coincidentemente ou não, em outubro, de dois em dois anos, outra data passou a ser um marco, de igual importância – a data em que se realiza a eleição de novos governantes ou se reelege aqueles que  a princípio, cumpriram com louvor o seu mandato. Note-se que o dia das eleições não está assinalado como uma data comemorativa porque por mais absurdo que pareça, para a maioria, votar não é um direito é o cumprimento de uma tarefa revestida de obrigação legal.

      É um verdadeiro paradoxo que se festeje o dia destes profissionais, dos idosos e das crianças de maneira estanque sem a perspectiva de que as escolhas que fazemos nas urnas se efetivem com a certeza  de que se faça a junção entre o que se apregoa e o que se realiza e que se garanta a todos os cidadãos pelo menos, saúde e educação. É um presente que nos sonhos do passado, jamais imaginamos que iríamos vivenciar.

      Estamos a poucos dias de se completar o processo de escolha e há quem diga que não pretende anular o voto ou votar em branco, muito menos abster-se, mas espera que aquele em quem votar,  seja  perdedor para que o seu voto não seja responsável pela eleição do vitorioso. Além de acompanhar, fiscalizar e cobrar, resta-nos  esperar que o inesperado nos faça uma surpresa e que no futuro o dia das eleições seja objeto de grandes comemorações.