Nesse artigo convidamos o leitor a refletir nos aspectos que mostram a perda dos encantos, ou seja, levam a não ter encanto e entusiasmo pela vida.

     O primeiro aspecto diz respeito ao principio cravado no cerne de nossa sociedade: tirar vantagem em tudo;  muitos se especializam nisso, infelizmente é na  política que essa vantagem mais se acentua. Não são todos os políticos, existem os honestos que até tiram dinheiro do bolso para preservar sua honestidade. Contudo, essa não é prática comum entre os políticos brasileiros. A velha máxima “venha a nós o nosso bolso”  contagia a muitos. Realmente, ocorrem muitas situações, quando  ficamos sabendo que demonstram falcatruas.       

     Um segundo aspecto diz respeito à vida de aparências que muitos levam. Em nome dela, tudo vale; quanta gente infeliz, pois essa aparência leva muitos a ter “realizações” com o álcool, fumo e tantas outras drogas. Não se trata de perfeição ou demagogia, mas de inúmeros clamores que afirmam que as intrigas familiares e sociais passam por essa questão, ninguém pode demonstrar felicidade por muito tempo, fingindo que é feliz.  

Talvez o maior exemplo que ilustre a vida de aparências e ilusão, onde em nome do dinheiro, fama e prazer tudo vale sejam os programas que a tv oficializou como o Big Brother Brasil. Até que ponto em nome do dinheiro o ser humano deve ser vigiado em tudo? Não podemos esquecer: dinheiro é necessário, sem ele não se vive, mas, não podemos colocar o dinheiro acima de tudo, transformando-o numa espécie de “deus”.

O terceiro aspecto diz respeito à questão da vivencia familiar. Não é  saudosismo, mas as famílias estão perdendo sua unidade (não é a questão de separação) e sim a perda do convívio familiar; parece que não há empolgação ao se reunir a família em volta da mesa para conversar, cantar e se  confraternizar sem ofensa, desentendimento, arrogância, bebedeira, agressão e tantas outras barbaridades. A família também foi mergulhada na aparência e no faz de contas. Creio que muitos pais e mães estão morrendo antes do tempo, por não conseguir efetivar a convivência em seus familiares.

O quarto aspecto diz respeito à forma de agir de muitas pessoas, especialmente  ligadas ao trabalho, onde muitos deixam de fazer suas atividades, de modo bem feito, por imaginar que apenas o dinheiro vai trazer a felicidade, no trabalho desejam apenas ver o tempo passar. Essas tristes criaturas não refletem que o ser humano deve deixar sua marca nesse mundo e, pelo trabalho, podemos nos realizar.

Quinto, ligado aos demais, diríamos um dos principais, diz respeito ao fato do ser humano perder o encanto pelas coisas simples da vida e,  na balburdia da existência deixamos de admirar o cotidiano. Não conseguimos mais apreciar céu, as estrelas, o sol  e as maravilhas do universo. Quanta beleza que na embriagues dos problemas diários nos  afastando da contemplação dos espetáculos do Criador, parece que estamos cegos diante de tanta luz.

Não enaltecer o negativismo e nem estamos descrentes no ser humano, mas percebemos que a doença do desencanto anda tomando conta de muitas criaturas e esse não é o caminho da felicidade. Que a vida possa nos ensinar que para ser feliz precisamos de encanto e não do contrário.