CIDADANIA E PARTIPAÇÃO SOCIAL

O conceito básico de cidadania é conjunto deveres e direitos que um ser humano vai adquirindo ao longo da vida, o que exemplifica esse conceito são todos os benefícios que um cidadão brasileiro possui como o direito de ir e vir, o direito de ser votada e de usufruir de assistências como saúde, educação e segurança.

Todo cidadão que faz parte de uma comunidade tem que respeitar a regras que a regem, não apenas contribuindo, mas também ajudando a preservar. É também importante frisar que um cidadão brasileiro, por exemplo, tem que respeitar o estilo de vida que fazem parte do cotidiano do brasil.

As regras que são comuns em uma sociedade são tão importantes que alguns países conferem a cidadania a estrangeiros que se prontifiquem a seguir determinados requisitos como falar a língua do país que se quer nacionalizar e aderir a um conjunto novo de vida, além de pagar impostos e seguir regras e até saber cantar o hino do país (se todos os brasileiros tivessem que cantar o hino brasileiro pode ter certeza que muito seriam extraviados).

A cidadania tem uma ligação mais intima com as raízes e o sangue do que propriamente aos deveres e direitos. Se pararmos para pensar chegaríamos a uma conclusão de que existem muitas pessoas são consideradas cidadãs brasileiras, mas vivem em condições de miséria extrema e analfabetismo, ou seja, os direitos sociais lhe foram negados a partir do momento que os deveres de ser um bom cidadão como pagar os impostos e não interferir no direito de ir e vir do próximo são cumpridos; no mesmo patamar, ocorrem casos de cidadãos brasileiros que usufruem de todos os benefícios que o estatuto da cidadania lhes confere, mas descumprem algumas regras desse mesmo estatuto como colocar os interesses próprios em cima dos interesses da comunidade, lesar o patrimônio público que não se caracteriza apenas por vandalismo, mas também por desvios de verbas publicas pensando apenas no bem pessoal.

Podemos perceber então que estamos muito longe dos direitos do cidadão que nos conferem tantas regalias que não são cumpridas, ao passo de somos compulsoriamente obrigados a cumprir os deveres, no entanto, nos também contribuímos para o desrespeito sistêmico da cidadania. Deixamos de sermos cidadão quando pensando por nos mesmos e não no bem coletivo, quando jogamos lixo na rua nos não estamos apenas sujando nosso patrimônio, mas o da comunidade. Quando deixamos o som alto até altas horas da noite estamos interferindo não apenas na lei do silencio, mas na liberdade de descansar do vizinho.

Uma anedota muito boba, mas extremamente útil para entendermos o que é ser um cidadão que pertence a uma comunidade, é pensar que o lugar onde moramos é nossa casa onde vivem nossos pais que trabalham o dia inteiro, seu avó que não suporta som alto e gosta ouvir musica clássica, e seus dois irmãos que compartilham o mesmo quarto sendo que um peida enquanto dorme e o outro surrupia seu dinheiro quando você não está.

Paulo Henrique Alves Fialho
Escritor independente