"CHINA E O PETRÓLEO DO BRASIL"


Estrategicamente a China está investindo na compra de petróleo da Colômbia, Rússia, Brasil, em 2009 os acordos ultrapassam os US$ 40 bilhões. Eles estão explorando o mercado energético mundial, absorvendo conhecimento e tecnologia. Mas dentro da estratégia energética, na África há uma grande concentração de investimentos chineses.
A PetroChina Company Limited vai aumentar investimentos em petróleo e gás, segundo o presidente da companhia, Sr. Jiang Jiemin, apesar das perdas ocorridas durante a crise internacional, pela concentração de suas atividades na produção e exploração de petróleo e gás. O mercado chinês necessita expandir sua capacidade produtiva ao mesmo tempo em que busca fornecedores alternativos. A China importa 52% do petróleo que consome. Para manter o crescimento do PIB, necessita de novas fontes de abastecimento.
Na busca destes fornecedores estabelece-se uma relação de interesses entre a Petrobrás e o Banco de Desenvolvimento da China, a estatal brasileira precisa de recursos para explorar o pré-sal e a China quer um quinhão da produtividade brasileira para abastecer seu mercado interno, com isso começam a surgir acordos de garantia de exportação de petróleo para os chineses.
A Petrobrás irá beneficiar-se com as novas linhas de crédito, mas os chineses querem mais e prometem participar dos novos leilões de concessão para exploração de petróleo no Brasil, além da possibilidade de venda de equipamentos, mas para isso precisam seguir as regras das licitações públicas brasileiras.
A China hoje é o 2º maior consumidor de petróleo do planeta e necessita de parceiros comprometidos com o fornecimento para sustentar a pujança de sua economia.
A economia chinesa prevê crescimento de demanda por produtos de petróleo na ordem de 4% a 5% ao ano até 2015, segundo informação do Sr. Fuqin Zhang, ele é o engenheiro-chefe adjunto do Instituto de Planejamento e Engenharia de Petróleo da China, o cálculo é baseado numa projeção de crescimento anual do PIB Chinês da ordem de 7,5% ao ano. Eles prevêem que até 2020 a dependência seja de 60% do petróleo consumido daquele país seja fruto de importações.
Esta é uma oportunidade única para estabelecer e aumentar as relações diplomáticas, políticas e econômicas em acordos bilaterais de desenvolvimento em que beneficiará o Brasil e a China, além da própria Petrobrás. Havendo avanço nas negociações estratégicas, o país aumentará o foco de interesses de investidores internacionais.

Welinton dos Santos é economista
Delegado Municipal do CORECON-SP em Caçapava
Especialista Internacional de Cidades
Afiliado da Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio, Indústria e Agricultura