CHICO XAVIER: O FENÔMENO (*)

 

Como discorrer sobre um dos mais importantes missionários deste Século 20 que se findara: Francisco Cândido Xavier, ou, simplesmente: Chico Xavier como apreciava ser chamado?

 

Mas seria, de fato, um dos mais importantes, ou, melhor dizendo, o mais importante missionário do Século, ladeado, certamente, por Pietro Ubaldi, outro enviado do Cristo. Entretanto, e, sem injustas comparações, o nosso Chico, por sua popularidade, nos parecera ser o homem do povo, pois dele mesmo recebera os honrosos títulos de:

 

-‘O Mineiro do Século’;

 

Como também o de ser, com certeza:

 

-‘O Brasileiro Mais Importante de Todos os Tempos’;

 

Quando, por sinal, recebera ainda o título de ser:

 

-‘O Maior Instrumental Mediúnico do Mundo terreno’.

 

Que, dentre seus inumeráveis feitos, está o fato de haver psicografado cerca de dez mil cartas de Espíritos se comunicando com seus familiares terrenos e de ter elaborado, com seus superiores espirituais, mais de 450 livros, tendo vendido algo em torno de cinqüenta milhões de exemplares.

 

Acho que dá pra sentir, da inferioridade dos Espíritos mundanos, uma sua pontinha de inveja de um homem tão simples e tão complexo, tão humilde e tão poderoso, que, por sinal, detinha apenas o curso primário, mas revolucionara o mundo acadêmico e o mundo espiritista com suas revelações humanas e extra-humanas, materiais e espirituais.

 

Mas alguém poderia perquirir?

 

Como um indivíduo tão simples e tão humilde poderia escrever tantos livros que percorrem distintas áreas da atividade humana: a acadêmica e a científica, a filosófica e a ética, a dos costumes e da axiologia, das letras e de tudo o mais, se ele era detentor apenas de um curso primário?

 

Ocorre que, para nós, um pouco mais versados em Espiritismo, prevalece a máxima de que nada, do nosso psiquismo, ou seja, do quanto adquirimos em nossas experiências transpostas, se perde, pois que tudo, absolutamente tudo, fica registrado em nossa memória perispirítica, nosso cérebro espiritual. Tais aquisições, pois, podem até ser restringidas pela matéria somática da atual reencarnação, mas não se perdem jamais.

 

Do que se concebe, por aí, que o nosso Chico, na soma de suas experiências transpostas, é, na verdade, um homem absolutamente rico de virtudes, de sabedoria, conquanto, como Chico, e, pois, como homem, detinha apenas e tão só o curso primário da presente e última existencialidade no Mundo terreno.

 

O que significa expressar que a façanha grandiosa de sua obra mediúnica tem alguma relação com suas capacidades de antanho, seus saberes adquiridos, e pois, arquivados em sua memória espiritual.

 

Assim, pois, em se verificando a associação mental do Espírito comunicante com o Espírito do médium, e, com sua permissão para tal expediente, este deverá, conquanto o domínio e o comando mental do comunicante, assimilar e compreender o seu pensamento, pois que, embora parcialmente fundidos um no outro, são Seres de identidades próprias e distintas.

 

Sendo que, no caso em questão, Chico se afinava, quase em perfeita sintonia, com o Espírito Emmanuel, que, por sua vez, tudo coordenava da missão mediúnica do Chico, e, portanto, interferia, amorosamente, e, com permissão divina, para a grandiosa tarefa da mediunidade com Jesus.

 

Chico, pois, mais que homem, fora instrumento do Altíssimo para a fenomenal tarefa, no Século 20, de ampliação, de modernização e de devidas correções do Espiritismo kardequiano implantado no Século 19, que, sendo a base de nossos saberes espiritistas, e, de nossos atos ao nível do Evangelho Redentor, nem por isso se pode negar, de Kardec, alguns de seus desacertos científicos, filosóficos e doutrinários; o que seria, obviamente, possível de ocorrer na implantação de uma Doutrina tão vasta e tão complexa, sendo por isto mesmo, tão incompreendida ainda por grande parte de seus membros atuais, mesmo dos espiritistas denominados: intelectuais.

 

É o orgulho que impede a muitos dos nossos intelectuais crer, ou, admitir, que o nosso cândido Xavier supera, de muito, senão astronomicamente, o que fora implantado por Kardec.

 

Mas é assim mesmo, e, sem ofensa alguma:

 

Alguns espiritistas ainda estão no Século 19; quando, pasmem, já adentramos o Século 21.

 

(*) Vide nosso 32º. e.Book: “Chico-Kardec: Franca Teorização”.

 

UM FORTE ABRAÇO A TODOS:

 

Fernando Rosemberg Patrocinio

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