CATADOR DE MATERIAL RECICLÁVEL
Publicado em 27 de novembro de 2010 por Andréa Araujo
De um modo geral os catadores de material reciclável são pessoas oriundas das classes desfavoráveis, localizados abaixo da linha da pobreza e por diversas razões, quase sempre, trazem consigo todas as mazelas sociais que inviabilizam a inserção no mercado de trabalho. Diante desta problemática, como tentativa de minimizar a situação de miséria, podem seguir um dos dois caminhos: catar e vender o material arrecadado nas lixeiras, ruas aos atravessadores; ou associar-se a cooperativas ou associações de catadores para venda coletiva do material coletado.
Paralelo a sociedade descartável, isto é, uma sociedade voltada para o consumo imediato, surgem situações que representam as duas faces de uma mesma moeda: de um lado o meio ambiente sem capacidade de produzir infinitamente matéria prima para criação de novos produtos e, também, carência de políticas públicas eficientes e eficazes para o tratamento do lixo gerado; do outro lado temos um exército industrial de reserva, fora do sistema produtivo, que encontra como única alternativa de subsistência a coleta e venda do material rejeitado pelo homem.
A congruência das faces apresentadas contribuiu para obscuridade, precarização e desvalorização do trabalho exercido pelo, vulgarmente chamado, catador de lixo. Isto porque o catador recolhe das ruas (sentido amplo) o resíduo descartado pela sociedade, vendendo para atravessadores ou empresas recicladoras, todavia, aquelas pessoas, muitas vezes, não são reconhecidos como profissionais, mas, sim, seres humanos, sem direito a terem direitos, gerando uma verdadeira indústria da miséria.
Por fim, inferimos através desta leitura que os catadores de rua podem ser compreendidos como mola propulsora para o despertar para a questão do descaso do material reciclável e, fundamentalmente, como peças chaves para romper com o silêncio de uma sociedade excludente que não quer enxergar suas mazelas e nem tão pouco buscar soluções adequadas para garantia de direitos deste segmento social, apoiando inconscientemente oportunistas que utilizam a pobreza absoluta para burlarem, por exemplo, as leis trabalhistas.
Paralelo a sociedade descartável, isto é, uma sociedade voltada para o consumo imediato, surgem situações que representam as duas faces de uma mesma moeda: de um lado o meio ambiente sem capacidade de produzir infinitamente matéria prima para criação de novos produtos e, também, carência de políticas públicas eficientes e eficazes para o tratamento do lixo gerado; do outro lado temos um exército industrial de reserva, fora do sistema produtivo, que encontra como única alternativa de subsistência a coleta e venda do material rejeitado pelo homem.
A congruência das faces apresentadas contribuiu para obscuridade, precarização e desvalorização do trabalho exercido pelo, vulgarmente chamado, catador de lixo. Isto porque o catador recolhe das ruas (sentido amplo) o resíduo descartado pela sociedade, vendendo para atravessadores ou empresas recicladoras, todavia, aquelas pessoas, muitas vezes, não são reconhecidos como profissionais, mas, sim, seres humanos, sem direito a terem direitos, gerando uma verdadeira indústria da miséria.
Por fim, inferimos através desta leitura que os catadores de rua podem ser compreendidos como mola propulsora para o despertar para a questão do descaso do material reciclável e, fundamentalmente, como peças chaves para romper com o silêncio de uma sociedade excludente que não quer enxergar suas mazelas e nem tão pouco buscar soluções adequadas para garantia de direitos deste segmento social, apoiando inconscientemente oportunistas que utilizam a pobreza absoluta para burlarem, por exemplo, as leis trabalhistas.