Castigo eterno
Por Bruno Santini | 19/08/2014 | PoesiasSozinho em uma noite fria,
Na rua onde pouco se via,
Em uma turva neblina,
Encontro uma menina
Ela parecia triste e deixada
Como uma alma indefesa
Fui chegando pela sua retaguarda,
Mas ela virou o rosto e vi sua beleza.
Perguntei-na o que fazia perdida na noite fria
Ela disse que comigo não falaria
Insisti perguntando o que ela sentia
Falou-me que teve uma briga com a família
Insisti que ela dissesse sua idade
Ela diz que tinha dezesseis anos ainda a completar
E me perguntou porque estou na rua a vagar
Respondi que estava de passagem pela cidade
Livremente começou a falar que brigou com o pai,
Por ele beber demais e não sair do bar.
Comentei que podia dar onde se acomodar
Então fomos andando depois da onde a rua cai.
Logo passando a ladeira
Fiz perto de nós uma fogueira
Para que pudesse a acomodar
Mas depois sua vida tive que tirar
Pelo castigo à sua família
Mato a filha que ninguém importava,
Que a ninguém dava valia,
A filha que ninguém amava