Amor, se possível perdoe-me
Permita-me apagar o passado
Mantê-lo é dor insuportável
Esquecê-lo é sermos justos
 
Procurar os porquês, pra que?
Manter os registros, pra que?
Deixamos de viver tantas coisas
É o coração em descompasso
 
Apanhei rosas vermelhas para dar-te
Segurei as águas da chuva inesperada
Chuva de uma terra deserta e quente
O sol e as areias chegam-me aos olhos
 
Escrevo tantas frases desconexas
O coração as organiza em poesias
Podemos nos inflamar, novamente
Ter de volta os corações aquecidos
 
Se fores, porque ter as flores
Serei pelegrino sem histórias
O vulcão se mantém ativo
Não se fechou, ele é nosso!
 
Somos terra é fértil com sementes
Nela brotarão rosas que cantam
A primavera começou, ontem, e
No outono as flores caem...!
 
Não desejo lágrimas para mim
Mas, todos sorrisos largos pra ti
Ainda, que te escondas, vejo-te
Ainda que distante ouço-te...!
 
Amor, perdoe-me os erros
Não fui o príncipe sonhado
Mas, se deixar-me, por favor
Mande-me as cartas retidas.
 
Por: Lourival Jose Costa – 03/04/2017