CARGOS POLÍTICOS NO BRASIL: CONSEQUÊNCIA DAQUELES QUE A CARREGAM[1]

Artigo produzido em março de 2020 (Santa Maria do Uruará- Pará)

Por: Prof. Sydney Pinto dos Santos[2]

 

Muito se tem visto quanto à questão política partidária no ambiente brasileiro, onde muitas vezes, a questão política partidária foge às rédeas da ignorância e da bestialidade. Onde políticos procuram se perpetuar em seus cargos sempre buscando a renovação, não das ideias, mas, de se tornar o cargo algo contínuo e duradouro, isto porque, muitos dos eleitores ainda não acordaram para entender aquele processo que o conhecemos como “politicagem”. Pois este, como um expediente extremamente pernicioso, busca de todas as formas desenvolver estratégias não muito convencionais, tanto de se chegar a cargo de poder, como das maneiras de conduzir este.

Entretanto, políticos aparecem para defender suas classes de todas as esferas e segmentos sociais e também de funções consideradas liberais. O que as vezes, tornam-se uma base para que os discursos destes políticos e politiqueiros se tornem uma constante para enganar o eleitor. No entanto, pelo anda “da carruagem” este último está cada dia mais esperto quanto às suas escolhas pessoas e e de representatividade coletiva.

Políticos em seus discursos são pessoas comuns, legados aos mesmos direitos e deveres de nossa Constituição federal, no entanto se utilizam de algumas ´prerrogativas para tentar ludibriar aquele pequeno, aquele com ínfimo ou pouco conhecimento de causa sobre as ‘notáveis “ consequências advindas deste meio. O que muitas vezes, são ou tornam-se um expediente capaz de levar as últimas consequências sobre o que realmente é a política partidária.

O que se ver muitas vezes, em palanques, são discursos eloquentes, capazes de convencer o mais puro e relutante eleitor, pois, os que ali distribuem palavras, são indivíduos que de alguma forma reiteram sua forma de convencimento, seja pela oratória e pelas palavras de coação e mesmo vocalidade nos discursos inflamados, os quais soam bonito e envolvente aos ouvidos de que os ouvem e participa.

Lamentavelmente, os dispares começam após serem eleitos, pois há um entendimento de que os que colocaram estes representantes do povo através do sufrágio universal, passam a serem tomados como meros elementos que tem que pedir permissão àqueles primeiros para solicitar quaisquer coisas em prol do povo e da sociedade. Um erro terrível do ponto de vista mora, visto que são os eleitores que são os responsáveis de se conseguir “estas cadeiras” e empoderar estes senhores. Os quais muitas vezes, estão lá não para fazer o bem ao coletivo ou ao geral, mas para se tornarem senhores da verdade, com poderes suficientes de mandar e desmandar nos mais diversos setores da sociedade. Por outro lado, sim, existem pessoas “escolhidas” que realmente entre tantos, desenvolvem e expressam seu caráter, sua dignidade e atitudes permissíveis que possam levar um outro entendimento daquele que se tem hoje sobre a política partidária: uma instancia desacreditada pelo fato da introdução exacerbada de que quanto melhor, mais quero, ou que a renovação não está nas atitudes e muitos menos nos novos rostos que por lá aparecerão, mas não imposição dos velhos costumes colocados em pauto ao longo do tempo na política partidária, o que já levou o “bom cidadão” a pensar que acreditar na política é desconstruir o próprio futuro seu e de outras gerações.

Mas, remédio amargo tomamos quase todos os dias, no entanto, não estamos ainda sabendo dosar o quantitativo, talvez, estejamos colocando mais do que aquilo prescrito, o que nos torna quase veneno, ou ação de menos, que nos torna quase que repetitivos.

Para tanto, precisamos, como cidadãos conscientes, criativos e com livre arbítrio que ainda somos capazes de alçarmos dias melhores á nossa Pátria, evocando com isto um futuro que talvez não mais alcancemos, pelo seu brilho, nitidez e transparência, porém aos nossos filhos e futuras gerações. E que estes, não possam ser indivíduos desacreditados que nada será mais possível, e sim, que há ainda uma gosta de esperança, a qual possa se tornar o elixir para todos os males introduzido na política brasileira.

[1] Não se torna necessária uma consulta bibliográfica ou um referencial teórico para a produção do artigo com este tema, visto que, o convívio diário com estas questões nos permite um conhecimento elevado sobre o tema, assim como se conhece de perto a condição de escolha (eleição/voto) dos cidadãos “representantes do povo”.

[2] Professor da Rede Municipal de Ensino de Prainha – Pará. Mestrando em Educação (Formação de Professores) UNINI/FUNIBER