Segundo estudo realizado pelas organizações internacionais OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), a carga tributária no Brasil é 67% maior que a média de toda a América Latina. Em 2010, a arrecadação brasileira representava, em média, ,4% do Produto Interno Bruto (PIB). No mesmo ano, a média da América Latina ficou em 19,4%, considerando 15 países. Ao longo dos anos os países latino-americanos aumentaram sua receita de tributos, o que segundo especialistas em direito tributário é bom para o desenvolvimento dos países.

Baixa carga tributária é ruim para desenvolvimento do país

De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), para conseguir alcançar os objetivos do milênio, os países devem possuir uma carga tributátia de pelo menos 17% do PIB. Atualmente, há quatro países latino-americanos com o percentual abaixo desse valor: Venezuela, El Salvador, Guatemala e República Dominicana.

Para Márcio Verdi, secretário executivo do Centro Interamericano de Administrações Tributárias: "As estatísticas comprovam que a AL continua com níveis considerados abaixo na média do que permite a sustentabilidade de finanças públicas. Outros países, como Argentina, Brasil e Uruguai, já alcançaram níveis acima dos 17%".

A carga tributária no Brasil

Dentre os países da América Latina a Argentina é a mais próxima dos países desenvolvidos com o Brasil vindo logo em seguida. Porém, apesar do aumento da média dos países latino-americanos o percentual ainda é baixo se comparado aos países desenvolvidos. Especialistas afirmam que não há um nível ideal de carga tributária. Os Estados Unidos possui média de 24% e a Dinamarca 48%, e ambos são países desenvolvidos.