FACULDADE NOSSA CIDADE 

Jaqueline Viana de Alcantara

ARTIGO 

CAPITAL INTELECTUAL 

Orientador: Prof. Lawton Benatti

Carapicuíba

2013 

CAPITAL INTELECTUAL 

Esse artigo inicia-se com a pergunta o que é Capital Intelectual?

De acordo com Soto (2002) “é a soma do que todos sabem na empresa, o que da a ela vantagem competitiva”.

Toda organização precisa de conhecimento (patentes, processos, habilidades, tecnologias, informações relacionadas aos seus clientes, fornecedores, e a experiência adquirida) por isso as empresas buscam “Capital Intelectual” pessoas com informações, conhecimentos, habilidades que agregue valor a organização.

E com as grandes mudanças no mundo atual, cresceu a competitividade entre as empresas e consequentemente entre as vagas disponíveis no mercado de trabalho.

Sendo vantajoso para aquele que possui um conhecimento e habilidades em relação a vaga disponível.

John Seely, chefe do Centro de pesquisa da Xerox, em Palo Alto, demonstrou que a pesquisa corporativa sobre a educação e capacitação dos trabalhadores tem um potencial maior que a pesquisa tradicional no desenvolvimento de novos produtos. Nesse centro de desenvolvimento inventou-se o mouse dos computadores, mas foi o pessoal da Apple quem teve a capacidade e a inteligência para comercializa-lo. (SOTO, 2002 p. 239)

Há muitos exemplos que podem ser citados, mostrando que a busca pelo conhecimento e informação, é grande aliado para se manter no mercado de trabalho atual.

Cada organização possui sua missão, visão, e valores, a grande maioria das organizações valoriza a filosofia do Capital Intelectual, a Sony, por exemplo, sintetiza a seguinte frase: “Informação é tudo o que somos” (SOTO, 2002 p.239)

Mas há uma grande diferença entre Informação e Conhecimento, a informação é o ato de passar, divulgar um dado, já o conhecimento é utilizar a informação recebida e coloca-la em pratica.

A informação é base para o processo criativo, todo e qualquer processo criativo, seja uma ideia, uma decisão ou uma inovação, se apoia em informação.

 É a partir da informação que é possível ao indivíduo conhecer, refletir e gerar algo criativo, por isso não basta ter informações inovadoras é necessário coloca-las em prática.

Se fizer um balanço na organizacional, de um lado há os bens tangíveis, onde estão propriedades, objetos, os bens materiais, e do outro lado os bens intangíveis, onde está o Capital Intelectual, é o bem de maior valor na organização.

Pois se a empresa tem bens materiais, mas não tem quem conduza à organização, sua prestação de serviços, a empresa não se mantém, não tem lucro.

De acordo com Senge(1990 ), aquele que tem capacidade e se da ao trabalho de criar e continuar no processo de aprendizagem faz parte do grupo do Capital Intelectual.

 Senge (1990) menciona que todo individuo deve ter como componentes para desenvolver conhecimentos e coloca-las em prática são aqueles que se enquadram nas cinco disciplinas, que são:

Domínio pessoal é a disciplina que possibilita esclarecer visão pessoal, concentrar nas próprias energias, e ainda ter comprometimento de uma organização em aprender.

Modelos Mentais incluem ideias complexas e paradigmas que interferem sobre as atitudes, muitas vezes sem que se tenha consciência desses atos.

Objetivo comum (visão compartilhada) está atrelado à missão da empresa para que as pessoas façam o melhor possível prevalecendo o compromisso e o comprometimento em lugar da aceitação, porém tudo é compartilhado em equipe, e o líder  aprende com sua equipe e  não há dita uma visão única,  e sim uma visão de todos.

Aprendizado em grupo, o diálogo é o intermediador que facilita a aprendizagem em equipe e, e a produção, sendo os resultados positivos, e os integrantes cresce mais rápido e a organização também.

Raciocínio sistêmico, é a ultima disciplina, é fundamental e desafiante, pois integrar ideias e coloca-las em prática exige esforços dos quais dependem de todos, mesmo com todas as diferenças existentes.

A empresa que estimula seu Capital Intelectual, a criar, a aprender, está investindo em sua organização.

Mas para que ocorra a aprendizagem e momento de criatividade entre os indivíduos é necessário o respeito, e a compreensão em entender que cada um tem uma crença, um ponto de vista, uma experiência, e certas dificuldades em algum aspecto.

Devem-se levar em consideração as mudanças do mundo globalizado, de acordo com Nonaka e Takeuchi (2010), mencionam que inovações do mundo globalizado e a tecnologia geram conflito entre o ambiente externo e interno da organização, ou seja, as modificações e as variáveis econômicas, tecnológicas, ambientais, clientes, produtos, entre outros, possibilitam às organizações a criar e acumular o conhecimento organizacional, desenvolvendo a inovação continuada em seus processos e produtos, o que contribui com a competitividade, sendo maior a busca por indivíduos propagadores de informação e conhecimento.

Com o mundo consumista e atualmente exigente, de forma a aumentar a concorrência entre as organizações dos diversos segmentos, sendo um ambiente cercado pelo o intenso avanço tecnológico possibilitando as organizações e indústrias utilizarem equipamentos modernos e procedimentos que mantenham a qualidade nos processos, contam com pessoas altamente qualificadas, onde quem não tem conhecimento fica de fora do mercado de trabalho, sendo maior a competitividade. 

REFERÊNCIA: 

NONAKA Ikujiro; TAKEUCHI, Hirotaka. Gestão do Conhecimento. Porto Alegre: Bookman, 2008. 

SOTO, Eduardo; MARRAS, Jean Pierre. Comportamento Organizacional: O impacto das emoções.  São Paulo: Thomsom Editores, 2002.

SENGE, Peter M. Quinta disciplina: arte, teoria e prática da organização de aprendizagem. São Paulo: Editora Best Seller, 1990.