Félix Maier

Todo estudante de Economia já se viu diante de um texto que abordava o tema "canhões ou manteiga". É uma forma de dizer se um governante deve privilegiar a fabricação de armas, para defesa ou ataque de um país, ou se deve dar prioridade ao aumento de alimentos para sua população.

Na América do Sul, temos dois exemplos acabados de governos "canhões" ou militaristas e de "manteiga" - nada a ver com o Mantega, que ainda não derreteu frente à crise americana... Hugo Chávez é o exemplo que logo salta aos olhos no primeiro exemplo. E Lula, no segundo. E não se trata de comida.

Chávez está se armando até os dentes com aviões, fuzis e submarinos russos para, segundo ele, enfrentar o Império Americano. Lula está sucateando ainda mais as Forças Armadas brasileiras, de modo que no futuro teremos que lutar com arco e flecha, e fazermos ataques aéreos nos cipós da Amazônia. E essa opção não é para melhor alimentar o seu povo.

Se Chávez priorizou os "canhões", Lula optou por uma política externa "manteiga derretida", em que aceita submissamente os golpes perpetrados pelos tiranetes companheiros contra a Petrobrás na Bolívia e no Equador - além da Oldebrecht neste último país. E, pior de tudo: ainda continua "emprestando" milhões e milhões de dólares aos compadres caloteiros do Foro de São Paulo, via BNDES.

A opção de Lula não é pelos "canhões", nem pela "manteiga", ou seja, o incremento da produção de alimentos. Sua opção preferencial é pela política "manteiga derretida" dos barbudinhos do Itamaraty, de viés esquerdoso. Lula, ao apoiar as pretensões da tróica do atraso (Hugo Chávez, Evo Cocales e Rafael Correa), que tem como guru o coma andante Fidel Castro, está tentando levar o Brasil para junto das republiquetas bananeiras da América Latina, não para o mundo desenvolvido, que é o anseio de toda a população brasileira. Lula está cada vez mais "de quatro" e já até está gostando de levar chutes dos kamaradas no traseiro.

Está na hora de o governo Lula fazer sua opção pelos "canhões", pois a "manteiga" já está garantida pelo sucesso do agronegócio brasileiro. O mundo só respeita quem tem poderio bélico. E o Brasil, país de dimensões continentais, não pode continuar se comportando como se fosse uma pequena ilha-nação do Pacífico.