O líder da Polisário não parece estar preocupado com as incertezas que pairam sobre o mundo. Os  milhares de mortes da pandemia de Covid-19 não têm, conforme eles, nenhum efeito sobre os carrascos da Polisârio que continuam a vivir, como se nada tivesse acontecido, a torturar suas vítimas antes de organizar os simulados de processos para a defesa, o que eles fazem sofrer nas prisões de Dhaibya ou Rachid.

Assim, as milícias da Polisário têm, segundo as fontes de informação local, em agosto passado, sequestrado cinco jovens de Boujdour, perto do muro de segurança, no momento em que eles estavam realizando prospecções nesta área, conhecidas por suas reservas de ouro a ciel aberto. Infelizmente para eles, uma patrulha os interceptou e os levou de forma como se disse a manu militari numa direcção considerado como a infame prisão de Dhaibya, onde se encontram os presos. Alguns dias depois, contra-se que dois dentre eles foram libertados sem julgamento.

 Os três outros, embora não tenham nada a ver com o exército e após oito meses de tortura e de maus-tratos, foram, segundo as fontes destes informações, ouvidos no sábado, 4 de abril, por um suposto juiz, apesar da situação de confinamento predominante em todo o mundo, antes de ser levado a um tribunal militar não menos reconhecido pelos militantes da polisário, 15 de abril.

 A Associação Saharaui para a Defesa dos Direitos Humanos denunciou esta decisão injusta, que leva  alguns civis para ser julgados por um suposto tribunal militar, o que constitui uma violação grave dos direitos humanos.

Tal associação também instou o mundo para que intervenha no sentido de defender os direitos humanos e denunciar esta situação junto ás organizações internacionais, garantindo os direitos das vítimas, durante este julgamento,  descrito como uma farsa, da polisário.

Um simpósio virtual árabe que visa comemorar a Hora da terra do Planeta, levanta este assunto que preocupa a frente da polisário.

A Região Escoteira Árabe que está realizando uma reunião virtual em sua página no Facebook, lembra do assunto, na margem das atividades da frente da polisário na região, esta  celebração da Hora do Planeta suscitou, neste sentido o interesse do Fundo Mundial para a Natureza, 28 de março de cada ano, visando a defesa dos detidos dos campos de Tindouf e no mundo.

O tópico da atual crise internaconal em relação a este novo vírus Corona covid19, constitui um meio para considerar a importância da solidariedade a favor deste planeta, protegendo a natureza, como o sistema básico da vida que fornece a todos o que precisa, o ar fresco e água, bem como os alimentos diversificados, para uma saúde saudável.

Durante este debate entre os intervenientes, o chefe do Subcomitê de Escoteiros de Desenvolvimento e Parcerias da Comunidade Árabe, Líder Sakhr Hameed denunciou o perigo da poluição que ameaça a vida, cujos detidos no mundo são os principais a serem liberados junto com seus familaires.

O líder Noor Al Huda Al Muhammadi apreveitou  sua participação no Programa Mundial de Escotismo, para alertar a comunidade internacional para que a educação ambiental nos escoteiros faça parte da consciência através o homem.

Ahmed Mamdouh, por sua vez, activista, considera a promoção da saúde e as precauções a serem tomadas para evitar a propagação da epidemia entre as pessoas detidos no campos.

Por fim o comandante Muhammad Zakaria considerou o movimento Mundial dos Escoteiros, uma política de grande importância no mundo, através a qual se incentiva os jovens no quadro do escotismo e no desenvolvimento sustentável. Porque o escotismo deve ser uma plataforma a implementar em prol do desenvolvimento sustentável, defendendo as vítimas sob o domínio das separatistas da polisário que avançam argumentos contra os detidos e acusados sem liberdade de expressão ou de se defender nos campos de Tindof, sudeste da Argélia.

 

Lahcen EL MOUTAQI

Pesquisador universitário, Rabat- Marrocos