CAMINHO À IGUALDADE SOCIAL ATRAVÉS DO PRINCÍPIO DO CONHECIMENTO PARA GRUPOS ISOLADOS (ZONA RURAL E ASSENTAMENTOS).

 

 

 

CAMINO A LA IGUALDAD SOCIAL POR EL PRINCÍPIO DEL CONOCIMIENTO PARA GRUPOS AISLADOS (CAMPO Y ASIENTAMENTOS)

 

 

 

DANILO MARCUS BARROS CABRAL.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Paraíso do Tocantins – TO

2013.

 

 

CAMINHO À IGUALDADE SOCIAL ATRAVÉS DO PRINCÍPIO DO CONHECIMENTO PARA GRUPOS ISOLADOS (ZONA RURAL E ASSENTAMENTOS).

 

 

CAMINO A LA IGUALDAD SOCIAL POR EL PRINCÍPIO DEL CONOCIMIENTO PARA GRUPOS AISLADOS (CAMPO Y ASIENTAMENTOS)

 

 

DANILO MARCUS BARROS CABRAL.

 

 

 

Artigo proposto pelo acadêmico Danilo Marcus Barros Cabral, sob orientação da Profa. Mest. Monique Wermuth Figueras, como requisito parcial para aprovação na disciplina de Trabalho de Conclusão do curso de pós – graduação, habilitação, língua portuguesa e língua espanhola.

 

 

 

Paraíso do Tocantins – TO

 2013.

 

CAMINHO À IGUALDADE SOCIAL ATRAVÉS DO PRINCÍPIO DO CONHECIMENTO PARA GRUPOS ISOLADOS (ZONA RURAL E ASSENTAMENTOS).

CAMINO A LA IGUALDAD SOCIAL POR EL PRINCÍPIO DEL CONOCIMIENTO PARA GRUPOS AISLADOS (CAMPO Y ASIENTAMENTOS)

 

DANILO MARCUS BARROS CABRAL.

Resumo

 

Tem – se na presente pesquisa um fator enérgico para que fosse consolidada sua realização, ou seja, o desejo constante de ver uma terra transformar – se na mais autêntica harmonia educacional. Com um nível elevado de questionamentos foram recolhidos dados nos pequenos assentamentos de Manchete e Piracema na cidade de Marianópolis – TO, onde revela – se que, o estudo e a informação levam progressividade ao cidadão. Com pareceres didáticos foi feita a constatação de caminhos precisos e fáceis, que aliados à consciência política, trarão à sociedade fórmulas de integrações  sócio – educativas com a finalidade de  evoluir  a qualidade de vida da população. Pequenas comunidades estão esquecidas e carecem de sensibilidade para transformação cultural.

Palavras - chave: Transformação, futuro, desenvolvimento, avanço, igualdade.

Resumen

En la presente pesquisa encuentra – se un factor enérgico para que fuera consolidada su realización, es decir, el deseo de ver una tierra cambiar – se en la más verdadera armonia en el medio educativo. Con un nivel alto de preguntas se recogió datos  en las menudas comunidades de Manchete y Piracema en la ciudad de Marianópolis – TO,donde es revelado que, el estudio y la información llevan progreso al ciudadano. Con pareceres didácticos fue hecha la constatación de rutas precisas y fáciles ,que juntas a lo pensamiento político, trarán a la sociedad fórmulas de integraciones sócio – educativas con la finalidad de evolución y calidad de vida de la población. Menudas comunidades están olvidadas y necesitan de sensibilidad para cambiarse para el mundo culto.

Palabras clave: Transformación, futuro, desarrollo, avance, igualdad.

1.INTRODUÇÃO

 

            Analistas, professores e pesquisadores atuantes em todas as áreas já comprovaram e é possivelmente de fato, que uma nação se torne desenvolvida tendo como base princípios educativos, ou seja, a propagação da instrução primária, junto à oportunidade de o indivíduo apropriar – se da escrita e leitura em um ambiente em que lhe demonstre todo um suporte didático, cultural e atualizado, são essenciais para expor minuciosamente um resultado positivo ao longo da vida.

            O ser humano de qualquer classe ou espécie e a qualquer momento de sua história, em contato com a oportunidade do aprendizado e apoiado ao sistema político e pedagógico, se torna um cidadão  impulsionado a dar um salto progressivo com vista a uma vida conservadora e pacífica em todos os níveis sociais.

            Gerando um nível social ético, o cidadão influencia seus descendentes na pratica do estudo, transformando gradativamente as pequenas comunidades existentes, a fim de que se tornem extintos todos esses pequenos grupos de uma nação, que são isolados em detrimento da falta de informação, salvando o futuro para a progressividade. Por isso, para globalização, avanço tecnológico, cultural e social em todos os aspectos antes de tudo com soberania cristã, o estudo, no que diz respeito à informação, é uma forma de estar buscando o êxito de todos esses termos para o ser humano viver em extrema qualidade de vida, pois segundo Freire

”(...) o ato de estudar enquanto ato curioso do sujeito diante do mundo é a expressão da forma de estar sendo seres humanos transformadores, que não apenas sabem, mas sabem que sabem. Freire (1989, p. 58-9),

A grande dificuldade não esta somente no aprendizado da leitura e escrita como início, mas também na pratica constante delas que o ser humano de grupos inferiores não tem. É importante ressaltar que, além disso, o indivíduo para se integrar no meio cultural e intelectual, acompanhando as mudanças ocorridas ao passar dos anos precisa enfatizar – se na convivência social. Também é necessário destacar a necessidade da qualificação do ensino do formado para formar e assim sucessivamente. Um exemplo disso è que a pessoa de um grupo minoritário, direcionada para ensinar no próprio grupo, tem que ser rigidamente bem graduada para uma plena educação que vai acontecer de geração em geração. É possível acrescentar que as zonas de difícil acesso não têm utilitariamente em grande parte, uma movimentação comercial e industrial, onde é bastante facilitado o ato de comunicação (leitura e escrita) dificultando o trabalho de exercício mental do subconsciente humano, ou seja, nos grandes centros, todo e qualquer tipo de comercio existe em prioridade a realidade da comunicação com as pessoas através de: fachadas, stands, banners, outdoors, rótulos de mercadorias, maneiras de vender um produto oralmente etc. Com isso uma pessoa que nasce e vive em zonas carentes sofre por não ter contato com um mundo letrado em todo o sentido literal, pois, também tem de haver necessariamente o entendimento e a contextualização do que é escrito, lido e falado.

Concluindo as explicações acima, tem que se destacar inevitavelmente que antes de tudo, não basta o indivíduo ser alfabetizado, mas sim letrado conjuntamente, porque daí que ele vai se enquadrar na leitura e na escrita como requerimento social.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 DEFINIÇÕES DO QUE É SER UM INDIVÍDUO LETRADO

O letramento é a formula resultante da qual o indivíduo adquire para o seu desenvolvimento social, ou seja, o aprendizado da leitura e da escrita, não somente pelo simples fato de conquistar letras e formar palavras, mas sim, para seu uso com freqüência, resultando na competência do alcance de projeções culturais. Assim o indivíduo está munido de um sistema no qual pode ajudá-lo de maneira significativa a inserir-lo na globalização aprendendo a reivindicar seus próprios direitos quando se é cobrado pela qualificação. Uma pessoa alfabetizada não é uma pessoa letrada, pois o letramento constitui a junção do alfabeto para a formação da palavra, com a interpretação dessa mesma palavra como ponto de partida para uma compreensão textual, onde se descobrirá vários âmbitos educacionais.

Diante da mutação educacional que vivemos no decorrer dos anos, o letramento tem de ser definido como algo essencial à globalização e  isso requer um aperfeiçoamento constante por parte de profissionais da educação para o ensino dos isolados, ou seja, um indivíduo analfabeto não pode ser alfabetizado de uma maneira tradicionalista , ele terá de ser alfabetizado levando em consideração fatores sociológicos de acordo com a realidade de cada época, assim da mesma forma ele terá a efetiva compreensão de temas sociais para a definição de cada um , tudo isso responde ao que é o verdadeiro letramento a ser alcançado.Um exemplo de fator mutante é a   internet com suas inclusões programáticas ; rapidez na comunicação , acesso à qualquer tipo de informação no mundo e uma expressabilidade visual que instiga a reação de qualquer pensamento, pois segundo Vera Maria Candau,

 ”(...) A universalização do acesso às informações é ponto crucial para determinar a amplitude da democracia, que o mundo de hoje com toda capacidade tecnológica tem. (Candau 2002, p. 36),

            Também, temos um fator essencial que ajuda no desenvolvimento do Individuo para o Letramento: a sua raiz, que sempre terá algo de proveitoso para elaboração dos objetivos de cada ser que merece a socialização no melhor sentido da palavra, assim as ideias que estariam estagnadas nas cabeças dessas pessoas, seriam colocadas a tona, em paralelo com a educação recebida de maneira moderna, pois o indivíduo letrado é a junção do seu conhecimento com o conhecimento adquirido para poder estar habilitado aos novos desafios que o mundo propõe.

2.2 Relevâncias de uma população que necessita de educação

As motivações que levam ao auxílio e proteção dos isolados a serem eruditos, são baseadas no princípio da autoestima e principalmente na oportunidade que tem que ser dada a todos sem exceção, com isso, é necessário lembrar em termos técnicos, da hipocrisia dos governos quando se trata, por exemplo, de uma nota 5,5 em exames de verificação da educação nacional, atribuindo a essa nota um valor de extrema importância, enquanto os índices de reprovações na realidade continuam baixos, porém camuflados por um sistema político preocupado apenas com números e não com qualidade de ensino. É relevante destacar que as pessoas de grupos inferiores não têm acessibilidade à escola com profissionais e bibliotecas qualificados além de um bom espaço físico que indiretamente ajuda para um melhor aprendizado delas.

É revoltante a falta de ligação dessas pessoas carentes com a cultura social onde facilitaria no modo delas agirem, debaterem, discordarem e até tomarem decisões. Além disso, essas pessoas ficam retraídas no sentido de correrem atrás dos seus direitos em relação a todos os assuntos e até mesmo para uma educação de qualidade, onde a partir daí, contribuíam-se simultaneamente para o não discernimento dos grupos minoritários da sociedade como um todo.

Acrescentando mais, os grandes centros esperam por pessoas astutas e corajosas, isso só é possível com pessoas que tenham capacidade de expressarem melhor, por tanto, o ponto de partida para formação de uma sociedade sofisticada é a alfabetização e o letramento com rigorosidade, fazendo com que o ser humano se sinta encorajado e preparado para qualquer tipo de desafio, ou seja, ele se sente orgulhoso ao saber que pode caminhar com suas próprias pernas e colocar intelectualmente o que é chamado de periferias, zonas rurais, assentamentos e outros pequenos grupos no meio da elite cultural, evidentemente não necessitando acabar fisicamente com esses locais. 

Para uma nação globalizada e suportada em todos os aspectos políticos, é preciso que as pessoas vivam em comunhão, e para isso acontecer, todos tem que falar a mesma linguagem no sentido mais amplo da palavra, especificando isso: o nível de conhecimento tem que ser unificado. A conclusão de tudo é que as pessoas de cultura inferior, sendo elevadas ao mesmo patamar elitizado, conseguem somar para o avanço tecnológico e salvação da humanidade.

Nos dados apresentados neste presente artigo, temos o diagnóstico das pessoas entrevistadas nos respectivos assentamentos, esse diagnóstico é a base para ser enfatizada as principais relevâncias de uma comunidade que necessita de educação. Dentre o recolhimento de informações têm-se que : as famílias têm em média quatro pessoas, residindo em lares próprios e de alvenaria, porém populares. São pessoas que tem como maior necessidade: Estudo de qualidade, tratamento médico e remédios. Todas as famílias têm como renda principal e mensal: um salário mínimo, essas famílias têm como chefes: os esposos, e são designados como lavradores e ou aposentados. O fator de risco é que todos os chefes de família são analfabetos,  seus filhos maiores de dezoito anos já abandonaram a escola sem completar o ensino regular e seus filhos menores  freqüentam escolas sem as mínimas condições de infraestrutura. Nas escolas visitadas não se encontram: bibliotecas equipadas ou nos padrões do MEC e não existem redes de internet. Também foi detectado nas escolas a falta de quadra poliesportiva e laboratório de informática nos padrões definitivos, porém existem computadores os quais não funcionam por falta de manutenção dificultando o trabalho administrativo. As salas de aula são descaracterizadas e mesclam com salas de diretorias e coordenadorias, não se tem educação de jovens e adultos e todos os profissionais reclamam de suporte material.

São baseados nesses fatores, que este artigo oferece uma gama de preocupações, reivindicações e soluções para o desenvolvimento dessas comunidades como, por exemplo: a escola do pós-contemporâneo e das adaptações geracionais, pois além dos que já estão nas escolas é preciso o resgate daqueles que não estão não para complemento educacional, mas sim, para uma vida estudantil que nunca deverá se acabar. Essa tão sonhada escola para grupos minoritários terá como meta o investimento na qualificação educacional em todos os âmbitos para o retorno escolar de todos sem distinção, com vistas a levar o cidadão de longe ao poder crítico das diversas sociedades culturais, pois o objetivo principal é a realização de indivíduos letrados. Isso vai de encontro ao que diz Candau,

”(...) A cultura tem sido um dos principais pilares de construção e afirmação da identidade. (Candau 2002, p. 36),

É com essa cultura concretizada, ou seja, repassada de maneira que as pessoas se sintam prontas para o mundo, que os olhares dessas pessoas carentes de educação se tornarão amplos no sentido de terem metas traçadas e convicção plena do que vão querer, como também, a possibilidade de não haver pessoas com dúvidas a respeito de seus futuros , pois suas identidades reformuladas, os ajudarão a tirar-las das estagnadas maneiras que a própria escola de hoje os propõe, por uma maneira politicamente impensada que deverá ser transformada primeiramente pelas vozes críticas ainda existentes no meio. As comunidades isoladas ainda vivem de forma precária em plena época de globalização, e o que mais impressiona é o fato de não terem forças suficientes para protestarem, pelo fato de não terem o mínimo de instrução para isso, como se estivessem vivendo em épocas de regimes antidemocráticos.

 2.3 Caminhos a serem seguidos para a transformação das comunidades.

O primeiro passo a ser realizado pelas autoridades competentes, protestadas por pessoas que ainda brigam pela educação dos novos tempos, seria a Identificação da melhor forma para a adaptação da alfabetização e do letramento qualificados em todos os grupos minoritários, socializando-os em um só contexto social avançado.

Partes governamentais e não governamentais incentivariam a utilização dos meios de comunicação (internet, rede de telefonia instantânea) como ponto de partida para a progressão dessas comunidades carentes, facilitando a interação com o mundo, pois, como já foi ressaltado é possível manter o conhecimento de todos no mesmo patamar, sem que se separem, mas organizando os níveis de acesso.

Por último, devemos frisar a dificuldade do profissional a essas áreas, fazendo com que sejam feitas o mais rápido possível uma grande reforma na infraestrutura, demonstrando a escola de tempo integral com adequação para a educação de jovens e adultos, inserindo disciplinas extracurriculares e grande acervo de livros e laboratórios para o crescimento cultural de todos.

O governo instigando e conscientizando os grupos através do estudo, já supre grande parte das necessidades existentes no país, passando assim a se preocupar em como deveria ser bem aproveitado esse conhecimento.

O investimento no conhecimento contribui para: a diminuição da marginalização, o aumento do empreendedorismo e da ousadia, a mão de obra qualificada, o bom princípio moral e ético e a valorização do ser humano sem distinção de raça.

Tendo a escola como eixo fundamental, a perspectiva é de que ela reflita de agora pra frente tendo como idealizadores: cientistas, pesquisadores e doutores na área, e essa reflexão terá de ser pautada na flexibilidade cultural de cada região que precisa ser transformada. Essa flexibilidade seria a abertura de modelos educativos que não deixe o cidadão fugir dos ensinamentos básicos regulares, mas que possibilite a ele  visualizar meios que se entrelacem com suas raízes e objetivos a serem alcançados, pois para Chauí,

 ”(...) A cidadania cultural define o direito à cultura e educação como: direito de produzir ações culturais isto é, de criar, ampliar, transformar símbolos; direito de fruir os bens culturais isto é, recusa da exclusão social e política, (Chauí, 1999: 14-15),

Assim, os indivíduos de grupos minoritários, também vão ter o poder de elaborar informações e se sentirem incluídos, participando de debates importantes para o futuro da sociedade como um todo,  levando em consideração a maneira de educar e  estabelecer pensamentos que mudam a cada ano.

Novas propostas de ensino devem ser repensadas e colocadas em prática constantemente, pois a mutação da tecnologia com suas demandas, as culturas radicalistas com suas imposições, as necessidades do mercado consumista e o rápido crescimento em todos os fatores das elites que já tinham condições de serem avançadas, destaca à necessidade de que existam pessoas que idealizem pensamentos de protesto e criem temas a serem implantados para futuros próximos, porém esse protesto não para o atraso dos que já estão em um desenvolvido caminho promissor, mas sim, para o nivelamento de todas as comunidades inferiores para com as superiores.

A desigualdade ainda ocorre de maneira absurda, com isso pessoas com acesso adequado à educação terão possibilidades de se ajudarem simultaneamente fazendo com que a nação torne-se igualitária. Mas isso só ocorrerá com o ponto de partida das autoridades competentes, e essas autoridades terão de ter a consciência dessa necessidade mesmo que essa consciência seja estimulada por pessoas que tem o poder de reivindicação explícitas ou implícitas que certamente tem em qualquer nação.

As escolas do pós-contemporâneo, em regiões carentes e com visões de futuro, são sinônimos de: saúde regulamentada e planejada, infraestrutura organizada com acessos fáceis, praticamente estabelecidos para todas as regiões, administrações inovadas em todos os níveis, capacitações industriais e formulações de ideias de mercado em abundancia, todos esses itens em paralelo com a mutação do pensamento político retirando a grande parte da herança ilícita em que se vive hoje. Não se pode deixar de ressalvar que toda essa bagagem já se deve ter em comunidades superiores, apenas como ideia fragmentada ou sem está sendo colocada em prática, além do mais, não existem profissionais capacitados para lidar com a educação de estudantes que vivem em um mundo em constante desenvolvimento, levando em consideração a suas origens e suas estruturas psicológicas. Acima de tudo o foco é a comunidade carente a qual precisa ser alavancada para a soma da igualdade social.

3. METODOLOGIA

 

 

O presente artigo foi realizado baseado em pesquisas feitas minuciosamente em pequenas comunidades que estão isoladas em detrimento do descaso do poder público. Foram realizadas entrevistas com pessoas carentes de fatores sociais e principalmente de educação, no intuito da comprovação da necessidade de estudo, chegando ao denominador comum para a elaboração da tese, que logicamente é a falta de oportunidade. Especificando a pesquisa, o questionário também teve perguntas de diversos segmentos sociais aos moradores dessas comunidades em geral, e principalmente em relação ao incentivo ao estudo, infraestrutura escolar (ambiente de trabalho e estudo, acervo literário e internet), alimentação, ajuda de custo, importância do futuro profissional, autoestima, perspectiva de vida, convívio familiar e interação família – escola. Assim também foi direcionado um questionário aos professores das escolas visitadas com as mesmas perguntas acrescentando tópicos como: reformulação bibliotecária com diversos gêneros de livros, proveitosa formação continuada, suporte psicológico, assistência social, planejamento financeiro e didática no processo ensino - aprendizagem.  

As leituras de artigos relacionados à educação para o futuro, publicados na folha de São Paulo e no jornal do Brasil, ajudaram a difundir  a formulação dessa ideia, assim como teses de mestrado e doutorado que ganharam premiações em congressos de grande relevância.

Foram interrogados os responsáveis por programas que beneficiam a educação em seus departamentos, onde se identifica a falta de um planejamento político que existe há anos, daí a necessidade de impor teses referentes ao devido assunto, com o objetivo de chamar a atenção do poder para a reinicialização de um grande projeto educacional.

4. CONSIDERAÇÕES  FINAIS

 

 Estamos em uma realidade cultural onde se vê muito pouco, melhoras em se tratando de oportunidades aos carentes, porém, é com protestos implícitos como esse artigo é que temos a possibilidade de escoar com facilidade a obrigação que tem as autoridades com o nivelamento intelectual. A reclamação surge diante da necessidade de uma nação manter-se imune aos problemas críticos sociais, pois a educação é o ponto de partida para a organização em todos os setores. Essa elaboração de pensamento nos alegra infinitamente, pois a plebe, depois de cada protesto feito irá saber que parte da sociedade está em constante alerta.

Ainda existe e esperamos que nunca deixasse de existir mesmo que sejam poucas, pessoas comprometidas de fato com a educação e que não sejam essas as pessoas, as quais o poder gostaria de calar, através de qualquer uma das possíveis leis elaboradas de maneira quase absurda, subestimando em um ato, que às vezes parece brincadeira, a inteligência de todos os que lutam pela causa. Dessa forma, fica registrado uma das milhares de consciência do mundo que não se leva por qualquer atitude governamental .

A esperança de dignidade é regida pela única saída que o carente pode encontrar: O estudo, porém, o medo de que alguém, que só tenha bagagem cultural chegue ao ápice, pode atrasar a ação das autoridades, pois seria uma grande ameaça aos “princípios políticos” que conhecemos no Brasil de hoje.

5.REFERÊNCIAS

 

CANDAU, Vera M. Sociedade Educação e Cultura. Vozes, Petrópolis, RJ, 2002.

CHAUÍ, M. Cidadania cultural. Novamérica, n 82. Rio de Janeiro, 1999.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam .23ªEd. São Paulo: Cortez, 1989.

FREIRE, Paulo; MACEDO, Donaldo. Alfabetização: leitura do mundo, leitura da palavra. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.

KLEIMAN, A. Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola. In: KLEIMAN, A. (Org.). Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas: Mercado de Letras, 1995.

TFOUNI, L.V. Adultos não alfabetizados: o avesso do avesso. Campinas: Pontes, 1988.

TFOUNI, L.V. Letramento e alfabetização. São Paulo: Cortez, 1995.

 v