A administração americana e alguns centros de estudos e pesquisadores árabes concordam sobre o que  Washington chama de ameaças do "novo Oriente Médio", para o ínicio de 2013.

Na opinião dos americanos, são mudanças inevitáveis ligadas á ameaça de guerras do último tempo e a surpresa dos tomadores de decisão . Assim ninguém consegue prever  a situação, diante das possíveis surpresas ou mesmo alude aos prelúdios.

É claro que os assuntos internos dos americanos são preocupantes. Para eles, as mudanças de maior importancia são aquelas que acontecem hoje, com o primeiro ano do segundo mandato e final do Barack Obama.

É uma  última chance para  Barack Obama mudar de estratégia para com o novo Oriente Médio. Ele deve ganhar o apoio do novo Congresso, se não suas chances serão menos e muito para  mudar o mundo!

A crise econômica, e como dizem os especialistas nos últimos anos, ameaçam os Estados Unidos com uma série de riscos. Portanto, os especialistas americanos acreditam este Presidente consegue traduzir as ameaças terroristas a seu favor, onde as graves consequências  serão sobre a economia  Europeia,  israelense e demais paíese árabes do Oriente médio.

Primeiro Obama precisa da maioria do Senado, e dos   deputádos hostis politicamente para um equilíbrio  estratégico e político, face aqueles adversários que   acreditam que o país está a beira de um novo abismo econômico.

A questão do Irã preocupa Washington e ameaça de explodir a qualquer momento.  As eleições em próximo mês de Junho aumentam a tensão dos EUA, colocando-os  numa posição de retaguarda contra á influência da política de Ahmadi Najad.

Mas a pergunta: Será que a eleição de um novo presidente conduzirá a uma maior abertura por parte do Irã, possiblitando negociar um acordo de paz com o Ocidente, levando a atenuar as duras sanções econômicas impostas? 

Ou assim um novo presidente agrava aind amais a crise com o compromisso do programa nuclear iraniano?

Aí vem a importância do dossiê da Síria que prolonga o dossiê nuclear iraniano, apesar que os especialistas próximos dos Estados Unidos consideram que o futuro da Síria será determinado em 2013. Caso não haver um acordo entre o governo e a dividida oposição, descartando uma intervenção dos Estados Unidos contra o Presidente El Assad.

No entanto, a batalha pelo poder na Síria continuará entre os partidos seculares e os religiosos fundamentalistas. Tal luta parece continuar ainda por um longo período de tempo, motivo da instabilidade e da infiltração de terroristas, e extremistas, tanto para os países através o mundo, como nas fronteiras do norte - leste dos Estados Unidos, aumentando  o perigo das ameaças contra os interesses ocidentais nos setores econômcos na Africa e Oriente Médio.

Em termos estratégicos, a situação do Egito chama atenção dos observadores norte-americanos,  o presidente egípcio, Mohamed Morsi enfrenta um povo revoltado, sem saída a não ser a  "re-eleição do parlamento",  de acordo com a Constituição aprovada nas últimas semanas. Esta situação na qual o egito defronta ameaça os interesses ocidentais, e a estabilidade desta zona crítica. O regime militar pode intervir a qualquer hora, mas o movimento da Irmandade Muçulmana exige a luta pelo poder.

As percepções cruzadas de centros de pesquisa e de estudos americanos próximos da tomada de decisão revelam  o impacto do conflito israelo – palestiniano e  as consequências das crises sobre a paz no Oriente médio e países árabes.

Se considerarmos o primeiro ano do mandato de Benjamin Netanyahu, as decisões políticas e econômicas a tomar vão depender do impacto das negociações e engajamento das partes, face ás crises de identidades dos judeus e  islámicos.

Sem uma iniciativa política dos países da região,  o impasse político contra á coexistência pacífica entre Palestina e israelenses, torna-se um jogo na mão do ocidente.

O presidente, Mahmoud Abbas, não esconde o seu problema. Um  contexto de dúvidas e de dificuldades financeiras perturbam seus planos. Além do problema demográfico que se incide sobre Netanyahu, contra uma joventude que desaprova uma política racial.

Esta é a percepção inicial de Washington e de alguns especialistas próximo  do centro de tomada de decisão dos Estados Unidos, revelando também o papel da paisagem política da região. Onde as prioridades da Casa Branca  são qualitativas. Provavelmente porque o início de um avanço israelense - palestino garante umas novas mudanças do "Novo Oriente Médio", e  o maior percentual  sob o domínio da "nova democracia Islã".

Com tudo isso, é possível um confronto com o Irã, sem que os Estados Unidos estejam a ponta de lança. Os últimos dois anos, os árabes desaprovam esta política. Preocupados com a situação da casa egípcia e da posição dos EUA e  Euro Atlantico, bem como ia acabar o conflito da Síria e do Irã.

Mas tudo indica que Washington pode se decepcionar, com as eleições iranianas e o futuro de Ahmadi Nejad. Apesar da prioridade é resolver o dossiê sírio que afecta negativamente ajuda do Irã.

Mas Washington, neste caso, faz a pressão sobre a Irmandade Muçulmana no Egito para organizar seus jogos polítcos e apertar o circo sobre o povo. Porque os pontos quentes favorecem os extremistas e os separatistas do sara ocidental que podem explodir a região.

Na Síria, Irã, Iraque, Egito, Argélia e Líbia. Novos sites podem surgir e, assim a autoridade da Irmandade Muçulmana no Egito busca posicionar-se de forma a definir seus papeis na região em diferentes graus, preparando a nova fase geopolítica da região, após o conflito sírio e o fim do mandato do Ahmad Nejad. 

Lahcen EL MOUTAQI
Professor