Cai a tarde
Por Celia Regina Lopes Feitoza | 17/12/2010 | PoesiasCai a tarde
Num frio despedaçador
Vem com ela a incerteza
A alma que ri
Também chora?
Uma face da moeda
Não tem o mesmo valor que o todo?
O crepúsculo vai dissipando a luz
Palidamente
Discretamente
Redondamente
Enganadoramente
Pois à noite
Segue ensolarado o dia
Colorido
Exuberante
Quente
E a vida?
Dia e noite?
Obsoleto e útil?
Fugidio e perene?
Como o tecido
A vida pede um avesso
Não para negar
Mas tornar pleno
Completo em suas metades unidas
A vida... São as vidas.