Deveriam fazer um poema sobre o café. Não o café do século dezenove, café do imigrante, das oligarquias e do compadre coronel. Deveriam fazer um poema sobre o café de hoje, e o de ontem. O da xícara, do bar e aquele que vem nos restaurantes chiques quando se pede a conta. O café no copo do trabalhador, na caneca do empresário, ambos tomados na mesma hora, pra manter o corpo trabalhando. Sem esse café o mundo não seria o mesmo. Não andaria igual. E ainda falam que o relógio é o símbolo do capitalismo. O café é muito mais! De que vale saber as horas se ainda se está dormindo?