No Brasil o sistema de cabotagem tem sido pouco explorado, “cabotagem é a navegação entre portos do mesmo país, sem perder de vista a costa litoral”. O sistema é mais utilizado pelas empresas de granéis líquidos (Óleo e derivados de petróleo) e os granéis de grãos (trigo, soja e milho), mas em pequena escala. O grande atributo da cabotagem seria com transporte de cargas de contêineres que aperfeiçoariam a questão do frete e tempo de entrega, sendo assim geraria uma expectativa no crescimento desse transporte onde já existe uma percepção que é confiável e estável. No entanto esbarramos nos problemas de infraestrutura de transportes no Brasil, que afetam diretamente o desenvolvimento da cabotagem. Mesmo sendo apontada como um modal menos poluente, a cabotagem “chora” devido a uma infraestrutura inadequada nos portos. Além dos problemas de burocracia as empresas instaladas no país possuem uma reclamação efetiva nas questões operacionais, como elevado tempo de transporte, a baixa frequência de navios, a pouca confiabilidade nos prazos e a indisponibilidade de rotas; que por outro lado são poucas as criticas quanto ao risco de roubo e avarias. Na verdade o que falta é o Brasil investir de fato na cabotagem, reservando uma boa fatia desse mercado para o afretamento de navios brasileiros, algo que não vem acontecendo ultimamente. Assim acredito que deveria haver um modelo mais competitivo entre a indústria naval e a Marinha Mercante do País.