Buscando o caminho mais curto
Por Fagner januario mano | 12/09/2009 | ReligiãoEm quase todas as situações, nós, os seres humanos, temos a tendência
de querer sempre encurtar os caminhos pelos que passamos porque,
obviamente, queremos chegar mais rápido; aí descobrimos um monte de
"atalhos" e "jeitinhos" para acelerar o processo. Mas nem sempre é a
melhor opção. Às vezes eu me perguntava: Porque sempre as coisas
demoram mais comigo?
Eu sempre questionei o Senhor a respeito dessas
coisas. Em todas elas eu vi que realmente era melhor esperar, ou passar
pelo caminho mais longo.
Temos um exemplo no povo de Israel na saída do Egito.
A Partida dos Israelitas (Ex 14)
17)
Quando o faraó deixou sair o povo, Deus não o guiou pela rota da terra
dos filisteus, embora este fosse o caminho mais curto, pois disse: "Se
eles se defrontarem com a guerra, talvez se arrependam e voltem para o
Egito".
18) Assim, Deus fez o povo dar a volta pelo deserto,
seguindo o caminho que leva ao mar Vermelho. Os israelitas saíram do
Egito preparados para lutar.
19)Moisés levou os ossos de José,
porque José havia feito os filhos de Israel prestarem um juramento,
quando disse: "Deus certamente virá em auxílio de vocês; levem então os
meus ossos daqui".
20) Os israelitas partiram de Sucote e acamparam em Etã, junto ao deserto.
21)Durante
o dia o SENHOR ia adiante deles, numa coluna de nuvem, para guiá-los no
caminho, e de noite, numa coluna de fogo, para iluminá-los, e assim
podiam caminhar de dia e de noite.
22) A coluna de nuvem não se afastava do povo de dia, nem a coluna de fogo, de noite.
O
Senhor sabia que o povo estava de certa forma, acomodado com a
escravidão. E ainda não era a hora de enfrentar os Filisteus. Nós não
podemos encarar os inimigos que estão na frente, sem primeiro nos
livrar dos que estão atrás. Nós não podemos encarar uma batalha
deixando uma outra pendente, porque nunca estaríamos concentrados da
maneira que deveria ser.Quando se trata de ministério, muitas vezes
acontece o mesmo. Queremos ministérios bem-sucedidos de uma forma
rápida e sem ter de pagar o preço. Deus não se impressiona nem um pouco
com nossos dons e talentos; Ele traça o caminho e nós obedecemos ou
não. Deus quer que sejamos ministros sarados. Quando os meus lideres
(na época da minha conversão) descobriram meus dons e talentos,
rapidamente me chamaram para ministrar. E como eu tinha muita
experiência com publico, não tive dificuldades em cantar e tocar o novo
tipo de canções.
Eu creio hoje que aquilo foi um erro. Porque eu não
estava pronto para encarar essa "guerra". Os inimigos que estavam atrás
de mim não haviam sido vencidos ainda, e carregava um fardo de feridas
não saradas, que a toda hora vinha à tona. Não podemos basear nossa
vida ministerial apenas nos dons e talentos, tem que haver conteúdo
vivo, uma alma sarada e uma mente concentrada naquilo que estamos
fazendo. Eu fico imaginando o povo de Israel, se tivesse ido pelo
caminho mais curto. Provavelmente teriam desistido e voltado atrás,
logo na primeira batalha; os filisteus eram assassinos ferozes e
sanguinários, e o povo de Israel estava totalmente enferrujado por
causa da escravidão. Quando tomamos decisões contrarias à vontade de
Deus, ficamos sem orientação da coluna de nuvem durante o dia nem a
coluna de fogo durante a noite; ficamos desorientados, e começamos a
errar seguidamente. Porque na guerra não há tréguas.? Como poderia eu
enfrentar os novos inimigos sem vencer os antigos? O Egito estava "nas
costas" de Israel. E Israel precisava se livrar dele.
A Perseguição dos Egípcios (Ex 15)
1) Disse o SENHOR a Moisés:
2)
"Diga aos israelitas que mudem o rumo e acampem perto de Pi-Hairote,
entre Migdol e o mar. Acampem à beira-mar, defronte de Baal-Zefom".
3) O faraó pensará que os israelitas estão vagando confusos, cercados pelo deserto.
4)
Então endurecerei o coração do faraó, e ele os perseguirá. Todavia, eu
serei glorificado por meio do faraó e de todo o seu exército; e os
egípcios saberão que eu sou o SENHOR ". E assim fizeram os israelitas".
5)
Contaram ao rei do Egito que o povo havia fugido. Então o faraó e os
seus conselheiros mudaram de idéia e disseram: "O que foi que fizemos?
Deixamos os israelitas saírem e perdemos os nossos escravos!".
9) Os
egípcios, com todos os cavalos e carros de guerra do faraó, os
cavaleiros e a infantaria, saíram em perseguição aos israelitas e os
alcançaram quando estavam acampados à beira-mar, perto de Pi-Hairote,
defronte de Baal-Zefom.
A Travessia do Mar
10) Ao
aproximar-se o faraó, os israelitas olharam e avistaram os egípcios que
marchavam na direção deles. E, aterrorizados, clamaram ao SENHOR.
11)
Disseram a Moisés: "Foi por falta de túmulos no Egito que você nos
trouxe para morrermos no deserto?". O que você fez conosco, tirando-nos
de lá?
12) Já lhe tínhamos dito no Egito: Deixe-nos em paz! Seremos
escravos dos egípcios! Antes ser escravos dos egípcios do que morrer no
deserto!"
13) Moisés respondeu ao povo: "Não tenham medo. Fiquem
firmes e vejam o livramento que o SENHOR lhes trará hoje, porque vocês
nunca mais verão os egípcios que hoje vêem.
14) O SENHOR lutará por vocês; tão-somente acalmem-se".
O
problema é que para ver o nosso inimigo derrotado precisamos encarar o
mar, o que não deixa de ser um confronto. O mar em minha vida era
largar tudo e obedecer a Deus. Ou seja, começar do zero. Na verdade dá
medo, porque a pesar das lutas e tribulações, não queremos perder o
"lugar" conquistado. Depois de quase três anos de ministério eu percebi
que estava andando no caminho errado. Eu queria "encurtar" a coisa, mas
Deus tinha outros planos. Depois de um episodio em um evangelismo, eu
tive a clara direção de Deus de entregar o ministério em Suas mãos, e
deixar ele me livrar dos inimigos que estavam atrás de mim. O mar me
foi apresentado e eu poderia novamente escolher.
21) Então Moisés
estendeu a mão sobre o mar, e o SENHOR afastou o mar e o tornou em
terra seca, com um forte vento oriental que soprou toda aquela noite.
As águas se dividiram,
22) e os israelitas atravessaram pelo meio do mar em terra seca, tendo uma parede de água à direita e outra à esquerda.
23) Os egípcios os perseguiram, e todos os cavalos, carros de guerra e cavaleiros do faraó foram atrás deles até o meio do mar.
24) No fim da madrugada, do alto da coluna de fogo e de nuvem, o SENHOR viu o exército dos egípcios e o pôs em confusão.
25)
Fez que as rodas dos seus carros começassem a soltar-se , de forma que
tinham dificuldade em conduzi-los. E os egípcios gritaram: "Vamos fugir
dos israelitas! O SENHOR está lutando por eles contra o Egito".
26)
Mas o SENHOR disse a Moisés: "Estenda a mão sobre o mar para que as
águas voltem sobre os egípcios, sobre os seus carros de guerra e sobre
os seus cavaleiros".
27) Moisés estendeu a mão sobre o mar, e ao
raiar do dia o mar voltou ao seu lugar. Quando os egípcios estavam
fugindo, foram de encontro às águas, e o SENHOR os lançou ao mar.
28)
As águas voltaram e encobriram os seus carros de guerra e os seus
cavaleiros, todo o exército do faraó que havia perseguido os israelitas
mar adentro. Ninguém sobreviveu.
Quando somos colocados de
frente para o mar, é como se fosse um espelho onde enxergamos nossos
medos, desilusões, angustias, fracassos, e também nossos enganos e
mentiras. Encarar isso não é fácil. Mas é necessário.
É uma
questão de confiança no Senhor. O problema do escravo, é que ele acaba
confiando na escravidão. O fato de ser livre lhe causa medo, porque não
saberia como agir diante de escolhas. Sendo escravos não temos muitas
opções. Mas quando se apresentam as opções, somos incapazes de tomar
decisões. De certa forma a escravidão acaba gerando um falso conforto,
que é difícil de abandonar. Quando há pendências do passado sem
resolver, vamos acrescentando peso ao nosso fardo à medida que
avançamos. E o inimigo em nossas costas vai chegando mais e mais perto
de nos destruir. Esse inimigo precisa ser vencido antes de encarar
outros. No meu caso, eu resolvi entregar tudo nas mãos de Deus e deixar
ele me conduzir pelo mar. O mar é o preço que pagamos. Ás vezes ficamos
com medo, as vezes sozinhos; e as vezes olhamos para atrás; mas quem
abre as águas é o Senhor. Ele sopra o vento na hora certa para o mar se
abrir. É sempre uma escolha diante de nós. Eu poderia perfeitamente
continuar forçando a barra com meu dom e talento, mas estaria sempre
com a sombra do "inimigo de trás". Depois que Israel atravessou o mar,
ficou livre desse inimigo. Logo viria o deserto, e apareceriam outros
inimigos pela frente; novamente Deus os conduz pelo caminho mais longo,
porque Ele precisa tratar com o caráter dos seus filhos. fiz parte de
um ministerio muito abençoado nesse sentido em sâo paulo uma igreja
chamada videira agradeço tudo que sei aos pastores Paulo Sergio e
Pr.Jane. Deus abençoi a todos.