Bulying na Faculdade
Publicado em 14 de setembro de 2011 por Marislei Brasileiro
BULLYING TAMBÉM ACONTECE NA UNIVERSIDADE
Dra. Marislei Brasileiro1
Você já se sentiu constrangido por um colega que fez uma "brincadeira" de mal gosto? Por outro lado, você é do tipo que caçoa das pessoas e não se importa com o que elas sentem, afinal é somente uma brincadeira?
Todos os dias alunos do mundo todo sofrem com um tipo de violência que vem mascarada na forma de brincadeira inofensiva.
Conta-se que Albert Einstein era constantemente zombado pelos colegas por seu jeito esquisito e que Isaac Newton teve que ser retirado do colégio por sua mãe, pois tinha uma cabeça maior que a média e sempre se calava diante das ofensas e depreciações dos colegas.
Comportamento considerado normal por muitos pais e professores hoje é chamado de Bullying.
Quem nunca foi zoado ou caçoado por alguém? Seja por meio de risadinhas, empurrões, apelidos, ridicularizações ou intimidações, o Bullying, segundo Martani (2005) é um termo inglês que designa a prática de atos agressivos entre estudantes, o qual pode acarretar sérias conseqüências tais como: queda de auto-estima, suicídio e outras tragédias.
Em outras palavras, trata-se de zombaria. De acordo com o Ferreira (2005) a zombaria é uma manifestação malévola, irônica ou maliciosa, por meio do riso, palavras ou gestos, com que se ridiculariza ou expõe ao desdém uma pessoa, instituição ou atitude. É o mesmo que caçoar, malhar, fazer chacota, vaiar.
Comportamento freqüente em escolas e até mesmo em instituições de ensino superior, o desrespeito às diferenças é percebido de diversas maneiras.
Para Martani (2005) alunos são chacoteados pelos colegas o tempo todo com brincadeiras desagradáveis, fazendo com que estes não tenham a menor possibilidade de reagir ou mesmo reclamar.
Muitas vezes, pais e professores ignoram ou ralham superficialmente com o agressor, mas não percebem quando a relação agressor-vítima ou ator-alvo está passando dos limites.
A vítima pode ser qualquer pessoa tímida, fragilizada, com dificuldade ou que não teve estrutura para responder, com maturidade, à primeira chacota. Apresentar uma dificuldade; não saber como reagir a um apelido jocoso; sofrer um pequeno acidente frente à turma; apresentar um cacoete, enfim, vivenciar uma situação constrangedora diante dos colegas e não se livrar do estigma rapidamente são características preferidas para os portadores de Bullying (zombeteiros).
Por outro lado, o zombeteiro também pode ser uma vítima. Primeiro que ele vive uma relação de dependência com o zombado. Ele espera sempre que a vítima não saiba como se livrar dele com inteligência. O zombeteiro pode ser filho de pais que o criticam constantemente com zombaria. Portanto, o filho tende a reproduzir o comportamento junto aos colegas considerados fracos para se sentir aliviado. Nolte (2003) afirma que as crianças aprendem o que vivenciam. Existem também os co-zombadores: aqueles que se nutrem e se divertem com o sofrimento alheio, fazendo "coro" para a rizada.
É ainda Martani (2005) quem afirma que o empobrecimento da auto-estima tanto da vítima quanto do agressor pode causar prejuízos ao rendimento escolar, dificuldades para falar em público, inclusive evoluindo para quadros de estress, depressão, gastrite, colite, asma e distúrbios alimentares e até mesmo síndrome do pânico.
Certamente a intenção do zombeteiro é humilhar a vítima. Se este não responde com humilhação a zomba perde-se no ar.
A falta de empatia (capacidade de se colocar no lugar do outro e sentir o que ele sente) é uma característica dos portadores de Bullying. Por outro lado, o zombeteiro também precisa de ajuda, pois sofre o desprezo e a distância dos demais, enquanto não percebe que tem o problema.
Faz-se necessário um esforço coletivo de pais, professores e acadêmicos para que seja repensada toda e qualquer forma de zombaria não somente no ambiente estudantil, mas também no doméstico e social.
Afinal, respeito é bom e faz bem para a saúde.
MARTANI, S. As conseqüências do Bullying. Informativo: Leia. Goiânia, Ano I , n º 2, out/2005.
FERREIRA, AB.H.Dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.
NOLTE, D. As crianças aprendem o que vivenciam. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.
Dra. Marislei Brasileiro1
Você já se sentiu constrangido por um colega que fez uma "brincadeira" de mal gosto? Por outro lado, você é do tipo que caçoa das pessoas e não se importa com o que elas sentem, afinal é somente uma brincadeira?
Todos os dias alunos do mundo todo sofrem com um tipo de violência que vem mascarada na forma de brincadeira inofensiva.
Conta-se que Albert Einstein era constantemente zombado pelos colegas por seu jeito esquisito e que Isaac Newton teve que ser retirado do colégio por sua mãe, pois tinha uma cabeça maior que a média e sempre se calava diante das ofensas e depreciações dos colegas.
Comportamento considerado normal por muitos pais e professores hoje é chamado de Bullying.
Quem nunca foi zoado ou caçoado por alguém? Seja por meio de risadinhas, empurrões, apelidos, ridicularizações ou intimidações, o Bullying, segundo Martani (2005) é um termo inglês que designa a prática de atos agressivos entre estudantes, o qual pode acarretar sérias conseqüências tais como: queda de auto-estima, suicídio e outras tragédias.
Em outras palavras, trata-se de zombaria. De acordo com o Ferreira (2005) a zombaria é uma manifestação malévola, irônica ou maliciosa, por meio do riso, palavras ou gestos, com que se ridiculariza ou expõe ao desdém uma pessoa, instituição ou atitude. É o mesmo que caçoar, malhar, fazer chacota, vaiar.
Comportamento freqüente em escolas e até mesmo em instituições de ensino superior, o desrespeito às diferenças é percebido de diversas maneiras.
Para Martani (2005) alunos são chacoteados pelos colegas o tempo todo com brincadeiras desagradáveis, fazendo com que estes não tenham a menor possibilidade de reagir ou mesmo reclamar.
Muitas vezes, pais e professores ignoram ou ralham superficialmente com o agressor, mas não percebem quando a relação agressor-vítima ou ator-alvo está passando dos limites.
A vítima pode ser qualquer pessoa tímida, fragilizada, com dificuldade ou que não teve estrutura para responder, com maturidade, à primeira chacota. Apresentar uma dificuldade; não saber como reagir a um apelido jocoso; sofrer um pequeno acidente frente à turma; apresentar um cacoete, enfim, vivenciar uma situação constrangedora diante dos colegas e não se livrar do estigma rapidamente são características preferidas para os portadores de Bullying (zombeteiros).
Por outro lado, o zombeteiro também pode ser uma vítima. Primeiro que ele vive uma relação de dependência com o zombado. Ele espera sempre que a vítima não saiba como se livrar dele com inteligência. O zombeteiro pode ser filho de pais que o criticam constantemente com zombaria. Portanto, o filho tende a reproduzir o comportamento junto aos colegas considerados fracos para se sentir aliviado. Nolte (2003) afirma que as crianças aprendem o que vivenciam. Existem também os co-zombadores: aqueles que se nutrem e se divertem com o sofrimento alheio, fazendo "coro" para a rizada.
É ainda Martani (2005) quem afirma que o empobrecimento da auto-estima tanto da vítima quanto do agressor pode causar prejuízos ao rendimento escolar, dificuldades para falar em público, inclusive evoluindo para quadros de estress, depressão, gastrite, colite, asma e distúrbios alimentares e até mesmo síndrome do pânico.
Certamente a intenção do zombeteiro é humilhar a vítima. Se este não responde com humilhação a zomba perde-se no ar.
A falta de empatia (capacidade de se colocar no lugar do outro e sentir o que ele sente) é uma característica dos portadores de Bullying. Por outro lado, o zombeteiro também precisa de ajuda, pois sofre o desprezo e a distância dos demais, enquanto não percebe que tem o problema.
Faz-se necessário um esforço coletivo de pais, professores e acadêmicos para que seja repensada toda e qualquer forma de zombaria não somente no ambiente estudantil, mas também no doméstico e social.
Afinal, respeito é bom e faz bem para a saúde.
MARTANI, S. As conseqüências do Bullying. Informativo: Leia. Goiânia, Ano I , n º 2, out/2005.
FERREIRA, AB.H.Dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.
NOLTE, D. As crianças aprendem o que vivenciam. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.