ALICE BENEDITA DA SILVA
ALESSANDRA BENEDITA DA SILVA
ROSANA CRISTINA DO NASCIMENTO CASTILHO

VÁRZEA GRANDE, 2020.

RESUMO

A palavra bullyng tem origem inglesa e sua definição é maltratar, inibir. A escola é a instituição responsável pela educação formal

É no seu interior que os relacionamentos interpessoais e as ações de aprendizagem devem convergir para a formação de um ser humano ético, pacífico, solidário, útil para a sociedade. No entanto, neste ambiente, vem crescendo uma violência sistemática que fere os direitos, exclui, reproduz o preconceito e distância a instituição de seu propósito de formação. Essa violência chamada de bullying marca profundamente as vítimas e traz consequências graves para a sociedade.

Nas escolas não são apenas alunos vítimas de bullyng, mas professores também, que muitas vezes são perseguidos ou ameaçados moralmente. Diante disso, este trabalho aborda as questões do bullyng e o papel da escola, enquanto gerenciadora dos conflitos.

Por isso é fundamental o apoio de todo público escolar na orientação aos alunos quanto à importância de manter sempre uma relação respeitosa e harmoniosa.

O professor deve ser o gerenciador de conflitos, assim como de todo o público escolar, não só do portão pra dentro como também do portão pra fora e procurar acima de tudo estabelecer uma comunidade na qual todas as relações são respeitosas, manter uma boa relação interpessoal com todo o público escolar, pais e comunidade.

O bullyng, o preconceito ou qualquer ato de agressão tira do aluno sua estabilidade, a vontade de participar dos grupos de trabalho, das brincadeiras, enfim da seu processo normal de aprendizagem. Está nas mãos não somente do professor, como de todo o público escolar, oferecer um ambiente propício, para que todos participem de forma igualitária e se obtenham o desempenho sempre com muito respeito e harmonia.

PALAVRA CHAVE: Bullyn. Escola. Educação.


INTRODUÇÃO

O presente trabalho aborda a violência nas escolas em forma de bullyng, que é considerado atualmente um problema mundial, encontrado em qualquer escola, tanto pública quanto privada, podendo ocorrer no pátio, corredores ou até mesmo dentro da própria sala de aula. As atitudes do blullyng acarretam diversas situações negativas para os autores, as vítimas e até mesmo para as pessoas que testemunham, afetando-as na sua formação psicológica, emocional e sócio educacional.

Muitas vezes a ação do bullyng começa a partir de uma brincadeira “de mal gosto” que acaba se repetindo por várias vezes, causando várias consequências principalmente prejudicando a aprendizagem do aluno nas escolas. As brincadeiras entre as crianças ocorrem de forma natural e são saudáveis quando todos os envolvidos participam e se divertem, porém quando há sentimentos negativos e violências envolvidos já passam a ser consideradas bullyng

A palavra bullyng tem origem inglesa e sua definição é maltratar, inibir uma ou mais pessoas, colocando-as sob tensão e a agressão física ou psicológica, de forma intencional, praticada repetidamente por um aluno ou grupo de alunos sobre um colega ou grupo de alunos mais frágil e trata-se de um comportamento que assenta numa relação desigual de poder entre os intervenientes; ocorre repetidamente e de uma forma hostil e os alunos considerados alvos têm, normalmente, uma ou outra característica que os diferencia dos demais (usam óculos, são obesos, são os melhores ou os piores da turma, se vestem ou pensam de maneira diferente, entre muitos outros motivos). Entre as crianças e os jovens, o “bullying” pode assumir proporções graves e refletir-se num comportamento antissocial com consequências

muito sérias para o futuro, quer para os alunos agressores quer para os alunos agredidos.

Nas escolas não são apenas alunos vítimas de bullyng, mas professores também, que muitas vezes são perseguidos ou ameaçados moralmente. Diante disso, este trabalho aborda as questões do bullyng e o papel da escola, enquanto gerenciadora dos conflitos.

2 METODOLOGIA

O presente estudo foi realizado por meio de uma pesquisa bibliográfica de artigos científicos, revista e livros, caracterizando se este trabalho como uma pesquisa de natureza qualitativa. Foram identificados artigos e/ou trabalhos científicos relevantes, disponíveis para consulta embase de dados, tais como, scielo, google acadêmico, acervos da Faculdade Futura. As palavras: Bullyn. Escola. Educação.

Para o estudo foi realizado uma leitura exploratória dos materiais bibliográficos, logo ocorreu uma seleção do material, verificando a importância dos mesmos. O processo de leitura dos materiais foi finalizado por meio de uma leitura interpretativa objetivando a temática proposta.

3 DESENVOLVIMENTO

3.1 DEFINIÇÃO DE BULLYNG

Bulliyng é uma situação que caracteriza agressões intencionais, verbais ou físicas, realizadas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas.

Cavalcante (2004) define o fenômeno Bullying como:

Uma expressão em inglês, que não tem definição em português, que vem do termo Bully e quer dizer autor das agressões, valentão, brigão. O verbo significa ameaçar, amedrontar, tiranizar, oprimir, intimidar, maltratar e é utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica (CAVALCANTE 2004, p. 60).

Para Fante, “podemos considerar o Bullying como um fenômeno novo, porque vem sendo objeto de investigação e de estudos nas últimas décadas” (p. 29, 2005) e vem ocorrendo não só no Brasil, como em outros países mais desenvolvidos também.

Ainda de acordo com FANTE (2005), pesquisas e programas de intervenção antibullying, têm por objetivos desenvolver a valores éticos e a melhora nas relações interpessoais, estimular a amizade e preparar alunos solidários para a mediação de conflitos. E isso são intervenções desenvolvidas na escola juntamente com a comunidade escolar, pais e familiares.

A reflexão que muitos fazem é com relação ao autor do bullyng, que muitas vezes, pratica a ação pra se sentir mais poderoso e obter boa imagem de si mesmo e para isso ele acaba atingindo o colega ou os colegas com repetidas humilhações ou depreciações. Com ele, geralmente é difícil de se estabelecer um diálogo, não age com empatia e nem se preocupa com o sofrimento alheio. Parece se sentir satisfeito com a opressão do oprimido.

Os envolvidos no conflito não são apenas o autor e o alvo, mas sim as pessoas que testemunham os fatos e que não agem em defesa da vítima nem se juntam aos autores, tomando atitudes passivas, reagindo e encarando as situações, muitas vezes naturalmente.

Geralmente a vítima de bullyng costuma ser uma criança ou jovem com baixa-estima e retraído tanto na escola como no lar, pelo fato do aluno se destacar em sala de aula, mas pode também ocorrer por uma particularidade física do indivíduo. Pode ocorrer também com um novato, um menino ou menina bonita, que acaba sendo perseguido por colegas. E na maioria das vezes, a vítima não consegue reagir e por isso ocorre a repetição do ato através das provocações.

De acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia), 41,6% das vítimas nunca procuraram ajuda ou falaram sobre o problema, nem mesmo com os colegas. Em muitos casos, as vítimas acabam concordando com a agressão, somente alguns conseguem reagir demonstrando a não aceitação e buscando formas de não deixar impunes o agressor, através do auxílio de familiares e do público.

3.2 ATITUDES QUE NÃO SÃO CONSIDERADAS BULLYNG

Discussões ou brigas pontuais não são considerados bullyng. Para que seja considerado bullyng é preciso que a agressão ocorra entre pares como exemplo, colegas de classe ou de trabalho. Todo bullyng pode ser considerado uma agressão, mas nem toda agressão pode ser considerado bullyng.

De acordo com pesquisa em sites, Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional e professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), afirma que para ser dada como bullying, a agressão física ou moral deve apresentar quatro características: a intenção do autor em ferir o alvo, a repetição da agressão, a presença de um público espectador e a concordância do alvo com relação à ofensa. ''Quando o alvo supera o motivo da agressão, ele reage ou ignora, desmotivando a ação do autor'', explica a especialista.

Por isso é fundamental o apoio de todo público escolar na orientação aos alunos quanto à importância de manter sempre uma relação respeitosa e harmoniosa.

Tanto o Bullyng com agressão física ou o Bullyng com agressão moral são consideradas graves e causam danos ao alvo. A violência física é visivelmente mais grave por ter consequências imediatas, como ferimentos expostos, marcas no corpo, etc.

De acordo com Chalita (2008, p.82.) bullying direto é mais comum entre agressores meninos, a identificação deste bullying são como os xingamentos, tapas ‘‘os chamando pedalo Robinho’’, empurrões, murros, chute e apelidos ofensivos que é repetido várias vezes, já o indireto é mais comum entre meninas, caracterizado por levar a vítima ao isolamento social, as agressões como boatos cruéis, intrigas e fofoca, rumores denegrindo a imagem da vítima e de sua família.


3.3 O papel do professor enquanto gerenciador de conflitos


Na sala de aula quando o professor identifica um caso, ele precisa estar preparado sempre que surgir uma situação de bullyng em sala de aula, principalmente manter seu equilíbrio emocional, buscando uma solução imediata e

estar sempre preparado para identificar o autor ou autores da ação, os espectadores e o alvo. Manter um diálogo com os alunos é fundamental para evitar situações de agressões e incentivar sempre em sala de aula a solidariedade, a generosidade, a comunicação e o respeito mútuo.

O professor deve ser o gerenciador de conflitos, assim como de todo o público escolar, não só do portão pra dentro como também do portão pra fora e procurar acima de tudo estabelecer uma comunidade na qual todas as relações são respeitosas, manter uma boa relação interpessoal com todo o público escolar, pais e comunidade.

Em muitos casos, o professor pode sofrer outros tipos de agressão, como calúnias, injúrias ou até mesmo agressão física, mas que não é considerado bullyng, tendo em vista que para que a ação seja considerada, terá que ocorrer entre pares (como colega de classe ou de trabalho). Porém é uma situação que exige muita reflexão sobre o convívio entre membros da comunidade escolar e uma situação de agressão não deve ser considerada um problema isolado, e sim de importância para todos, com intuito de buscar uma intervenção que prevaleça o respeito em todas as situações.

De acordo com a Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia), para evitar o Bullyng é preciso adotar algumas atitudes com a finalidade de manter um ambiente saudável na escola, como:

● Conversar com os alunos e escutar atentamente reclamações ou sugestões;


● Estimular os estudantes a informar os casos;


● Reconhecer e valorizar as atitudes da garotada no combate ao problema;


● Criar com os estudantes regras de disciplina para a classe em coerência com o regimento escolar;


●Estimular lideranças positivas entre os alunos, prevenindo futuros casos;


● Interferir diretamente nos grupos, o quanto antes, para quebrar a dinâmica do bullying.

Com relação aos alunos envolvidos, a escola deve se comprometer em buscar meios de restabelecer os valores essenciais, como o respeito mútuo, principalmente respeito pelo alvo que sofreu o bullyng, e adotar medidas que buscam fortalecer a auto-estima do aluno que foi alvo da agressão, além disso, conscientizar o expectador quanto à importância de manter um bom relacionamento interpessoal.

No caso de alunos com deficiência, para evitar qualquer situação de bulliyng o fundamental é manter abertamente o diálogo sobre a questão da deficiência, cotidianamente na escola. Contra o público com deficiência, sejam elas física ou mental, em muitas situações o preconceito é trazido de casa e quando é uma situação desconhecida perante o convívio delas, mas que por meio de conscientização e de esclarecimentos o convívio se torna tranqüilo. O professor tem um papel fundamental de estabelecer limites e orientar seus alunos quanto a erradicação do bullyng e de qualquer atitude preconceituosa. O bullyng, o preconceito ou qualquer ato de agressão tira do aluno sua estabilidade, a vontade de participar dos grupos de trabalho, das brincadeiras, enfim da seu processo normal de aprendizagem. Está nas mãos não somente do professor, como de todo o público escolar, oferecer um ambiente propício, para que todos participem de forma igualitária e se obtenham o desempenho sempre com muito respeito e harmonia.

É fundamental estabelecer um vínculo entre escola e pais de alunos, que devem participar ativamente da vida escolar de seus filhos. E inteirar-lhes sempre sobre todo e qualquer acontecimento dentro da escola. É papel dos educadores sempre dialogar com os pais sobre os conflitos ocorridos na escola, seja com seu filho ou não, pois caso o filho seja vítima precisa de uma intervenção e apoio psicológico

. Em casos extremos, a escola deve demonstrar total intolerância quanto qualquer ação de bullyng ou qualquer tipo de conduta agressiva e esclarecer sempre o por que. Os educadores não devem apontar ou acusar os autores das ações e sim estabelecer conversas em conjunto com todos os envolvidos.

Entre crianças menores é muito comum ocorrer brigas, principalmente para ganhar atenção do professor. E quando houver intenção de ferir ou humilhar o coleguinha várias vez, repetidamente, pode ser considerado bullyng também. Para lidar com bullyng na educação infantil a escola precisa estabelecer princípios, que independente da faixa etária tenham que respeitar.


3.4 AS CONSEQÜÊNCIAS DO BULLYNG E O PAPEL DA ESCOLA


Todos nós, sociedade desejamos que a escola seja um ambiente seguro e saudável, para que crianças e adolescentes possam desenvolver suas potencialidades, intelectuais e sociais, evitando, ao máximo, que sejam vítimas de violência.

Quando se fala em violência escolar, logo vem à mente uma cena de agressão física de um aluno a outro, mas há também intimidações psicológicas que acontecem praticamente todos os dias, em quase todas as escolas onde alunos do mundo todo sofrem com a violência que vem mascarada na forma de brincadeira que, há alguns anos, era considerada inofensiva e que se manifestam desde a educação infantil até aos ciclos escolares mais avançados.

A violência na escola é uma preocupação constante de pais e educadores, pois a escola vem enfrentando esse fenômeno cada vez mais na atualidade. De acordo com Rodrigues (2004), afirma:


Violência é definida, como um ato de constrangimento físico ou moral, relacionado às diversas modalidades, intensidade, duração e gravidade devido a fatores externos e internos como, em casa, a violência familiar, a exclusão social, o tráfico, a grave crise de segurança, a dificuldade de aprendizagem e outros, que refletem diretamente na escola. (2004, p. 957).


Percebe-se então que a educação familiar e os sentimentos que os pais transmitem aos seus filhos são de muito valia na formação do indivíduo, e a escola não é mais um ambiente onde só se aprende conteúdos e que se tem controle da disciplina em sala de aula, há outros problemas que estão fugindo do alcance dos professores. A escola também está sendo palco de práticas de violência que podem ser reflexo de atitudes que o indivíduo vivencia em sua vida social, ou seja, no lar e em outros ambientes no qual convive, onde ele recebe as primeiras lições de valores éticos e de moralidade que deveriam colaborar para suas escolhas futuras e interferir diretamente no seu modo de agir.

Fante (2005) enfatiza que,


Dos ciclos iniciais (jardins e pré-escola) até a 4ª série, as condutas bullying tornam-se mais perceptíveis, facilitando ao professor a identificação das vítimas e dos agressores na classe. Nesse período, o pátio do recreio é o local onde ocorre a maior incidência de maustratos (FANTE 2005, p. 63).


Nos primeiros anos de que a criança vem à escola é possível que o professor perceba as atitudes das crianças e possam intervir para que esses alunos não pratiquem o bullyng, assim orientando e se preciso conversando com os familiares para que as ajudem no combate a esse mal que futuramente pode trazer consequências sérias.


Atualmente, as escolas colocam muros, grades altas e câmera de circuitos fechados para se protegerem do perigo externo, mas, o que de fato precisam é se preocupar com o que as crianças trazem em termos de educação, pois é essa a chave da questão, escola e família devem estar de mãos dadas para prevenir casos de violência na escola.


De acordo com a Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (ABRAPIA), o primeiro a relacionar a palavra Bullying ao fenômeno foi Dan Olweus, professor da Universidade da Noruega, ao pesquisar as tendências suicidas entre adolescentes, Olweus descobriu que a maioria desses jovens tinha sofrido algum tipo de ameaça e que, portanto, era um mal a combater.

Neste sentido, Fante (2005, p. 82) adverte que


Especialistas e educadores de todo mundo, com o apoio de instituições públicas e privadas, têm proposto às autoridades educacionais a criação de programas especiais de combate e prevenção ao bullying nas escolas. Diversas pesquisas e programas de intervenção antibullying vêm se desenvolvendo na Europa e na América do Norte, visando principalmente conscientizar toda a comunidade escolar sobre o fenômeno e sensibilizá-la sobre a importância do apoio às vítimas, buscando encaminhá-las para tratamentos clínicos, encorajá-los à denúncia, além de fazer com que se sintam protegidas.


A escola e a família são consideradas contribuintes e definidores do desenrolar saudável ou do fracasso da aprendizagem. Para desenvolver no sujeito uma motivação para o saber, os educadores possuem grande relevância no estímulo a um processo de aprendizagem fluido e sua conduta, sua postura, seu exemplo, sua maneira de lidar com o sujeito, com o objeto de conhecimento e com a forma de

circulação do saber. E quando tudo isso ocorre de forma adversa, o aluno pode desenvolver bloqueios que impeçam que sua aprendizagem se processe corretamente.

Muitos conflitos existentes em sala de aula poderão ser superados a partir do momento que conseguirem estabelecer uma relação escola e família e um acordo na forma como irão educar suas crianças e adolescentes. Mas para isso acontecer é necessária uma participação ativa da família na vida escolar de seus filhos.

A parceria entre professores e pai, por reuniões simples e organizadas onde é permitido aos pais falarem e opinarem sobre os mais variados assuntos, é fundamental na busca de entender melhor filhos/alunos.

O papel do psicopedagogo, ao receber um sujeito com queixa de dificuldade de aprendizagem, seja encaminhado pela escola, por outro profissional, pelos pais ou por iniciativa do próprio aluno, inicia um processo diagnóstico para investigação da causa do problema. E quando se depara com a situação do bullyng, deve buscar uma intervenção imediata junto com todo o público escolar e familiares para que o aluno não seja prejudicado no processo de aprendizagem e convivência em comunidade.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

A intervenção da escola no combate ao bullyng é fundamental, principalmente após tragédias já ocorridas em consequência desse ato, muitas vezes na própria escola, conforme acompanhamos na mídia.

Nem sempre é possível às escolas identificar todas as características do bullyng e os envolvidos, por se tratar de uma violência repetitiva e intencionalmente, que em certas situações aparecem um pouco escondidas em atitudes consideradas pequenas, mas que acabam comprometendo o desempenho do aluno. Em muitos casos, a vítima permanece calada, se isola com medo de expor a situação, ficando presas a tal violência sofrendo as consequências.

É essencial a identificação dos casos de bullyng através dos comportamentos dos alunos, porém cabe também aos professores conhecer a dinâmica familiar do aluno e criar medidas de envolvê-los num trabalho conjunto a escola com o dever de contribuir no processo de mudanças de ideais, comportamentos, valores e condutas que devem ser adotadas para evitar ou tratar de tal situação. Os alunos evitam expor, diversas vezes, o problema aos profissionais da educação, por motivo de

insegurança e por pensar que nada podem fazer para ajudá-lo. Por isso os professores, assim como todo o grupo escolar devem conversar sempre com as crianças envolvidas no bullyng sem antagonizá-las, fazendo com que uma entenda a perspectiva da outra

. O bullyng é considerado atualmente um dos principais causadores de problemas na aprendizagem, fazendo com que a vítima se sinta desmotivada a aprender e participar das atividades em sala de aula.

Não sobram dúvidas de que o fenômeno bullying é capaz de acarretar prejuízo na aprendizagem daqueles que nele estão envolvidos, comprometendo não apenas o campo do conhecimento como também a convivência com os demais colegas, com isso é necessário que outros profissionais intervenham, além do psicopedagogo, a fim de resgatar os demais desejos perdidos do sujeito, sendo o combate ao bullyng considerado um trabalho em equipe, onde cada um deve compreender da sua forma mais eficaz.

REFERÊNCIAS


BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Brasília/DF, MEC, 1998.


CHALITA, Gabriel. A pedagogia da amizade-bullying: o sofrimento das vítimas e dos agressores. São Paulo: Editora Gente, 2008.p.85.


CAVALCANTE, Meire. Como lidar com brincadeiras que machucam a alma. Revista Nova Escola. São Paulo. ed. n. 178, p. 58-61. Dez. 2004.


FANTE, Cleodelice A. Zonato. Fenômeno Bullying: Estratégia de intervenção e prevenção da violência entre escolares. São José do Rio Preto: Ativa, 2003.

______. Fenômeno Bullying: Como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. 2. ed. Campinas: Verus, 2005.


MARCONI, M. de A; LAKATOS, E. M. Fundamentos da metodologia científica. 7.ª Edição. São Paulo, Editora Atlas S.A., 2010.


RODRIGUES, Diego; NUNO, Fernando; RAGGIOTTI, Naiara. Dicionário ilustrado da Língua Portuguesa. São Paulo: Larousse do Brasil, 2004.


UDEMO. Revista do projeto pedagógico: Orientação aos gestores das unidades escolares. Bullying Escolar: O outro lado da escola. Disponível em: http://www.udemo.org.br/RevistaPP_04_06Bullyng.htm Acesso 10/11/2020. 14


Na Escola. Bullyng na educação infantil: ele existe e pode ser evitado. Disponível em: http://naescola.eduqa.me/desenvolvimento-infantil/bullying-na-educacao-infantil-ele-existe-e-pode-ser-evitado/ Acesso 10/11/2020.