Bullying nas Escolas
Por Talhita Cavalcante Rabelo | 10/04/2011 | Psicologia
BULLYING NAS ESCOLAS
Talhita Cavalcante Rabelo*
RESUMO
O presente artigo traz uma avaliação sobre o que acontece nas escolas quando o assunto é o Bullying, com o objetivo de conhecer o discurso do sujeito coletivo de alunos e um professor da rede de ensino fundamental. Foi observado que esse tipo de violência acontece todos os dias e em qualquer interferência séria.
Essa pesquisa será qualitativa onde será utilizado o Discurso do Sujeito Coletivo com o uso de entrevista com questões abertas.
Este é um tema pouco conhecido no Ceará, mais especificamente no Sertão Central e ainda pouco explorado pelos estudiosos.
PALAVRAS-CHAVE: Bullying, escolas, violência.
*Graduanda do 10º semestre de Psicologia
Faculdade Católica Rainha do Sertão de Quixadá, CE.
Cursando a Disciplina de Dinâmica de Grupo na Escola.
E-mail: litacrazy10@hotmail.com
INTRODUÇÃO
A maioria das pessoas vira ou já sofrera algum tipo de agressão física ou psicológica na escola, mas não sabem da origem, disseminação e das causas desse tipo de violência. Também foge do conhecimento que tal prática chama-se BULLYING. Apesar de este termo ser um tanto recente o fenômeno em si é bastante antigo.
Esse tipo de violência acontece em quase todos os lugares e na maioria das escolas, sejam elas públicas ou privadas, tendo conseqüências devastadoras: jovens são humilhados e agredidos quase sempre sem motivo aparente ou por alguma característica pessoal (gordinho, baixo, alto, magro) e sofrem silenciosamente sem coragem para revidar de seus agressores. Em casos mais extremos alguns por não agüentar tanta humilhação acabam por sofrer de problemas psicológicos graves. Outros chegam a fazer o extremo na tentativa de acabar com essa rotina: agridem ou matam seus agressores ou cometem suicídio.
O objetivo de pesquisa é conhecer o discurso do sujeito coletivo de professores e alunos, inclusive de um ex-agressor (ex-bullie) que relata as causas que o levaram a cometer tal prática.
Essa pesquisa será qualitativa onde será utilizado o Discurso do Sujeito Coletivo com o uso de entrevista com questões abertas.
Este é um tema pouco conhecido no Ceará, mais especificamente no Sertão Central e ainda pouco explorado pelos estudiosos.
É necessário também alertar pais, professores e alunos a conhecer melhor o comportamento de crianças e adolescentes através de suas atitudes na fase escolar para evitar assim que tanto a violência verbal e física aconteça, prevenindo esse abuso que cada vez ganha mais espaço nas escolas do mundo inteiro.
METODOLOGIA
Como forma de pesquisa será utilizado o Discurso do Sujeito Coletivo, método criado pelos professores Fernando Lefevre e Ana Maria Lefevre da Univerdade de São Paulo (USP).
A técnica é feita em pesquisas de opinião qualitativa que consiste na coleta de dados. O pesquisador entrevista vários indivíduos sobre determinado tema e logo em seguida analisa o material coletado extraindo de cada depoimento as ideias centrais, ancoragem e expressões-chave.
As ideias centrais são como o nome já diz: o sentido do discurso, a descrição objetiva do sentido central de cada discurso.
As expressões-chave é a revelação da essência do depoimento, são pedaços de discursos da ideia central que devem ser destacados, já a ancoragem é usada para enquadrar uma situação específica.
O Discurso do Sujeito Coletivo é o enquadramento de uma situação que apresenta uma ideologia específica, ou seja, pega-se os depoimentos e os transforma em um só contexto de modo que fique homogêneo.
Resumindo, o discurso do sujeito coletivo foi criado para um grupo de pessoas falar como se fosse apenas um só individuo.
A ESOLHA DOS SUJEITOS DE PESQUISA E O LOCAL
A entrevista feita com três questões abertas realizada na Escola Municipal de Ensino Fundamental D. Luiza Távora localizada no município de Quixeramobim (260 km de Fortaleza) foi devidamente gravada apenas com áudio com a autorização da direção escolar. Contando com o depoimento de seis alunos e um professor no dia 02 de junho de 2010. As idades dos alunos variam de 12 a 21 anos sendo que cinco meninos e uma menina.
PROCEDIMENTOS
Uma entrevista com três questões abertas realizada na própria escola. Os dados serão coletados e organizados a partir de pré-supostos da metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo.
BULLYING
Determinado aluno, cansado de sofrer agressões todos os dias na escola resolve depois de um tempo acabar com tudo aquilo definitivamente: suicida-se na frente de 30 colegas e da professora de inglês. Ficção ou realidade? Infelizmente esse fato aconteceu no Texas, Estados Unidos e a vítima de bullying em questão chamava-se Jeremy Wade Delle de apenas 15 anos. Fatos com este tema estão acontecendo cada vez mais no mundo inteiro tendo conseqüências trágicas.
Faça o seguinte teste: em qualquer site de pesquisa escreva "Casos de Bullying". O que será visto são centenas de crianças e adolescentes com suas histórias de morte: suicídio e/ou massacres escolares.
Estudos recentes mostram que 7% a 35% das crianças em idade escolar sofrem com o bullying.
Perguntamo-nos então qual seria a solução e como identificar tais atos de violência entre os alunos. A princípio, identificar pode ser o mais difícil, pois muitas vezes não se percebe até onde é brincadeira. Geralmente os agressores (bullies) disfarçam toda a humilhação que cometem como sendo inofensivas e as vítimas com receio de reagir confirmam essa versão.
O primeiro a estudar sobre este fenômeno foi Dan Olweus, um cientista sueco que trabalhou durante muito tempo na Noruega. Para ele o bullying se define em categorias: Comportamento agressivo e negativo; Comportamento executado repetidas vezes; Ocorre quando há o desequilíbrio de poder de uma das partes envolvidas.
O bullying pode ser tanto direto quando indireto. A forma direta é mais comum em pessoas do sexo masculino por ser uma maneira bem mais agressiva de persuadir a vitima, e as mesmas utilizam de socos, pontapés, beliscões, empurrões, chacotas e humilhação pública constante. Já o bullying indireto é bem mais peculiar para o sexo feminino, onde são espalhados de formas mais "sutis" comentários maldosos sobre a vítima, criticas relacionada ao seu modo de ser, vestir, falar, andar. Nesse tipo de violência é caracterizada também a intimidação de outras pessoas que estão ou desejam estar com a vítima, provocando assim o isolamento social escolar da mesma. È bem mais freqüente para meninas utilizar a internet para denegrir a imagem da vítima, com comentários falsos, humilhação, etc. É o chamado Cyberbullying.
O bullying é considerado ato ilícito, ou seja, está caracterizado pelo descumprimento de um contrato ou por uma ação ou omissão extracontratual. No Novo Código Civil, o Artigo 186 é determinante:
"Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito."
Os agressores geralmente utilizam de combinação de intimidação e humilhação constantes para que a vítima fique atordoada. Estão abaixo alguns exemplos técnicos de bullying:
· Acusar a vítima de não servir para absolutamente nada;
· Expressões ameaçadoras;
· Depreciar a família, o lugar de onde mora, as roupas, religião, opção sexual, etnia, aparência;
· Espalhar rumores negativos;
· Danificar, furtar, destruir qualquer bem pessoal da vítima (livros, roupa, etc);
· Chantagem;
· Ofensas indiretas ou diretas na frente de uma quantidade significativa de pessoas onde a vítima esteja presente;
· Armar situações para que a vítima seja culpada de determinado caso, para que fique com pontos negativos na escola e/ou direção;
· Fazer com que a vítima faça o que ela não quer;
· Isolamento social;
· Praticar o Cyberbullying (criar páginas falsas sobre a vítima em sites de relacionamentos ou ofender a mesma com calúnias).
RESULTADOS
Serão apresentados resultados quali-quantitativos, sendo os resultados qualitativos apresentados sob a forma de DSCs, e os quantitativos sob a forma de gráfico. Da avaliação, como um todo, foram selecionados DSCs considerados os mais significativos.
Resultados qualitativos dos agressores:
Ideias Centrais
A. Alunos agredidos são ameaçados.
B. Alunos agressores sentiam pena de suas vítimas, mas ainda sim, faziam sabendo que aquilo é errado.
C. Alunos que batem também são agredidos gerando assim um círculo vicioso de vingança costumeira.
Resultados qualitativos das vítimas:
Ideias Centrais
As vítimas em questão não sabiam por que eram agredidas.
Os pais sabiam do ocorrido, mas não faziam nada para que aquilo fosse impedido.
Certos professores apoiavam o Bullying que era direcionado para determinado aluno.
Resultados qualitativos do professor:
Ideias Centrais
A violência dentro da sala de aula já virou rotina.
Professores com uma quantidade excessiva de alunos dentro de sala de aula dificultam o ensino e a educação.
Família tem culpa se possui um membro agressor;
Mandar para a direção o aluno que agride não o melhora em nada, pelo contrário, o mesmo retorna para o convívio dos colegas mais agressivo.
Posição social (rico, pobre) não seria o motivo certo para que a violência na escola existisse.
CONCLUSÃO
Pode?se dizer que de uma maneira geral os alunos entrevistados convivem com uma rotina de violência física e verbal intensa, que na sua maioria é adquirido dentro de casa, na escola ou no lugar onde moram. Crianças que agridem com frieza, determinação poderão ser potencialmente adultos violentos. Já aquelas que sofrem agressões, poderão vir a se tornar adultos com a estima baixa, inseguros e temerosos.
Foi percebido com a entrevista que os alunos-vítimas não tinham nenhuma peculiaridade a não ser a visível timidez e insegurança.
Foi notada também a falta de estrutura na escola para combater este mal em um ambiente que deveria ser de acolhimento e segurança, tornou-se apenas mais uma armadilha para àqueles que sofrem.
Bullying é uma violência silenciosa e devastadora, pois agride o psicológico das pessoas. É uma lástima que ainda exista nos dias de hoje mesmo com a divulgação pela internet e televisão. E infelizmente não há uma data determinante que finalize tal fato.
Deve-se sempre haver campanhas e incentivos para a banalização do mesmo. Quantas pessoas precisão morrer e matar para que famílias e governantes façam algo?
A metodologia ajudou a identificar os reais e mais importantes pontos das entrevistas, deve-se destacar que a metodologia de análise quali-quantitativa (Lefèvre & Lefèvre, 2003) proposta mostrou-se um instrumento valioso para a geração dos dados obtidos na pesquisa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
? INSTITUTO de Pesquisa do Discurso do Sujeito Coletivo. Disponível em: http://www.ipdsc.com.br;
? LEFÈVRE, F.; LEFÈVRE, A. M. C. O discurso do sujeito coletivo: um novo enfoque em pesquisa qualitativa (desdobramentos). Caxias do Sul: UDUCS, 2005. 256p. (Coleção Diálogos);
Talhita Cavalcante Rabelo*
RESUMO
O presente artigo traz uma avaliação sobre o que acontece nas escolas quando o assunto é o Bullying, com o objetivo de conhecer o discurso do sujeito coletivo de alunos e um professor da rede de ensino fundamental. Foi observado que esse tipo de violência acontece todos os dias e em qualquer interferência séria.
Essa pesquisa será qualitativa onde será utilizado o Discurso do Sujeito Coletivo com o uso de entrevista com questões abertas.
Este é um tema pouco conhecido no Ceará, mais especificamente no Sertão Central e ainda pouco explorado pelos estudiosos.
PALAVRAS-CHAVE: Bullying, escolas, violência.
*Graduanda do 10º semestre de Psicologia
Faculdade Católica Rainha do Sertão de Quixadá, CE.
Cursando a Disciplina de Dinâmica de Grupo na Escola.
E-mail: litacrazy10@hotmail.com
INTRODUÇÃO
A maioria das pessoas vira ou já sofrera algum tipo de agressão física ou psicológica na escola, mas não sabem da origem, disseminação e das causas desse tipo de violência. Também foge do conhecimento que tal prática chama-se BULLYING. Apesar de este termo ser um tanto recente o fenômeno em si é bastante antigo.
Esse tipo de violência acontece em quase todos os lugares e na maioria das escolas, sejam elas públicas ou privadas, tendo conseqüências devastadoras: jovens são humilhados e agredidos quase sempre sem motivo aparente ou por alguma característica pessoal (gordinho, baixo, alto, magro) e sofrem silenciosamente sem coragem para revidar de seus agressores. Em casos mais extremos alguns por não agüentar tanta humilhação acabam por sofrer de problemas psicológicos graves. Outros chegam a fazer o extremo na tentativa de acabar com essa rotina: agridem ou matam seus agressores ou cometem suicídio.
O objetivo de pesquisa é conhecer o discurso do sujeito coletivo de professores e alunos, inclusive de um ex-agressor (ex-bullie) que relata as causas que o levaram a cometer tal prática.
Essa pesquisa será qualitativa onde será utilizado o Discurso do Sujeito Coletivo com o uso de entrevista com questões abertas.
Este é um tema pouco conhecido no Ceará, mais especificamente no Sertão Central e ainda pouco explorado pelos estudiosos.
É necessário também alertar pais, professores e alunos a conhecer melhor o comportamento de crianças e adolescentes através de suas atitudes na fase escolar para evitar assim que tanto a violência verbal e física aconteça, prevenindo esse abuso que cada vez ganha mais espaço nas escolas do mundo inteiro.
METODOLOGIA
Como forma de pesquisa será utilizado o Discurso do Sujeito Coletivo, método criado pelos professores Fernando Lefevre e Ana Maria Lefevre da Univerdade de São Paulo (USP).
A técnica é feita em pesquisas de opinião qualitativa que consiste na coleta de dados. O pesquisador entrevista vários indivíduos sobre determinado tema e logo em seguida analisa o material coletado extraindo de cada depoimento as ideias centrais, ancoragem e expressões-chave.
As ideias centrais são como o nome já diz: o sentido do discurso, a descrição objetiva do sentido central de cada discurso.
As expressões-chave é a revelação da essência do depoimento, são pedaços de discursos da ideia central que devem ser destacados, já a ancoragem é usada para enquadrar uma situação específica.
O Discurso do Sujeito Coletivo é o enquadramento de uma situação que apresenta uma ideologia específica, ou seja, pega-se os depoimentos e os transforma em um só contexto de modo que fique homogêneo.
Resumindo, o discurso do sujeito coletivo foi criado para um grupo de pessoas falar como se fosse apenas um só individuo.
A ESOLHA DOS SUJEITOS DE PESQUISA E O LOCAL
A entrevista feita com três questões abertas realizada na Escola Municipal de Ensino Fundamental D. Luiza Távora localizada no município de Quixeramobim (260 km de Fortaleza) foi devidamente gravada apenas com áudio com a autorização da direção escolar. Contando com o depoimento de seis alunos e um professor no dia 02 de junho de 2010. As idades dos alunos variam de 12 a 21 anos sendo que cinco meninos e uma menina.
PROCEDIMENTOS
Uma entrevista com três questões abertas realizada na própria escola. Os dados serão coletados e organizados a partir de pré-supostos da metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo.
BULLYING
Determinado aluno, cansado de sofrer agressões todos os dias na escola resolve depois de um tempo acabar com tudo aquilo definitivamente: suicida-se na frente de 30 colegas e da professora de inglês. Ficção ou realidade? Infelizmente esse fato aconteceu no Texas, Estados Unidos e a vítima de bullying em questão chamava-se Jeremy Wade Delle de apenas 15 anos. Fatos com este tema estão acontecendo cada vez mais no mundo inteiro tendo conseqüências trágicas.
Faça o seguinte teste: em qualquer site de pesquisa escreva "Casos de Bullying". O que será visto são centenas de crianças e adolescentes com suas histórias de morte: suicídio e/ou massacres escolares.
Estudos recentes mostram que 7% a 35% das crianças em idade escolar sofrem com o bullying.
Perguntamo-nos então qual seria a solução e como identificar tais atos de violência entre os alunos. A princípio, identificar pode ser o mais difícil, pois muitas vezes não se percebe até onde é brincadeira. Geralmente os agressores (bullies) disfarçam toda a humilhação que cometem como sendo inofensivas e as vítimas com receio de reagir confirmam essa versão.
O primeiro a estudar sobre este fenômeno foi Dan Olweus, um cientista sueco que trabalhou durante muito tempo na Noruega. Para ele o bullying se define em categorias: Comportamento agressivo e negativo; Comportamento executado repetidas vezes; Ocorre quando há o desequilíbrio de poder de uma das partes envolvidas.
O bullying pode ser tanto direto quando indireto. A forma direta é mais comum em pessoas do sexo masculino por ser uma maneira bem mais agressiva de persuadir a vitima, e as mesmas utilizam de socos, pontapés, beliscões, empurrões, chacotas e humilhação pública constante. Já o bullying indireto é bem mais peculiar para o sexo feminino, onde são espalhados de formas mais "sutis" comentários maldosos sobre a vítima, criticas relacionada ao seu modo de ser, vestir, falar, andar. Nesse tipo de violência é caracterizada também a intimidação de outras pessoas que estão ou desejam estar com a vítima, provocando assim o isolamento social escolar da mesma. È bem mais freqüente para meninas utilizar a internet para denegrir a imagem da vítima, com comentários falsos, humilhação, etc. É o chamado Cyberbullying.
O bullying é considerado ato ilícito, ou seja, está caracterizado pelo descumprimento de um contrato ou por uma ação ou omissão extracontratual. No Novo Código Civil, o Artigo 186 é determinante:
"Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito."
Os agressores geralmente utilizam de combinação de intimidação e humilhação constantes para que a vítima fique atordoada. Estão abaixo alguns exemplos técnicos de bullying:
· Acusar a vítima de não servir para absolutamente nada;
· Expressões ameaçadoras;
· Depreciar a família, o lugar de onde mora, as roupas, religião, opção sexual, etnia, aparência;
· Espalhar rumores negativos;
· Danificar, furtar, destruir qualquer bem pessoal da vítima (livros, roupa, etc);
· Chantagem;
· Ofensas indiretas ou diretas na frente de uma quantidade significativa de pessoas onde a vítima esteja presente;
· Armar situações para que a vítima seja culpada de determinado caso, para que fique com pontos negativos na escola e/ou direção;
· Fazer com que a vítima faça o que ela não quer;
· Isolamento social;
· Praticar o Cyberbullying (criar páginas falsas sobre a vítima em sites de relacionamentos ou ofender a mesma com calúnias).
RESULTADOS
Serão apresentados resultados quali-quantitativos, sendo os resultados qualitativos apresentados sob a forma de DSCs, e os quantitativos sob a forma de gráfico. Da avaliação, como um todo, foram selecionados DSCs considerados os mais significativos.
Resultados qualitativos dos agressores:
Ideias Centrais
A. Alunos agredidos são ameaçados.
B. Alunos agressores sentiam pena de suas vítimas, mas ainda sim, faziam sabendo que aquilo é errado.
C. Alunos que batem também são agredidos gerando assim um círculo vicioso de vingança costumeira.
Resultados qualitativos das vítimas:
Ideias Centrais
As vítimas em questão não sabiam por que eram agredidas.
Os pais sabiam do ocorrido, mas não faziam nada para que aquilo fosse impedido.
Certos professores apoiavam o Bullying que era direcionado para determinado aluno.
Resultados qualitativos do professor:
Ideias Centrais
A violência dentro da sala de aula já virou rotina.
Professores com uma quantidade excessiva de alunos dentro de sala de aula dificultam o ensino e a educação.
Família tem culpa se possui um membro agressor;
Mandar para a direção o aluno que agride não o melhora em nada, pelo contrário, o mesmo retorna para o convívio dos colegas mais agressivo.
Posição social (rico, pobre) não seria o motivo certo para que a violência na escola existisse.
CONCLUSÃO
Pode?se dizer que de uma maneira geral os alunos entrevistados convivem com uma rotina de violência física e verbal intensa, que na sua maioria é adquirido dentro de casa, na escola ou no lugar onde moram. Crianças que agridem com frieza, determinação poderão ser potencialmente adultos violentos. Já aquelas que sofrem agressões, poderão vir a se tornar adultos com a estima baixa, inseguros e temerosos.
Foi percebido com a entrevista que os alunos-vítimas não tinham nenhuma peculiaridade a não ser a visível timidez e insegurança.
Foi notada também a falta de estrutura na escola para combater este mal em um ambiente que deveria ser de acolhimento e segurança, tornou-se apenas mais uma armadilha para àqueles que sofrem.
Bullying é uma violência silenciosa e devastadora, pois agride o psicológico das pessoas. É uma lástima que ainda exista nos dias de hoje mesmo com a divulgação pela internet e televisão. E infelizmente não há uma data determinante que finalize tal fato.
Deve-se sempre haver campanhas e incentivos para a banalização do mesmo. Quantas pessoas precisão morrer e matar para que famílias e governantes façam algo?
A metodologia ajudou a identificar os reais e mais importantes pontos das entrevistas, deve-se destacar que a metodologia de análise quali-quantitativa (Lefèvre & Lefèvre, 2003) proposta mostrou-se um instrumento valioso para a geração dos dados obtidos na pesquisa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
? INSTITUTO de Pesquisa do Discurso do Sujeito Coletivo. Disponível em: http://www.ipdsc.com.br;
? LEFÈVRE, F.; LEFÈVRE, A. M. C. O discurso do sujeito coletivo: um novo enfoque em pesquisa qualitativa (desdobramentos). Caxias do Sul: UDUCS, 2005. 256p. (Coleção Diálogos);