BARBOSA, Jamária Pereira

RESUMO

Tendo em vista que o bullying é um dos maiores problemas que se enfrenta na atualidade nas escolas e consequentemente para suas famílias e sociedade. O presente trabalho visa demonstrar o quanto o bullying é nocivo a saúde física e mental de quem é vítima, assim também de o pratica, criando um ambiente de total desconforto para a comunidade envolvida, e ajudando na identificação de possíveis práticas do mesmo. O opressor busca sempre menosprezar sua “presa”, ressaltando para que todos vejam seus defeitos e fraquezas, sendo assim, a escola deve estar sempre atenta a situações desta natureza, sabendo distinguir o bullying de outras atrocidades e usando sua total autonomia para a solução do problema e se necessário pedir intervenção estatal, pois ao sofrer estes transtornos emocionais – vítima -, poderá vir a se vingar de seu opressor ou até mesmo tirar sua própria vida, uma vez que não há soluções milagrosas para a extinção do problema, tanto na escola quanto na sociedade apenas sua amenização, cabendo aos pais educarem seus para que não se sintam superiores aos demais colegas, dando a eles limites desde pequenos, jamais aceitando suas birras como algo comum devido à ausência por trabalharem fora durante o dia, evitando dessa maneira futuros opressores. Este trabalho teve como base pesquisas bibliográficas realizadas em diversos sites de pesquisas de diferentes autores relacionado ao tema, agregando valores plausíveis acerca do tema aqui discutido, suas consequências e possíveis soluções para um melhor convívio em sociedade.

PALAVRAS – CHAVE: Identificação. Autonomia. Solução.

A presente pesquisa relata sobre a contribuição à discussão sobre a violência escolar que vem sendo frequente, com propostas que converge teoria num pensamento de educar, propondo ações que venham a combater a violência escolar, diagnosticando o problema que envolve a criança e intervindo no mesmo para que haja uma convivência social segura.  Esta pesquisa é de cunho exploratória, possibilitando uma relação de qualidade com o tema em questão, mediante informações verídicas, retiradas de livros e artigos confiáveis disponibilizados na internet para eventuais pesquisas relacionadas ao tema.

Tendo em vista uma boa organização para com o tema gerado, sendo indutivas nas verdades mais particulares das leis e teorias gerais que abrange a importância do combate ao bullying nas escolas e na sociedade, fazendo com que o mesmo venha ser útil para os profissionais da educação ampliando seus conhecimentos em relação ao bullying escolar.

  Este documento inclui a seguinte técnica de pesquisa: documentação indireta e pesquisa bibliográfica através de autores de livros e artigos, podendo ser encontrados em diversos sites.

O bullying é conhecido por várias agressões, sendo elas repetidamente e propositalmente adotadas por um ou mais indivíduos contra outros em uma relação desigual de poder. As vítimas em geral, são aquelas que possuem dificuldades de aprendizagem ou algum aspecto físico que permite a hostilização do ser em si, tanto na escola quanto na sociedade.

Bullying vem da palavra inglesa bully que significar oprimir, ameaçar, intimidar. O bullying no Brasil é um assunto pouco discutido, devido à falta de conhecimentos e pesquisa em relação a ele, digno de total atenção da sociedade em prol de sua solução.

Em pouco tempo, o bullying passou a ser considerado e divulgado nas escolas como um ato de violência, sendo que a pratica de humilhação e desrespeito já vem ocorrendo há muito tempo atrás, o que ocorreu na realidade é que na atualidade as escolas não possuem mais o papel de disciplinadora, fazendo com que a sociedade encare essa pratica de outra maneira, tornando permissível a participação da mesma a deliberando o problema causado pelo bullying.

            A violência é um fenômeno que existe em todos lugares e principalmente nas escolas e podem-se notar suas raízes desde o início das relações das crianças na educação infantil, observando seus comportamentos e, assim, analisando as possíveis causas que as levam a tamanha agressividade contra os colegas, uma vez que este tipo de comportamento possa ser causado por falta de limites impostos pelos próprios pais para suprirem o tempo que se passa distante da criança, fazendo suas vontades ao invés de suas necessidades.

            Devido à repercussão de casos sobre bullying, surgiram diversos estudos em relação à perspectiva da educação e da psicologia em relação aos danos causados as vítimas, porém, ainda são raros os estudos na área do direito que a vítima possui, havendo poucos casos de condenação judicial por tal conduta, por existir poucas leis para o combate do bullying na sociedade em geral, fazendo com que o estado intervenha para que crianças não façam justiça com as próprias mãos.

É a ação que compreende diferentes formas de agressões em um amplo espaço de tempo, sendo ela repetidamente para com o mesmo individuo, em uma relação de maior poder, buscando sempre inferiorizar as vítimas dos ataques por serem fracas e incapazes de se auto defender dos agressores.

O bullying é algo que vem sendo praticado ao longo do tempo, não se tratando de um ato de desrespeito único, mas, um conjunto onde tem como objetivo inferiorizar uma pessoa em especifico, sendo essa violência física ou psicológica é intencionalmente repetido contra a vítima, a qual não possui agilidade para se defender dos ataques de seus opressores.

Os problemas mais comuns são: desinteresse pela escola; problemas

psicossomáticos; problemas comportamentais e psíquicos como transtorno do pânico, depressão, anorexia e bulimia fobia escolar, fobia social, ansiedade generalizada, entre outros. O bullying também pode agravar problemas preexistentes, devido ao tempo prolongado de estresse a que a vitima é submetida. Em casos mais graves, podem-se observar quadros de esquizofrenia e homicídio. (SILVA 2010. pg. 43)

A prática de bullying é muito parecida com a prática de discriminação denominada de racismo, suas vítimas são perseguidas e se tornam alvo de ações que as menosprezam diante da comunidade social. Em geral, o bullying ocorre em coletividade, onde o grupo acaba inocentando as ações do buller – como é chamada a pessoa que pratica o bullying -, no caso da coletividade o anonimato gera a ocultação da identidade do agressor, potencializando cada vez mais seu poder para com a vítima.

              A pessoa que pratica o bullying contra seu semelhante busca sempre evidenciar as marcas daquele que é diferente, decorrente da não aceitação de um ser desigual, fazendo com essa característica em particular se ressalte sobre todas as outras, as pessoas se sentem inferior que os demais.

               Para que não se confunda o bullying com outras práticas, é de suma importância que se faça uma definição desses atos acometidos, principalmente quando a mesma está ocorrendo em escolas. No âmbito escolar jamais devemos confundir que há mais bullying do que qualquer outro tipo de agressão, ou até mesmo que o bullying não exista em tal comunidade escolar, tratando-o como um pequeno problema de socialização de um referido aluno para com os demais do grupo.

As escolas públicas são consideradas pessoas jurídicas de direito público, cuja atividade de ensino corresponde à prestação de serviços públicos sob controle estatal e que visa satisfazer as necessidades essenciais da coletividade; enquanto que as escolas particulares são consideradas pessoas jurídicas as de direito privado e que restam serviços os por delegação do Estado. (ALKIMIN 2010, p.28)

             Para compreendermos melhor as consequências à prática que engloba vários atos de agressões, sendo elas físicas ou psicológicas praticadas em um longo período por uma ou mais pessoas, podem ainda ser confundidas com algumas ações criminosas, sendo possível que essas ações façam parte da conduta de bullying, não devendo jamais colocar tudo o que acontece no local sobre a rotulação de pratica de bullying.

              As vítimas de bullying geralmente apresentam comportamentos na escola como postura retraída, isolamento dos demais, ausência frequente na escola, insegurança, desinteresse por qualquer tipo de atividade, tristeza, entre outros, e já em casa apresenta queixas de dores e mal estar, irritação, pequenos furtos, mudança de humor, desculpas para faltar as aulas, ansiedade, irritação, entre outros sintomas. Já o opressor na escola age de brincadeiras de mau gosto, intimidam, perturbam, pegam objetos sem consentimento, entre outros, e em casa suas atitudes são hostis, falta de respeito, são manipuladores, usam de agressões físicas e verbais, entre outras ações inconvenientes.

Bullying no âmbito social

              A maioria dos estudiosos visa estudar os casos de bullying é um problema da sociedade  que o mesmo está inserido, fazendo com que a ocorrência extremamente elevada seja encontrada em ambientes distintos, não sendo, portanto, algo que aconteça em locais isolados.

              Por vezes o bullying acaba sendo considerado como um reflexo da sociedade, onde as mídias televisivas acabam por incentivar cada vez mais tal pratica no meio social, sendo que é problema antigo, vindo através do ódio e da discriminação para com o semelhante em tempos passados, cuja capacidade de defesa não é auto suficiente para se desvencilhar dos ataques de pessoas que se denominam superiores.

              O bullying tem como um dos maiores problemas, as pessoas que acabam aceitando as práticas dessas ações, por parte de outras pessoas, como meros espectadores ou testemunhas, vindos a lidimar o bullying, fazendo com que a vítima assuma uma postura omissa em relação aos demais.

              Com isso, percebe-se a importância das testemunhas das práticas de bullying servindo de público para o agressor, mesmo elas concordando ou não com tamanha atrocidade do mesmo o bullying é  interpretado como uma peça de teatro de longa duração e humilhante para a vítima, que possui a incapacidade de se auto defender perante todos, por medo de possíveis represálias de funcionários do ambiente. Além, de ainda de existir aquelas testemunhas que incentivam cada vez mais as atitudes do buller, e aqueles que não aprovam, mas possuem medo de vir a ser mais uma vítima do ofensor.

Nas escolas, é um fenômeno complexo, muitas vezes banalizado e

confundido com agressão e indisciplina. Exige observação atenta e

presença constante, pois, normalmente, as vítimas são aterrorizadas

em áreas da escola com pouca ou nenhuma supervisão.(CHALITA,

2008, pg.81)

              A rotina do bullying pode vir a surgir por um ou mais agressores sobre uma ou mais vítimas ao mesmo tempo, a diferenciação entre ofensores e ofendidos é algo complicado de serem resolvidas, quando são vários os envolvidos de ambos os lados, vindas a entender que são diversas as formas de bullying que pode estar ocorrendo em um mesmo ambiente, podendo até mesmo os papeis de ofensores e ofendidos serem invertidos, para assim poderem evitar a postura de submissos, quebrando parcialmente a divisão de vítima e agressor.

Políticas de combate às práticas de bullying nas escolas

              O bullying nem sempre foi considerado um problema social, mas sim como falta de disciplina escolar. Porém, há algum tempo essa visão foi modificada, fazendo com que houvesse diversas discussões para combater o bullying escolar, incluindo desde novas regras de disciplina até a divulgação para dos acontecimentos para os pais, alunos e funcionários da existência do problema na escola.

               O combate contra práticas de bullying surtira efeito quando esta for feita a fim de expor como é maléfico socialmente, tornando a socialização imprescindível, sendo assim, a escola surge como uma esfera disciplinadora, estabelecendo sanções aos casos, gerando a socialização e não praticando a omissão de seus problemas. É dever de a escola garantir e zelar da saúde física e mental de cada aluno enquanto estivem sob sua tutela.

Trata-se de um comportamento ligado à agressividade física ou verbal ou psicológica. È uma ação de transgressão individual ou de grupo, que é exercida de maneira continuada, por parte de um indivíduo ou de um grupo de jovens definidos como intimidadores nos confrontos com uma vítima predestinada (COSTANTINI, 2004, p. 69).

              Diante de tantos acontecimentos na sociedade, faz-se necessário a criminalização do bullying. A regulamentação criminal é importante para sancionar os casos de bullying que tem consequências graves. Em alguns casos o bullying possui grandes semelhanças aos casos de tortura, fazendo com que suas vítimas tenham problemas sociais e psicológicos sérios, chegando a cometerem suicídio ou até mesmo o homicídio de seus opressores.

              No caso de uma gravíssima consequência gerada pelo bullying, é preciso que a escola saia de sua regulamentação e passe a pedir intervenção do estado. Nesses casos mais graves bullying pode-se incluir como consequências homicídios, estupros, violência física, etc. No caso da criminalização do bullying, o estado deve atuar da mesma maneira que atuam em quaisquer casos de infração as leis cometidas por menores de idade.

Se pararmos para pensar, todos nós já fomos vítimas de um bully em algum momento de nossa vida. Os ‘valentões’ não estão somente nas escolas, eles podem ser encontrados em qualquer segmento da sociedade. Assim, o termo bullying pode ser adotado para explicar todo tipo de comportamento agressivo, cruel, proposital, e sistemático inerente às relações interpessoais (SILVA, 2010, p. 22).

               O bullying possui um comportamento terrível, gerados pelos reflexos de valores disseminados na nossa sociedade. Para que haja uma diminuição é necessário praticas conjunta e políticas anti-bullying com atenção voltada para as testemunhas e participantes do bullying, estimulando as denúncias e amparando as vítimas e testemunhas, informando os responsáveis e a população, promovendo a socialização das crianças na escola com a importância de se viver em uma sociedade democrática. Na escola é para estudar, fazer amigos como em todos os lugares que se juntam pessoas muitos diferentes entre si em convívio comum, como foi lidos nas bibliografias muitas vezes começa com uma piadinha pode descambar com o desrespeito, como evitar esta reação com o bullying.

3- CONSIDERAÇÕES FINAIS

            A compreensão pela vida social esclarece o processo educativo e as relações existentes entre a sociedade e a escola, devendo sempre analisar a escola como um grupo de convivência social. No entanto, o bullying deve ser ser combatido por meio de políticas públicas que visam alertar toda a sociedade para o referido problema, e propiciando total proteção as vítimas dos ataques.

            O respeito deve ser tratado desde os primeiros contatos que as crianças com a escola unindo a cidadania, a ética e a moral, criando um ambiente de boa convivência e maior desempenho no convívio social e na aprendizagem.

            Ao incentivar o respeito, a escola favorece um bom relacionamento entre alunos e funcionários da localidade, buscando manter sempre a participação da família no ambiente escolar, construindo parcerias eficientes na diminuição das condutas de bullying.

REFERÊNCIAS

A AGRESSIVIDADE NA ESCOLA – BULLYING – Um Guia Essencial Para Pais; Edição/reimpressão: 2007. Editora: Editorial Presença

ALKIMIN, Maria  Aparecida. Violência na escola: O bullying na relação aluno – professor e a responsabilidade jurídica. CONPEDI, Fortaleza, p. 281, junh. 2010.

CHALITA, Gabriel. Pedagogia da Amizade. Bullying: o sofrimento das vitimas e dos agressores. 1ª Edição. Editora Gente, 2008.

CONSTANTINI, Alessandro. Bullying, como combatê-lo?: Prevenir e enfrentar a violência entre jovens. São Paulo: Itália Nova, 2004.

SEVERINO, Antônio Joaquim, 1947 – Metodologia do trabalho cientifico / Antônio Joaquim Severino. -  23. ed. rev. E atual. – São Paulo: Cortez, 2007.

SILVA, A. B. B. Bullying: Cartilha 2010- Projeto Justiça nas Escolas Brasília, 2010.

SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Bullying: mentes perigosas nas escolas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010.

Acadêmica do curso de  Pós Graduação em Pedagogia Social e EJA, pela  Faculdade Venda Nova  do Imigrante.