Cuidar. Educar e Brincar Paradigmas Imprescindíveis na Práxis Pedagógica da Educação Infantil

Eliane Santos Rezende Michelato[1]

Fernanda Cardoso Machado[2]

Graciele Castro Silva[3]

Lidiane da Silva Xavier[4]

Nora Ney Sabino de Oliveira[5]

Raquel Santos Silva[6]

Renata Rodrigues de Arruda[7]

Resumo

Este artigo tem como objetivo compreender as concepções construídas sobre, o cuidar, educar e brincar, como paradigmas significativos na práxis pedagógica da Educação Infantil. Para tanto, a compreensão desses processos são direitos preconizados pelo RCNI, são objetos comprometedores com o desenvolvimento das diferentes áreas da criança no sentido de descobrir o tema, hoje percebi como pilares percebidos no crescimento físico motor, intelectual e social, analisamos os modos de como: o cuidar, o educar e o brincar têm sido representados na Educação Infantil. Esta pesquisa é resultado de uma revisão bibliográfica, buscou-se em artigos científicos referencias reflexões de alguns autores que trazem discussões teóricas sobre o tema. As reflexões sobre a opinião destes autores apontam, ainda, que o educar, o cuidar, o brincar são questões estas fundamentais para a compreensão do trabalho pedagógico na Educação Infantil.

Palavras-Chaves: Cuidar. Educar. Brincar. Paradigmas. Educação Infantil.

Introdução

Vários estudos mostram que o cuidar, o educar, o brincar tem privilégio o domínio do conhecimento, principalmente, quando tornam-se indispensáveis da criança pequena. Refletindo sobre isto, esta reflexão pretende demonstrar que a criança desde a mais pouca idade, ao ingressar nas creches em pré-escola necessita de atenção continua tanto do cuidar, do educar quanto o brincar.

Diante do fato de considerar a criança como paradigma do processo educativo, delineia-se o principal objetivo deste artigo, que é compreender o significado destes temas, , no contexto de aprendizagem,

Buscamos, assim, reinterpretar conhecimentos sobre o tema publicado ao apresentarem resultados satisfatórios ao concluírem que a escola como ambiente de desenvolvimento deve utilizar destas habilidades, auxiliando os práxis pedagógicos no momento da Educação Infantil, fase em que as crianças estão sendo preparadas e estimuladas para um desenvolvimento global propiciando por meio do cuidar, do educar e do brincar momentos prazerosos, criativos ao desenvolvimento do raciocínio, das linguagens, coordenação motora para a escrita e outras áreas do conhecimento.

Portanto, o artigo revelará que o cuidar, o educar e o brincar são componentes de uma práxis pedagógica que fazem toda a diferença para o seu desenvolvimento, bem como da importância que o educador deverá ter ao propor estas habilidades em sala de aula.

1. Cuidar, Educar e Brincar nos espaços de Educação Infantil

A compreensão do significado e da importância do cuidar, do educar e brincar da criança só podem ser alcançadas através dos conhecimentos cumulativos resultados das praticas pedagógicas e da cuidadosa análise das mesmas para se ter condições de fazer uma reflexão profunda sobre o assunto em pauta.

Estes três paradigmas elencados exerce o direito da criança de receber cuidados, orientações, brincar de forma livre, contribuindo de certo modo para que ele exercite e amplie suas capacidades criativas, sua afetividade e o conhecimento de si mesmo e do outro. (Costa, 2008)

É de conhecimento geral que com o passar dos anos, mudanças significativas ocorrem no espaço da Educação Infantil, conquistando a versão das políticas públicas que objetivam o melhoramento e a compreensão da necessidade de cuidar educar as crianças pequenas em um espaço organizado e com ações que favoreçam o pleno desenvolvido das habilidades (Silva,2014).

Esta preocupação é de cunho internacional, na qual a UNESCO (200), cita em seu plano de ação que todas as crianças pequenas devem ser cuidadas e educadas em ambientes seguros, favorecidos do desenvolvimento saudável, com reais possibilidade de aprender.

Acredita-se que a ação do cuidador  ultrapassa formas de impedir que a criança meta-se perigos ou inibi-la dos desafios que o propósito espaço apresenta. Por outro lado o cuidar não restringe somente em atividades de zelo. Exige por parte do educador necessidade de ouvi-las, respeitá-las, observá-las pois são tarefas que associam-se e conduzem ao cuidado integral que ajuda, o desenvolvimento infantil em suas respectivas áreas.

Neste contexto, cuidado é um processo, um modo se relacionar com alguém que envolve desenvolvimento e cresce em confiança mútua, provocando uma profunda e qualitativa transformação no relacionamento, [...] é ajudar o outro crescer e se realizar. (WALDOVT, 2004, p. 21, citado por SILVA, 2014).

Educar e cuidar constitui as preocupações básicas da Proposta Curricular desta modalidade de ensino o qual deve articular-se num contexto em que o cuidado e a educação se realizem de modo criativo e prazeroso. Pois, o cuidar é:

 

"[...] parte integrante da educação, embora exige conhecimento, habilidades e instrumentos que extrapolam a dimensão pedagógica, ou seja, cuidar de uma criança em um contexto educativo demanda integração de vários campos de conhecimentos e a cooperação de profissionais de diferentes áreas." (RCNI | Vol. I 1998, p. 24, apud Silva, 2014).

 

 

Inquestionavelmente, o cuidar requer determinados comprometimentos com as diversas áreas do desenvolvimento infantil, numa perspectiva crítica, dinâmica que conduza a criança a entender o significado de valores, respeito, solidariedade cooperação. “Estes argumentos, ou habilidades iniciam-se o processo de construção de um vinculo entre quem cuida e quem é cuidado.” (RCNI, 1998, citado por Silva, 2014). O segundo paradigma diz respeito ao ato de educar que:

 

"Significa, portanto, proporcionar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação respeito e confiança e o acesso pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural". (RCNEI, 1998 p. 23, apud ROCHA, 2008).

 

Nesse sentido o ato de educar na Educação Infantil é fazer com a criança construa o conhecimento através das interações é que surgem a aprendizagens da criança, por meio da participação, do diálogo, da criatividade, dos recursos disponíveis na construção das relações. O processo de educação destinada a esta faixa etária tem a linguagem, o brinquedo, a brincadeira como métodos utilizados pela criança que a conduz a descobrir, construir, explorar o mundo expressando-se através do corpo, do olhar, do desenho, e outros (ROCHA, 2008).

Em outras palavras, educar é então uma dinâmica que possibilita o desenvolvimento de habilidades e a potencialização de saberes a partir de um conjunto de ferramentas sócias afetivas e pedagógicas num contexto de segurança e respeito que promove o pleno desenvolvimento infantil (Silva, 2014).

O brincar é o terceiro paradigma deste estudo sobre que na Educação Infantil, é importante que a criança conviva em ambientes que possam manipular objetos, brinquedos e interagir com outras crianças e principalmente, que possam aprender, pois o brincar é uma ferramenta de comunicação que a criança dispõe. o processo de aprendizagem, pois ajuda na construção da reflexão autonomia e da criatividade (VOPIN, 2014).

Segundo o RCNEI (1998) citado por Volphi (2014) o brincar funciona como um cenário no qual as crianças tornam-se capazes não só de imitar a vida como também de transformá-la. Ao brincar, a criança cria conceito, selecionar pensamentos, e se socializar cada vez mais. É no brincar [...] que [ ] a criança [...] pode ser criativa e utilizar sua personalidade integral: e é somente sendo criativo que o individuo descobre o seu (WINNICOTT, 1975, p. 80, citado por Volphi, 2014).

O brincar para a criança não deve ser vista apenas como uma questão de divertimento, mas também de educação, construção, socialização e desenvolvimento de suas potencialidades.

Considerações Finais

Nesta reflexão, defendemos que através do cuidar, do educar e do brincar a criança pequena tem melhores condições de lidar com essa fase de desenvolvimento configuram-se como paradigmas imprescindíveis destinados ao estimulo de criatividade e agregar vários valores.

Estes paradigmas têm funções distintas no crescimento da criança, é muito mais, do que uma práxis pedagógica. São ferramentas vistas, com o mesmo valor da alimentação, do vestuário, a associalização daquilo que cada um dispõe-se sustentam o desenvolvimento sócio-cognitivo-motor de maneira harmônica e eficaz para a criança.

Referências Bibliográficas

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil /Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Vol.3. Brasília: MEC\SEF, 1998.

COSTA, Marisa Vorraber. Cartografando a gurizada da fronteira: novas subjetividades na escola. In: ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval; VEIGA-NETO, Alfredo; SOUSA FILHO, Alípio (Orgs.). Cartografias de Foucault. Belo Horizonte: Autêntica, 2008. p. 269-294.

ROCHA, E. A. C. A pesquisa em educação infantil no Brasil: trajetórias recente e perspectivas de consolidação de uma pedagogia. Campinas, 1998, 291 f. Tese (doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas.

UNESCO.  Plano nacional pela primeira  infância  (versão  resumida).  Brasília: dez./2010. Arquivo em pdf, disponível em< http://entrandonarede.varzeapaulista.sp.gov.br/wpcontent/uploads/2008/05/Plano Primeira-Infancia.pdf>. Acesso em: 05/10/2017.

WINNICOTT, D. W. O brincar e a realidade. Tradução José Otavio de Aguiar Abreu. Rio de Janeiro: Imago, 1975.