Brincadeiras livres ou dirigidas, eis a questão?
Por Raquel Rocha Drews Valadares | 26/08/2023 | Educação
Brincadeiras livres ou dirigidas, eis a questão?
Ana Ricardo Loiola Barbosa [1]
Carmelita de Almeida Mendes [2]
Gardênia de Castro Farias [3]
Noêmia Pereira De Souza [4]
Raquel Rocha Drews Valadares [5]
Sueli Aparecida Correia De Oliveira [6]
Ao falar em brincadeiras, traz-nos a memória momentos de euforia e liberdade as crianças ao brincar. Desde porque, é nesses momentos que a criança se expressa livremente, pois ao sentir-se segura e relaxada, é capaz de expressar seus mais puros sentimentos, enquanto se descobrem também através das interações em suas brincadeiras. Desse modo, é primordial que o professor tenha em mente a clareza de suas intenções pedagógicas para realização dessas atividades lúdicas. Por exemplo, se tem necessidade de conhecer mais as crianças em seus comportamentos em relação a si próprio e o mundo que estão inseridas, bem como suas particularidades. Ou ensiná-las que necessitamos de conhecer regras e obedecer a comandos quando vivemos em sociedade. Deverá conhecer os conceitos dos dois maiores e melhores meios de conduzir as brincadeiras, o livre e o dirigido, assim o presente artigo traz uma breve reflexão sobre a temática: “Brincadeiras livres ou dirigidas, eis a questão?”. Desse modo, CARVALHO, (2005), esclarece:
O brincar na teoria de Winnicott é proporcionar a criança a um ambiente afetivo e seguro, pois o brincar, a criança precisa se sentir em segurança e relaxada, respeitar a sua capacidade de criar na brincadeira; isso não significa deixar de compartilhar dessa brincadeira, que vem a enriquecê-la e não se constitua na imposição do nosso brincar sobre aquele da criança (CARVALHO, 2005, p.47).
No que se refere a brincadeira, sabe se que o lidera esse conceito é o prazer da criança em brincar. Mas, sabe se que ao surgir durante o processo de desenvolvimento dela a necessidade de conhecer melhor seus comportamentos e investigar suas atitudes, por exemplo ao professor é valido oportunizar a brincadeira livre, pois DANTAS ( 2002) explica:
Quando é mantida a especificidade da brincadeira livre, têm-se elementos fundamentais que devem ser considerados: a incerteza, a ausência de conseqüência necessária e a tomada de decisão pela criança; ela emerge como possibilidade de experimentação, na qual o adulto propõe, mas não impõe, convida, mas não obriga, e mantém a liberdade dando alternativas (DANTAS, 2002, p.46).
De tal modo, durante essa experiencia a criança livremente tomará suas próprias decisões sem imposições do adulto em cobrar dela o certo ou o errado. Oportunizará a elas condições de escolhas dando lhe alternativas durante as brincadeiras livres. E o brincar poderá ter o caráter individual ou em grupo. Assim, surge também outra modalidade do brincar, os jogos, que podem exemplificar uma brincadeira dirigida.
Segundo o RCN por possuir um caráter coletivo, “os jogos e as brincadeiras permitem que o grupo se estruture, que as crianças estabeleçam relações ricas de troca, aprendam a esperar sua vez, acostumem se a lidar com regras, conscientizando-se que podem ganhar , como: ou perder. RCN (1998, pg. 235)
Portanto, para sobrevivermos nesse país onde na maioria das vezes os valores éticos, moral, e social estão sendo inutilizados, por uma sociedade cheia de ódio e rancor. Sabe-se que nas escolas esses sentimentos também têm alcançado a mais pura inocência das crianças, pois atos violentos estão destacados diariamente em toda mídia popular, assim trazer através do brincar condições para que essas crianças se formem, como cidadão de bem, construindo nelas um bom caráter através de momentos lúdicos, felizes e satisfatórios ao mesmo tempo que lhes oportunizem momentos de clareza para compreenderem a importância dos valores para conviver em sociedade.
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
BRASIL. Referencial Curricular Nacional Para A Educação Infantil, Brasília: Mec/ Cef, 1998.3v Volume 1: Introdução; Volume 2 Formação Pessoal E Social; Volume 3 Conhecimento de Mundo.
DANTAS, H. O brinquedo e suas teorias. São Paulo: Pioneira, 2002.
CARVALHO, A. O brincar. Belo Horizonte: UFMG, 2005.
[1] Graduação: Pedagogia; Especialista em: Educação Especial e professora na Rede Municipal de Ensino Público na cidade Rondonópolis, Mato grosso.
[2] Graduação: Pedagogia; Especialista em: Educação Infantil e professora na Rede Municipal de Ensino Público na cidade Rondonópolis, Mato grosso.
[3] Graduação: Pedagogia, Especialista em: Educação Infantil e professora na Rede Municipal de Ensino Público na cidade Rondonópolis, Mato grosso.
[4] Graduação: História; Especialista em: História e Teoria da história e professora na Rede Municipal de Ensino Público na cidade Rondonópolis, Mato grosso.
[5] Graduação em: Pedagogia; Especialista em: Psicopedagogia Clínica e Institucional/ Neurociência Aplicada a Aprendizagem/ABA e professora na Rede Municipal de Ensino Público na cidade Rondonópolis, Mato grosso.
[6] Graduação: Pedagogia; Especialização em: Educação Infantil e Alfabetização e professora na Rede Municipal de Ensino Público na cidade Rondonópolis, Mato grosso.