Clarice Evangelista da Silva, Lucilene Souza de Brito 

RESUMO

O presente artigo traz uma breve discussão sobre os projetos que já foram realizados ou que apenas ficaram no papel e que, porém não ajudaram a transformar a situação do saneamento e saúde publica que por sua vez envolvem a saúde ambiental, em Pontes e Lacerda, Mato Grosso. As informações aqui escritas são frutos da vivencia e referencias bibliográficas da cidade.

Palavras-chave: Saneamento. Saúde Publica. Saúde Ambiental. Pontes e Lacerda.

INTRODUÇÃO

Não é de hoje que o mundo em geral sofre com a falta ou a má gestão do saneamento básico. E a urbanização contribuiu como um atributo para que isso acontecesse.

Milhares de cidades nasceram aos leitos de rios e córregos, e conforme houve a urbanização, as pessoas e as fábricas acabaram depositando nos mananciais tudo o que mais não utilizavam e é por isso que encontramos diversos rios e córregos poluídos atualmente.

Mas não é só a contaminação dos rios que causa os problemas sanitários e públicos, a falta de uma boa rede de esgoto e a poluição do ar também contribui para isso, se fazendo presente em qualquer cidade.

DESENVOLVIMENTO

A cidade Pontes e Lacerda, fundada em 1979 e localizada em Mato Grosso, sempre apresentou problemas em relação ao saneamento básico e à saúde pública. Isso porque desde sua fundação, nunca houve projetos concretos quanto a esse respeito, apresentando bairros sem esgoto, energia, água e coleta seletiva de lixo.

Há alguns anos atrás, projetos e mais projetos foram lançados diante da Câmara Municipal da cidade, alguns saíram do papel como, por exemplo, os bairros que forem loteados agora pelas imobiliárias já terem esgoto, agua, telefone, energia e asfalto.

Em partes resolveu, porém há os famosos “grilos” onde pessoas começam bairros a partir de um terreno baldio e até se tornar legal não é reconhecido como parte da cidade.

Já o projeto de coleta seletiva até que foi bem escrito, porém a execução saiu de mal a pior, pois na cidade não há um aterro sanitário fixo como deveria ser e também não há incentivos para que aconteça a separação do lixo.

 Antigamente a cidade possuía uma fabrica de vassouras com materiais recicláveis (garrafas pets na verdade), porém a falta de incentivos e altos tributos pagos para se produzir a fabrica acabou fechando.

E hoje quando olhamos para a cidade vemos apenas lixo e mais lixo jogado pelas ruas, principalmente se formos pelo caminho da Serra do Patrimônio, que além de muita sujeira acumulada, todo ano sofre com as queimadas.

Além disso, cada vez que chove podemos ver a quantidade de lixo que descem com as enxurradas e que entopem praticamente todos os bueiros da cidade indo diretamente para o Rio Guaporé, poluindo-o. E logo surgem casos de dengue e meningite na cidade.

A gestão urbana realizada com eficiência deve ser integrada, contemplando, em sua ampla esfera setorial, a dimensão socioambiental, pois somente uma gestão que articule sistematicamente todos elementos a serem gerenciados pela cidade será capaz de construir a  sustentabilidade urbana. Portanto, a dimensão ambiental da gestão urbana contribui para atenuar os problemas de saúde coletiva, pois suas ações contemplam os requisitos básicos da (re)construção de um ambiente urbano saudável através de sua higienização, implantação de  políticas públicas que contemplem a educação ambiental, consolidação de leis municipais  condizentes com a sustentabilidade, oferta de mecanismos de controle da proliferação canina (canis lupus familiaris) e de outras populações de espécies indutoras de zoonoses – doenças  infectocontagiosas transmissíveis entre animais e homem. (BOEING, 2013, p. 108).

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