A última visita da Présidente brasileira a França constitui uma nova étapa para construir uma parceria estratégica, recíproca e multidimensional concluída em 2006. Tal estratégia envolve todas as áreas - militar, energia, espaço, econômico, educacional ou de fronteira – conforme os interesses dos ambos países.

 Perante esta visita, o Brasil apareceu como um novo ator. Ele se confirma cada vez mais a sua posição no tabuleiro de relações internacionais.

 Estela dos Países emergentes, ex-colônia Portuguesa, representando um desafio para o funcionamento da governança global, bem como  para o futuro do atlantismo.

A implicação cada vez mais importante do Brasil no cenário internacional revela uma realidade incontornável, impulcionando os países industrializados  a gerir. Porque o país apresenta muitas vantagens, a começar por seu tamanho, sua demografia, sua economia e seus recursos.

A ex-colônia Portuguesa conseguiu quasi  rebulsar sua totalidade da dívida interna, por causa da exploração de petróleo e das exportações agrícolas. Nova potência petrolífera, grande exportador de café, de açúcar, de soja e até de etanol, assim o Brasil se posisona bem no comércio internacional como um "Gigante Verde".

 Além disso, o país engaja esforços para   atender as necessidades em petróleo desde 2006, resultado novas jazidas  descobertos e promissoras de petróleo.

 Isso reforça a credibilidae do país dentro de um cenário concorrente no comércio internacional, sem se limitar à qualidade e à quantidade de suas exportações, mas formando blocos ecoômicos e parcerias, visando novos mercados.

A emergência de uma potência  na cena internacional

Importante ator na Organização Mundial do Comércio (OMC), o Brasil tem participado ativamente na dinâmica das negociações no domínio de agro-alimentos. Obrando a favor de um modelo multilateral de negociação. o Brasil, sob a direção de Luis Inácio Lula da Silva 2003-2011, conseguiu tornar possíveis as negociações com os Estados Unidos no seio de NG-5 ("não  grupo dos cinco", composto do Brasil, da Índia, dos EUA, da Europa e da Austrália).

 Líder do G20, fazendo do dossiê agrícolo suas prioridades, mantendo a unidade do grupo. Isso fez com que o Brasil desempenha dois papeis importantes:  

 Um como o interlocutor privilégiado junto aos decididores  originais, outro como sendo o referido para os países em desenvolvimento, os mais modestos.

A promoção de alianças Sul-Sul

Quando Luiz Inácio Lula da Silva se tornou o presidente do Brasil em 2003, ele não escondeu suas ambições em relação ao futuro do Estado brasileiro.

  "Eu tenho que fazer do Brasil um líder dos países pobres", anunciou, com muita esperança, durante a sua campanha presidencial.

 Mas, se o Banco Mundial prevê o Brasil alcançar a quinta posição, a imagem de uma potência econômica em  2025, isso não será fácil nem um  caminho batido por si só. Ele deve, portanto, fortalecer as alianças, tanto a nível regional como  intercontinental.

Neste sentido, o país foi detentor da iniciativa da criação da União de Nações Sul-Americanas (UNASUD), mas também do Banco do Sul (concorrente do FMI e do Banco Mundial), da Associação da Índia, do Brasil, da África do Sul (IBAS) e da Associação África- América do Sul (ASA).  

 Lembrando do período de Lula, caracterizado por um crescimento exponencial de Relações Exteriores do Brasil, parcialmente manifestado por  uma hiperatividade diplomática, entre 2003 e 2006, resultado da abertura de  17 novas embaixadas em África.

Mas isso não é tudo. Depois de dez anos, 20% da população brasileira escaparam da pobreza, passando a classe média, resultado também de um grande trabalho do governo. Depois de Lula, os dirigentes começam a defender uma reflexão avançada do rescimento social que visa melhorar o nível de visa, em termos do reforço das relações no cenário mundial nos próximos anos.

 Para isso o Brasil promove uma comunidade de cultura e de valores, inspirando nossas antigas democracias, que, sem dúvida, rejuvenesce o espírito do Atlântico aberto sobre o Sul.

 Foi drante a última visita da Presidente do Brasil, Dilma Roussef, que a França revela suas novas perspertivas de negócios. O Présidente Francês, François Hollande, por sua vez destacou uma visão mais ampla da diversidade de culturas e de gerações, com por  ponto de convergência o atlantismo.

 Porque o Brasil?

 O Brasil continua sendo o ponto de debate internacional e das divergências internacionais, envolvendo setores promissores tanto quanto os próximos eventos esportivos. Corroborando  a tese do que ele é o único do BRIC  e do Atlântico, transmitindo o verdadeiro desafio  do futuro que é o reforço da aliança atlântica, confessado e  traçado conforme as premissa abrandadas.

 Lahcen EL MOUTAQI

Pesquisador universitário

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