A Bondade está presente em todos os seres humanos, o que varia é a intensidade em que a possuímos. Alguns a tem em porção muito pequena, quase inexistente, outros em grande e nótoria quantidade. Fato é que todos, até mesmo um cruel assassino tem alguma bondade em si.

Esse fator é importante para descaracterizar a proposta agostiniana de que o ser humano é Totalmente Depravado, e, portanto, necessita da ação de Deus no interior humano para resgatar-lhe do sofrimento eterno por meio de Jesus Cristo. 

Evidentemente, há uma ação de Deus em busca do homem pecador, tanto que enviou seu único Filho Jesus Cristo para resgatar a humanidade, mas, com cereteza é necessário a ação humana, ou melhor, a vontade humana em buscar essa remissão. Caso o homem não dê um passo em direção a Deus, ainda que Deus já tenha dado mil passos em sua direção, ele não alcançará seu prêmio.

A parte disso, temos que meditar sobre fonte de toda Bondade que existe de fato nos seres humanos. Se existe Bondade, e ela existe, de onde vem? Pode-se observar a Bondade até mesmo em animais, entre a progenitora e sua prole, entre os membros do grupo ao qual pertecem.

A Bondade se faz presente em todo mundo, assim como a maldade. Qual é a questão que surge desse importante fato de a Bondade existir? A questão é a interconexão da Bondade em todas as criaturas como se fosse uma impressão digital mais forte ou menos forte em cada ser.

A Maldade em si mesma não existe, o que existe é a ausência da Bondade, o afastar-se da Bondade gera a Maldade como consequência, portanto, a Bondade é um Alvo, um Objetivo que pode ser alcançado e nunca deveria ser esquecido ou abandonado. Assim sendo, quando alguém faz um ato de Maldade na verdade ele está se afastando da Bondade. O problema é que a Maldade é viciante enquanto a Bondade é cansativa, trabalhosa.

Ninguém vicia em fazer o Bem, mas rapidamente vicia em fazer o Mal. Como o apóstolo Paulo bem realçou em sua fala aos Romanos (7.19): "Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço". As drogas são exemplos claros do Mal viciante! Já o socorro a uma vítima de atropelamento é um Bem, mas exige muito esforço e trabalho, portanto, não é viciante.

O Bem não vicia, mas gera satisfação, abranda o furor e traz paz ao coração.

O Mal gera insatisfação, guerra, confusão e mentiras e desperta o pior que há nas pessoas, mas o agravante no Mal é que ele gera uma dependência difícil de se desprender. Logo, pode-se concluir que o Mal prende, leva em cativeiro, escravisa.

O escravo do Mal é um prisioneiro cujo senhor cobra muito alto seu preço, algumas vezes com a própria vida de seu agente ou a vida daqueles que os cerca, quando não faz vítimas os conduz ao domínio da Ignorância. Mas, Deus é Bom em grau Absoluto e não deseja que seja assim, então Ele diz: "Conhecereis a Verdade e a Verdade vos Libertará".

A Verdade Liberta do Mal, acaba com a Ignorância e Transforma a pessoa desde dentro para fora de si.

A Maldade vicia e escraviza. A Verdade Liberta!