“Bondade, Altruísmo e Cooperação.Considerações evolutivas para a educação e a ética ambiental”de Marina Prieto Afonso Lencastre : Uma analise critica

 

 INTRODUÇÃO

O presente estudo visa analisar o discurso gerado no artigo “Bondade, Altruísmo e Cooperação.Considerações evolutivas para a educação e a ética ambiental”de autoria de Marina Prieto Afonso Lencastre.Tendo em vista ganhar conhecimento sobre a significância do estudo, observa-se o contexto e o direcionamento de importância social e científica. Na história contemporânea da humanidade busca-se entender e encontrar a humanização. Fator interessante que é encontrar humanidade do ser humano... é no mínimo intrigante. A luta atual para uma conscientização da sociedade é de difícil serviço.

Para os tempos modernos onde o individualismo tem potencial presença, paradoxalmente, encontramos também uma grande luta pelo reconhecimento das necessidades globais para os inúmeros problemas ambientais percebidos. Mesmo mediante alertas científicas, e experimentais o ser humano perdeu a noção do “NÓS” enxergando de forma muito maximizada, o próprio “EU” levando assim, ao caos ecológico e social o qual nos encontramos no momento.

Contudo é a luta de uma parcela menor da sociedade que ainda garante um equilíbrio entre a catástrofe e a resistência da vida no planeta. É exploração em demasia da natureza, é extinção e maus tratos aos animais (tanto de consumo como de estimação) ameaça aos ecossistemas, poluição das águas, do ar, aquecimento do planeta, stress do sobre consumo...tudo nos faz despertar a respeito de uma responsabilidade coletiva onde cada um deve assumir sua atitude em relação ao futuro de uma sociedade prestes a se acabar, neste entram os valores morais, emocionais e espirituais.

Dentre outros pontos não apresentados no texto analisado, engloba-se todos os valores instintuais de sobrevivência da humanidade e também do planeta. A autora tenta mostrar em detalhes e observações do comportamento de alguns animais irracionais comparados aos humanos. Evidenciando o elo entre pessoas e ambiente, a destruição do mundo como consequência do individualismo e apresenta como conclusão a ênfase social com o altruísmo e a bondade, esta enquanto sentimento moral.

Portanto a presente análise faz foco nestes dois termos – Bondade – Altruísmo, tendo como objetivo a confirmação do valor humano como elemento de salvação do planeta do que propõe Lencastre (2010). 

2          ANÁLISE

2.1       Bondade

Em inúmeros estudos a ciência sempre busca respostas para o comportamento do complexo humano nas experiências com animais, desde a simples observação comportamental como em testes biológicos. Pois bem, para o texto analisado e buscando entender sua proposta,nota-se a não percepção da autora em comparar o ser humano enquanto bondade aos testes de observação aos animais irracionais, estando estes fora de seus habitats naturais.

Como falar de bondade humana ou como muito foi destacado em linguagem científica, animal? Como sempre há um propósito, vejamos pelo lado exploratório do significado e significância dos termos.

*Bondade - substantivo feminino

  1. Qualidade de quem tem alma nobre e generosa e é naturalmente inclinado a fazer o bem; benevolência, benignidade, magnanimidade.
  2. Ação que reflete essa qualidade.
  3. Atitude amável, cortês; delicadeza.
  1. Substantivo feminino plural, providências que auxiliam; favores.(Hamuche, 2016).

Apesar de o significado apresentar elementos que possam ser encontrados nos instintos animais, estes (os irracionais) jamais podem ser comparados ao raciocínio do homem, pois o animal age por instinto de sobrevivência, para tanto vivem em prol da procriação, da vida em bandos e dos cuidados para a sobrevivência da espécie, porém os animais irracionais não têm a opção de escolha, agem naturalmente pela “inteligência da natureza” e não por sua opção, como é o caso para o homem, este sim tem a opção para agir pela benevolência ou não é uma questão de escolha.

Então de onde vem de fato o problema?

A referida autora relata que: “Significados pela linguagem, dão origem a normas e a culturas da cooperação que são fundadas na empatia e na capacidade de reconhecimento do outro, animal ou humano, como portadores de valor moral.”

Tentando entender a afirmação, valor moral - Valores morais são os conceitos, juízos e pensamentos que são considerados “certos” ou “errados” por determinada pessoa na sociedade. Normalmente, os valores morais começam a ser transmitidos para as pessoas nos seus primeiros anos de vida, através do convívio familiar. (Significados.com, s/d) – é o que nos explica a filosofia,ainda incomoda um pouco a comparação dos racionais com os irracionais, mesmo compreendendo que a mesma tenta ver na verdade a grande capacidade de inteligência do ser humano desperdiçada nas escolhas erradas, principalmente quando a este é solicitado um comportamento razoável de cortesia para com a vida de um modo geral. Também se mostra importante a lembrança de que na contemporaneidade o mundo está “globalizado”, ou seja, está internacionalmente reconhecido o valor, a educação, o respeito, o limite seu e do outro. A ética está semelhantemente definida para todos os povos e nações, mas o que parece é de que ainda assim, o ser humano não compreende isso,a nível de atitude cortês e amável para com a vida!Irônico, enquanto o mesmo é a única espécie que deveria racionalizar tal “qualidade” de atitude.

Lencastre insiste bastante de que as leis éticas do momento ainda reflete e estão instituídas nas condições etológicas e psicológicas das experiências dos pequenos grupos. O animal humano tende se dividir em tribos onde seus membros rezam pelos mesmos valores e comportamentos.

Vejo nisto um tipo de divisão que é assim, levada a competitividade e é exatamente aí que começa a guerra de valores e necessidades específicas que dividem o planeta e fragilizam sua sobrevivência. Vejamos como primeira tribo a família (como afirma a autora) esta se alicerça de valores antigos, trazidos de geração a geração pelos parentes que copiam de seus antepassados os valores comportamentais, éticos e sociais. Existe ainda uma seqüência a ser dividida entre grupos (colegas de escola, colegas de trabalho, irmãos de religião, etc...) para só depois enxergarmos o grupo maior que pode ser colocado como “comunidade”, como afirma Lencastre. Contudo ao observar esse contexto entende-se que ainda assim, o ser humano tende a optar por valores individuais, é aonde se chega ao consumo exagerado de elementos induzidos para sua apreciação.

A humanidade sofre uma pressão mercadológica impressionante e muito eficaz que a convence de que realmente precisa de determinados produtos para sobreviver, onde é perfeitamente provado que tais produtos não são a base da sobrevivência humana.

“A sociedade contemporânea tem muito do mito de Narciso, talvez, por isso, diversos pensadores, de várias áreas do conhecimento, recorram a ele no momento de falar de valores e atitudes. Ele será tomado como empréstimo na tentativa de compreender a questão da necessidade de relacionamento humano e de como o prazer das experiências está sendo explorado pelas marcas para estimular o consumo, um verdadeiro retrato lúdico do sujeito pósmoderno que aqui será chamado de ConsumidorNarciso.” (Silva, 2011, p.92). 

Tais vivências, chegam a excluir outros que não pertençam ao grupo dos que consomem determinados produtos.

A humanidade vive um momento de grande paradoxo, entendendo bem o que diz Lencastre, é uma vida tão invadida pelas mídias que praticamente todos, têm identificação com todos e com nenhum ao mesmo tempo, onde gera uma mentalidade de vida individual como se não precisássemos de mais ninguém, é uma linguagem muda, onde não se olha mais nos olhos para ouvir o que o seu parente mais velho tem a dizer de sua experiência e nem se dá mais valor a isso ou atenção, no entanto os olhos não saem mais das telas (televisões, telefones, computadores, tablets etc...). Em outro ângulo toda essa comunicação aberta traz o cidadão e a cidadã à reflexão sobre a solidariedade... é justamente aí onde Lencastre toca em um ponto sobre a atitude que reflete a bondade a solidariedade. Mas pergunto, será que teríamos a “necessidade” de solidariedade se o mundo não estivesse se desfazendo, se acabando, se deteriorando? Essa humanidade atual não tem a real noção e o compromisso de responsabilidade para garantir “vida” para as gerações futuras. A ideia de prevenção se apagou.

“Este é um dos problemas mais graves com o qual estão confrontadas a ética ambiental e a educação.” (Lencastre, 2010, 123).

Hoje se elenca uma grande força tarefa para ajudar o planeta, para preservar as matas, o oceano, o ar, os animais, as plantas que são alimentos. Chegou-se ao estágio de racionamento da água, pois não temos mais chuvas suficientes nos locais necessários para se conservar o reservatório que abastece a sociedade para o consumo das reais necessidades básicas. Espera-se muito que a grande pressão, o grande grito de alerta sejam capazes de despertar e atrair o indivíduo ao compromisso sob as condições etológicas e psicológicas da cooperação, assim afirma Lencastre (id).

Analisando bem criticamente, apesar do sujeito, rejeitar seu dom natural de empatia cognitiva da cooperação, a ideia de grande grupo expandido no qual a sociedade é colocada hoje com tanta informação em alta velocidade, existe com isso, uma igualmente grande, chance de que se sensibilize para com o ato de benevolência, afeto e identificação da capacidade, responsabilidade e atitude comum, pois se o mal é imitado, também vale a mesma regra para o bem, os exemplos falarão mais alto como sempre foi.

Lencastre usa uma razão elementar para o diagnóstico comportamental da sociedade, onde tenta mostrar que a atual realidade da tecnologia e “novas” necessidades humanas é impactante no sentido de apresentar continuamente novos desafios cognitivos. O sujeito tenta sobreviver com o que sabe e com o que ainda tem que aprender.

Podemos ver nesse contexto mínimo, uma situação de sensibilidade, pois o individuo é submetido a admitir que não pode atravessar sua estrada sem a ajuda do outro. Nesse interim vem portanto, a consciência ambiental, onde simultaneamente uma parte da população tenta alertar e sugerir comportamentos e hábitos de preservação e ao mesmo tempo o encantamento do novo, dos produtos de ponta , engolem a sociedade em um feroz devorador de emoções. Gerando assim, um enorme conflito ao conceito do que é “bom”.

É entendível, numa primeira estância, que o bom produto, é um produto bom... explico:

Quanto ao produto ser bom – remete ao preenchimento do ego de consumista, instituído do que é prático, útil, confortável, belo, etc.

Enquanto que ser um bom produto – remete ao sentido de que é de real necessidade e está dentro dos padrões de conservação do meio ambiente.

O fato é que, para a segunda significância colocada, é o mais desprezado ao se tratar de impulso para obtenção do produto, ativando aí o consumo “desnecessário” e sem um julgamento prévio, de seus reais valores humanos. O sentido social não é incluído neste momento, o que mais importa é “estar na moda”. Também como problema grandioso é que tais fatos estão enraizados lá nas primeiras fases de entendimento dos indivíduos, ou seja, lá na infância. Percebo diante de tal contexto que a nossa sociedade não se preocupa, necessariamente em educar a criança, para um consumo com responsabilidade. Logo penso: - Eis a raiz de um problema mundial, consumismo.

2.2       Altruísmo

* Altruísmo - substantivo masculino

  1. Segundo o pensamento de Comte 1798-1857, tendência ou inclinação de natureza instintiva que incita o ser humano à preocupação com o outro e que, não obstante sua atuação espontânea deve ser aprimorada pela educação positivista, evitando-se assim a ação antagônica dos instintos naturais do egoísmo.
  2. Amor desinteressado ao próximo; filantropia, abnegação. (Signinificados.com, s/n).

Ao se buscar entender sobre instinto e razão, o ser humano mostra ser um verdadeiro complexo de conceitos ou definições... para tanto deveríamos de fato analisar o altruísmo humano em comparação aos animais? Animais enjaulados? Animais condicionados? De certa forma isso me chama atenção, creio que se cria um pequeno abismo entre o perceber e a realidade do viver. Mas consideremos então o que a autora Lencastre diz: “Vimos no ponto sobre a empatia social nos primatas que existem disposições sociais muito fortes arrastando os seres vivos superiores para a entre ajuda, o consolo, a compaixão, a simpatia, a cooperação.”

Digamos que ao se estabelecer como alvo a educação ambiental e que poderia o homem não utilizar a razão e sim, apenas o instinto, o que teríamos?!

Com certeza a natureza estaria conservada, pois todos os irracionais gerados por ela reconhecem seu valor e se comportam “instintivamente” com disciplina conservadora onde se explora só o limite permitido. O que leva ao ponto da sociabilidade, esta, presente em todos os tipos de vida animal. Embora encontremos também os comportamentos destrutivos, existe nesse contexto um perfeito equilíbrio natural.

Mas como se trata de um habitat comum (incluindo todo tipo de vida animal, como também o vegetal) pensemos que o raciocínio que deveria ser “o” equilíbrio, este por sua vez é exatamente o desastre ecológico do planeta.

Contemos aqui também com o conviver com as diferenças, que por sua vez de modo algum canaliza toda a vivência do planeta para a destruição total, não, isso não responde ou justifica nada sobre o desequilíbrio ecológico do planeta.

O “homem” sem dó nem piedade acumulou-se de egoísmo e esqueceu totalmente do bem comum, o eu fala mais alto do que o nós e tudo caminha para a ganância e ambição desenfreada e onde poderíamos nos assegurar pelas afirmações de Waal, (2006) citado por Lencastre: “Na evolução, raramente se perdem traços biológicos; as estruturas são transformadas, modificadas, co-optadas para outras funções.” Até parece que as funções de preservações pelo qual o cérebro humano deveria ter conservado transferiu-se para a função do destruir.

O Altruísmo é um elemento que está confuso dentro do pensar humano, este, preserva sim a sua fortuna, o seu poder e ainda assim este mesmo homem “egoísta” chega a pensar e querer defender, proteger, ajudar, cooperar com a SUA família...

Penso que chegamos a um ponto simples e paradoxalmente, complexo!! Se o ser humano herdou seja lá de onde for a sensibilidade altruísta para o compartilhamento das emoções, em uma boa parte destes realmente lidam com um grupo específico ou fechado, aos que não pertencerem ao grupo são excluídos dos benefícios que deveriam ser comuns.

No entanto, o homem “egoísta” esqueceu de pensar que as consequências finais afetarão a todos, incluindo o seu grupo específico, o poder político ou financeiro não salvarão o seu grupo, não salvará a ele mesmo. Essa bondade limitada apenas para o seu clã, é uma arma mortal para o mesmo!

Bondade, compaixão, moralidade... tudo conceitos indefinidos na mente do homem contemporâneo, é bem mais selvagem essas motivações instintivas do que racionais e a razão por sua vez se faz confundir em todas as possíveis atitudes de benevolência e/ou afeto, que seria encontrada na natureza do indivíduo.

Porém estando de acordo com a autora quando defendem que tudo provavelmente estariam enraizadas em nós seres humanos, neste sentido, cientificamente já se explica que:

Nos humanos, o sentido da empatia e a preocupação com os outros desenvolvesse muito cedo e depende da herança filogenética, mas também, em grande medida, de condições ontogenéticas que implicam a proximidade e a constância da figura de vinculação, o acesso ao afecto e à benevolência adulta, a tradução das emoções positivas na linguagem.Importa perceber também que a pressão evolutiva que selecionou as capacidades empáticas e a bondade não é necessariamente bondosa.” (de Waal, 2006, apud Lencastre 2010, p.120).

Para a ciência mostra ser mais importante a evolução genética do perfil humano de bondade, porém também se pode crer que a influência social é potente ferramenta para a aquisição ou desenvolvimento altruísta.

Vejamos, se há quem acredite que todos os homens do mundo trazem em sua herança genética os genes do “primeiro” homem do mundo, onde podem ou não ser desenvolvidos os talentos, dons, hábitos, etc.e a sociologia também crer que tais fatores podem ser adquiridos, se a experiência humana mostra que um monstro pode ser domado e um anjo pode ser desviado de seus talentos de bondades, todos estes fatores propõe que o altruísmo é um elemento de importância psicológica e cultural, como assim também afirma Lencastre, com algumas exceções de ponto de vista.

Desde a mais tenra idade social do ser humano, estas questões são desenvolvidas a partir da necessidade, vejamos o trecho onde a Lencastre afirma que:

Mas a empatia, o altruísmo e a cooperação apresentam-se essencialmente como um fenômeno familiar e intra-grupal. Além de necessitarem de uma base ontogenética sólida para se desenvolverem – o que só se consegue num pequeno grupo familiar – os humanos tendem a desenvolver uma moralidade grupal [...]” (Lencastre, 2010, p.120).

Podemos ampliar esse ponto de vista para uma proporção global, se o planeta está a ser destruído por existirem grupos que não se importam com tais situações, em proporção cultural existem os grupos que lutam para mostrar o valor da terra, da vida, da continuidade das gerações.

Resgatando um complemento mostrado por Lencastre que acredita existir um tamanho adequado para que funcione em um grupo de laços de empatia, da reciprocidade e do altruísmo benevolente ou bondade, trabalhemos, portanto no sentido global da situação, devemos buscar o interesse comum sem os aspectos políticos e sociais, que a meu ver é exatamente onde quebra toda a luta de conservar a vida planetária, pois quando se coloca estas “ferramentas humanas” se estraga tudo.

Adequando meu pensar com os estudos apresentados por Lencastre, o ponto importante desse tamanho grupal, para que se obtenha uma harmonia de interesses, entendo que pode-se optar por conquistar os grupos em um laço de interesse a todos, humanamente e espiritualmente falando.

É bastante perceptível no presente século um grande aumento dos valores espirituais (não religiosos) onde a sensibilidade humana tem sido bastante trabalhada a lutar pela vida. Estamos a viver um tempo onde aqueles “pequenos” grupos mandantes (políticos) que seriam para representar o bem comum de todo um território, estar a ser muito questionados pela população, o conceito, a visão, o entendimento do povo está mudando. Sim reconheço que é bem lento, mas está mudando.

É quando concordo com a citação apresentada por Lencastre que diz:

No entanto, trabalhos sobre o altruísmo forte mostraram por sua vez que a confiança na estabilidade contratual dos contextos alargados promove a cooperação, como é o caso dos estudos sobre altruísmo e cooperação de mercado. Este modelo funciona quandoos contextos de troca são sólidos e previsivelmente estáveis (Gintiset al, 2007 apud Lencastre 2010).”

Gerando, assim, um amplo laço afetivo para o interesse comum, eliminando as ideias individualistas e sem “destruir” ou desfazer o interesse particular de que caracteriza cada grupo.
A espiritualidade está muito presente neste aspecto social atual. 

2.2.1     Educação e Ética Ambiental

Considerando que para todo ser humano que nasce este tem a oportunidade de “aprender” ou pelo menos tem a disposição natural para isso, o sentido da educação é o princípio de todo discurso voltado ao problema ético e ambiental. Afinal o instinto de sobrevivência é nato a todos.

Cada vez que o indivíduo precisa de algo ele o busca, algumas vezes bem selvagemente por assim dizer. No entanto, mudando de lado, quando um sujeito ver naturalmente sua capacidade de procriar e tem a experiência de a isso fazer, seus instintos de sobrevivência se ampliam, pois deixa de pensar em sua própria sobrevivência e passa a pensar na sobrevivência da cria. Isso baseando o raciocínio nas ideias de Montagner e Goldman citados por Lencastre (2010). Para tanto, percebo nessa brecha o impulso da vontade natural de se desenvolver a bondade e o altruísmo devido a grande e atual necessidade de se salvar a vida. A vida em seu mais amplo sentido e contexto, pois a moral social está gritando.

O sentimento mais humano que se pôde perceber é da natural tradução da mais pura linguagem no pranto de um inocente quando pede o socorro às suas necessidades e situações mais adversas, onde seu grito, seu choro pede e é entendido por seus progenitores a justa atitude que consola e supri o momento mais sublime de comunicação e alcance da solução temporânea, porem que fica para sempre marcado na vivência, seja ela humana ou animal!

[...]